domingo, 27 de novembro de 2022

GUARDA -. MUNICIPIO E CIDADE PORTUGUESA - FERIADO - 27 DE NOVEMBRO DE 2022

 

Guarda

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Guarda (desambiguação).
Guarda
Guarda-Se Catedral-04-2011-gje.jpg
Catedral - Sé da Guarda
Brasão de GuardaBandeira de Guarda
Localização de Guarda
Mapa de Guarda
GentílicoGuardense;
Egitaniense[1]
Área712,1 km²
População40 126 hab. (2021)
Densidade populacional56,3  hab./km²
N.º de freguesias43
Presidente da
câmara municipal
Sérgio Costa (Pela Guarda2021-2025)
Fundação do município
(ou foral)
1199
Região (NUTS II)Centro
Sub-região (NUTS III)Beiras e Serra da Estrela
DistritoGuarda
ProvínciaBeira Alta
OragoNossa Senhora da Assunção
Feriado municipal27 de Novembro (Foral)
Código postal6300 e 6301
Sítio oficialwww.mun-guarda.pt
Município de Portugal Flag of Portugal.svg
A cidade da Guarda
A cidade da Guarda

Guarda é uma cidade portuguesa com 1 056 metros de altitude máxima, sendo a mais alta cidade do país. Com 26 446 habitantes (2021) no seu perímetro urbano, é a capital do Distrito da Guarda, estando situada na região estatística do Centro e sub-região das Beiras e Serra da Estrela.

É sede do município da Guarda com 712,1 km² de área e 40 126 habitantes (censos de 2021), subdividido desde a reorganização administrativa de 2012/2013 em 43 freguesias.[2] O município é limitado a nordeste pelo município de Pinhel, a leste por Almeida, a sudeste pelo Sabugal, a sul por Belmonte e pela Covilhã, a oeste por Manteigas e por Gouveia e a noroeste por Celorico da Beira. O seu distrito tem uma população residente de 173 831 habitantes. Está situada no último contraforte nordeste da Serra da Estrela.

Possui acessos rodoviários importantes, como a A25, que a liga a Aveiro e ao Porto, bem como à fronteira, dando ligação direta a Madrid; a A23, que liga a Guarda a Lisboa e ao Sul de Portugal, bem como o IP2, que liga a Guarda a Trás-os-Montes e Alto Douro, nomeadamente a Bragança.

A nível ferroviário, a cidade da Guarda possui a linha da Beira Baixa (reaberta após modernização em 2021) e a linha da Beira Alta (encerrada para obras de modernização com abertura prevista para o ano 2023), que se encontram completamente eletrificadas, permitindo a circulação de comboios regionais, nacionais e internacionais, constituindo "o principal eixo ferroviário para o transporte de passageiros e mercadorias para o centro da Europa", com ligação a Hendaye (França, via Salamanca-Valladolid-Burgos).

O ar, historicamente reconhecido pela salubridade e pureza, foi distinguido pela Federação Europeia de Bioclimatismo em 2002, que atribuiu à Guarda o título de primeira "Cidade Bioclimática Ibérica". Além de ser uma cidade histórica e a mais alta de Portugal, a Guarda foi também pioneira na rádio local, sendo mesmo a Rádio Altitude considerada a primeira rádio local de Portugal. As suas origens prendem-se com a existência de um sanatório dedicado à cura da tuberculose.

A cidade da Guarda
A cidade da Guarda

Toda a região é marcada pelo granito, pelo clima contrastado de montanha e pelo seu ar puro e frio que permite a cura e manufatura de fumeiro e queijaria de altíssima qualidade. É também a partir desta região que vertem as linhas de água subsidiarias das maiores bacias hidrográficas que abastecem as três maiores cidades de Portugal: para a bacia do Tejo que abastece Lisboa, para a Bacia do Mondego que abastece Coimbra e para a bacia do Douro que abastece o Porto. Existe mesmo na localidade de Vale de Estrela (a 6 km da cidade da Guarda) um padrão que marca o ponto triplo onde as três bacias hidrográficas se encontram.

História

Nos primeiros séculos da romanização da Península Ibérica habitavam a região da Guarda povos lusitanos. Entre os quais os igeditanos, os lancienses opidanos e os transcudanos. Estes povos unidos sob uma autêntica federação viriam a resistir à romanização durante dois séculos. Ao contrário dos latinizados, estes povos não consumiam vinho, mas antes cerveja de bolota. A sua arma de eleição era a falcata - uma espada curva - que facilmente quebrava os gládios romanos devido à sua superioridade metalúrgica. Os seus deuses pagãos diferiam também dos romanos, podem ainda hoje encontrar-se algumas inscrições religiosas lusitanas em santuários como o Cabeço das Fráguas.

Durante muito tempo os historiadores julgaram que a Cividade dos Igeditanos (Egitânia) se localizava na Guarda mas mais recentemente chegou-se à certeza que tal localização era em Idanha-a-Velha. Daqui que o gentílico de egitanienses se enraizou. No entanto, existe dúvida se a Guarda foi realmente Egitânia. Confinando com os terrenos dos igeditanos, a norte estavam os dos lancienses opidanos cuja capital, a Cividade Lância Opidana, foi referida a curta distância da atual localização da Guarda.

Esta teoria foi defendida acerrimamente pelo General João de Almeida (influente militar português, herói das campanhas de África, natural da Guarda), o que levou alguns críticos a menosprezá-la, no entanto, todas as pesquisas seguintes indicam a sua veracidade. Já o nome de Guarda terá sido uma derivação de um castro sobranceiro ao Rio Mondego, o Castro de Tintinolho.

Após o período romano seguiram-se períodos de ocupação por parte dos visigodos, mais tarde pelo reino das Astúrias e também pela civilização islâmica. Só após o processo da reconquista é atribuído o foral, reconfirmando definitivamente a importância da cidade e da região.

O rei Dinis I e D. Isabel estiveram na cidade mês e meio após casarem. O rei sancionou os «Costumes da Guarda» e viria a preparar a guerra com Castela, resolvida com o tratado de Alcanizes.

Porta do Sol

«A cidade dos 5 F's»

A explicação mais conhecida e consensual do significado do epíteto de «cidade dos 5 F's» diz que estes significam Forte, Farta, Fria, Fiel e Formosa.[3][4][5][6][7] A explicação destes efes tão adaptados posteriormente a outras cidades é simples:

  1. Forte: a torre do castelo, as muralhas e a posição geográfica demonstram a sua força;
  2. Farta: devido à riqueza do vale do Rio Mondego;
  3. Fria: a proximidade à Serra da Estrela e o facto de estar situada a uma grande altitude explicam este F;
  4. Fiel: porque Álvaro Gil CabralAlcaide-Mor do Castelo da Guarda e trisavô de Pedro Álvares Cabral, recusou entregar as chaves da cidade ao Rei João I de Castela durante a Crise dinástica de 1383–1385. Teve ainda fôlego para combater na Batalha de Aljubarrota e tomar assento nas Cortes de Coimbra de 1385, onde elegeu o Mestre de Avis como Rei D. João I de Portugal;
  5. Formosa: pela sua natural beleza.

Ainda relativamente ao «4.º F» da Cidade, é sintomática a gárgula voltada em direção a nascente (ao encontro de Espanha): um traseiro, em claro tom de desafio e desprezo. É comum ver turistas procurando essa gárgula específica, recentemente apelidada de "Fiel".

Guarda, o Berço da Língua Portuguesa

Foi por amor a uma bela mulher - pela qual muitos se apaixonaram - que haveria de se originar a Língua Portuguesa, hoje uma das mais faladas em todo o mundo.

E foi, na cidade da Guarda que se deu o acontecimento que marcou claramente o nascimento da Língua Portuguesa em 1189: aqui se escreveu o primeiro texto literário em Língua Portuguesa, da autoria do trovador galego Paio Soares de Taveirós para sua amada Maria Pais Ribeira ( também conhecia por Ribeirinha), intitulada de Cantiga da Ribeirinha.

A mesma Ribeirinha que acabaria por chamar a atenção do monarca D. Sancho I que também se inspirou a redigir-lhe reais trovas, e com quem haveria de manter uma notória relação extraconjugal, gerando numerosa descendência.

E assim, por amor a uma bela mulher - diziam-na "branca de pele, de fulvos cabelos, bonita, sedutora" - surge na Guarda a Língua Portuguesa, reflexo poderoso de paixões que os séculos não conseguiram apagar.

Orago

Virgem da Assunção é a Padroeira da Guarda.

Não é por acaso que:

  • Por cima da entrada principal, ao centro, está a estátua da Virgem da Assunção, ladeada pelas torres sineiras com a heráldica de D. Pedro Vaz Gavião.
  • O altar-mor (da Sé Catedral), atribuído a João de Ruão e mandado fazer ca. 1553 pelo bispo D. Gregório de Castro, é composto por um retábulo com uma centena de figuras esculpidas (do Antigo e do Novo Testamento) em pedra de Ançã. Um dos painéis centrais é ocupado por uma estátua invocando Nossa Senhora da Assunção.
  • Segundo Adriano Vasco Rodrigues, é uma "“imagem em granito da Senhora da Assunção, padroeira da Guarda.”

(Fonte: ‘A Catedral da Guarda, motivo de orgulho!’, de Adriano Vasco Rodrigues, em GuardaViva Boletim Municipal, Nº 1, página 21)

  • “Fachada principal virada a oeste, sendo visível um primitivo remate em pena angular, sendo rasgada por portal em arco abatido, com cogulhos internos, que se entrelaçam, dando origem a uma nicho com mísula e baldaquino, onde se integra a imagem de Nossa Senhora da Assunção ; é ladeado por dois colunelos finos, assentes em bases altas com toros e escócias, surgindo, nos intercolúnios, mísulas ornadas por folhagem protegidas por baldaquinos; o colunelo exterior prolonga-se sobre o nicho da Virgem, em arco canopial, com cogulhos internos e externos, sendo flanqueado por dois possantes gigantes, constituídos por amplas bases, de onde saem feixes de colunas torsas, rematando em pináculos também torsos e com florão.”
  • “Na Estatística Paroquial, é referido que a paróquia da Sé, de Nossa Senhora da Assunção, era um priorado apresentado pelo bispo local.”

(Fonte: Sistema de Informação para o Património Arquitetónico)

  • "...no centro a Virgem da Assunção, padroeira da cidade da Guarda.”

(Fonte: MONOGRAFIA ARTÍSTICA DA GUARDA, Adriano Vasco Rodrigues, 2ª edição, 1977, página 98, 2º parágrafo)

  • Diocese da Guarda (Diœcesis Ægitaniensis) - Padroeiro: Nª Senhora da Assunção
  • "Num nicho central, vê-se a imagem de Nossa Senhora da Assunção, padroeira da Guarda."

(Fonte: Património & Turismo, Distrito da Guarda 1999 [(REGISTOS: Ministério da Justiça, Empresa Jornalística Nº 222 033, ICS (Titularidade) Nº 122 034] , página 46)

  • "Paróquia: Guarda; Orago: Nossa Senhora da Assunção"

(Fonte: CÚRIA DIOCESANA DA GUARDA - ANUÁRIO CATÓLICO)

Cronologia

  • 200 000 000 a.C. - Impacto de um meteoro a NE da atual cidade da Guarda, formando-se uma cratera complexa de 35 km de diâmetro.[8]
  • 139 a.C. - Viriato é assassinado, e o seu funeral teria ocorrido provavelmente no Cabeço das Fráguas nas proximidades da atual cidade da Guarda.
  • 1199 - Em 27 de Novembro, fundação da cidade da Guarda – através de carta foral de D. Sancho I – com o propósito de servir de centro administrativo, de comércio e de defesa da fronteira da Beira contra os Reinos da Meseta do centro da Península Ibérica: primeiro, o Reino de Leão; depois, o Castela e finalmente, Espanha. Foi este propósito que deu origem ao nome de Cidade da Guarda.
  • 1202 - Criação da Diocese da Guarda, transferida de Idanha, a antiga e importante cidade romana da Egitânia, que foi largamente abandonada no tempo das invasões e lutas contra os mouros, já que a sua situação em plena fronteira e localização difícil de defender a expunham quer a mouros quer a cristãos. A cidade da Guarda foi fundada em posição muito mais fácil de defender, o que lhe permitiria tirar à Idanha a posição de centro principal da Beira Interior.
  • 1203 - D. Martinho Pais é Bispo da Guarda.
  • 1255 - Criação das Feiras de S. João.
  • 1281 a 1282 - D. Dinis realiza as Cortes da Guarda.
  • 1333 - Homens bons da Guarda solicitam a D. Afonso IV a redução das rendas.
  • 1379 - D. Fernando autoriza o Bispo D. Afonso Correia II a criar o Colégio para estudantes pobres.
  • 1384 - O alcaide-mor do castelo da Guarda Álvaro Gil Cabral (trisavô de Pedro Álvares Cabral) recusa-se a entregar as chaves da cidade a D. João I de Castela.
  • 1385 - D. João, o Mestre de Avis, aloja-se na cidade.
  • 1405 - D. João I ordena que os judeus usem uma estrela vermelha de seis pontas ao peito, estranhamente mais tarde vem recuar revogando essa mesma lei após abusos das autoridades.
  • 1435 - Nasce Frei Pedro da Guarda.
  • 1450 - Litígio entre o Bispo, a Câmara da Guarda e D. Afonso V, devido à entrada de vinho de fora da cidade.
  • 1459 - 1476 - O Bispo da Guarda explora ferrarias em Caría auxiliado por biscaínhos, especializados em fundições.
  • 1462 - D. Afonso V concede ao Bispo da Guarda o direito de explorar minas de chumbo, prata, ouro, estanho, cobre e outros metais.
  • 1465 - D. Afonso V realiza novas Cortes na Guarda.
  • 1475 - O príncipe D. João (futuro Rei D. João II) reúne Conselho na Guarda para reunir tropas que participarão na batalha de Toro.
  • 1476 - Em Janeiro o príncipe parte da Guarda chegando a Ciudad Rodrigo no dia 24 desse mesmo mês.
  • 1492 - Expulsão dos judeus de Espanha. Aumenta exponencialmente a população judia da Guarda.
  • 1493 - Rui de Pina delineia o Tratado de Tordesilhas na Guarda e parte em embaixada para Castela. Deste episódio sobrou ainda nos dias de hoje a expressão que nos diz que «O Brasil nasceu na Guarda».
  • 1496 - É dada ordem para a conversão ou expulsão dos judeus, levando ao aparecimento dos chamados cristãos-novos e do cripto-judaísmo na região.
  • 1499 - O Papa autoriza o Bispo da Guarda a fundar três Mosteiros onde quiser.
  • 1500 - A 12 de Maio dá-se o primeiro Sínodo Diocesano da Guarda.
  • 1519 - D. Manuel I concede isenções fiscais aos moradores da Guarda.
  • 1530 - A 5 de Outubro o Rei D. João III nomeia D. Fernando como Duque da Guarda.
  • 1540 - Concluídas as obras da Catedral da Guarda, tal como hoje se conhece.
  • 1541 - O Inquisidor Cardeal D. Henrique, autoriza o Reitor da Universidade de Coimbra a fazer inquisição no Bispado da Guarda, a sul do Tejo.
  • 1543 - Iniciam-se as perseguições da inquisição na Guarda.
  • 1580 - O Bispo da Guarda D. João de Portugal torna-se partidário da independência e opositor da dominância filipina, vindo mais tarde a combater em Alcântara ao lado do D. António o Prior do Crato, vindo a morrer no cárcere em 1592 às ordens de Filipe II de Espanha.
  • 1582 - É adotado o calendário gregoriano na diocese Egitaniense.
  • 1582 - Pedro Telésio é mestre de música na Sé da Guarda.
  • 1597 - Início dos trabalhos das novas Constituições do bispado da Guarda.
  • 16141615 e 1617 - Guerra entre bandos na Guarda.
  • 1655 - Intensificada a exploração de Estanho nas minas da Guarda.
  • 1670 - Matias de Sousa Vilas Lobo ensina música na Guarda.
  • 1674 - Sínodo diocesano para regulamentar os dízimos. Este irá produzir levantamentos populares em Idanha-a-Nova.
  • 1697 - Ano de fome em toda a região da Guarda.
  • 1704 - Encontram-se na Guarda, D. Pedro II e o Arquiduque Carlos d'Áustria, envolvidos na guerra de sucessão de Espanha.
  • 1727 - A 19 de Junho morre, com 103 anos, a Madre Mariana de S. Miguel no Convento de Sta. Clara. A 26 de Junho, pelas 14h, a cidade sofre uma trovoada com pedras de dimensões nunca vistas, dois raios caem na Catedral causando danos no interior.
  • 1730 - O Bispo da Guarda, D. João de Mendonça, funda em Castelo Branco o Recolhimento de Santa Maria Madalena
  • 1730 a 1735 - Intensifica-se a perseguição aos judeus, aumentam as marcas cruciformes na judiaria da Guarda.
  • 1733 - Morre António de Sequeira e Albuquerque com 103 anos, fora Cónego da Sé durante 86 anos.
  • 1744 - A 6 de Julho o Rei D. João V pede ao Bispo da Guarda que lhe sejam remetidos os rendimentos do Cabido.
  • 1749 - Grande cheia no Mondego inunda a povoação de Porto da Carne e terrenos marginais.
  • 1753 - A 23 de Agosto o Rei D. José proíbe o Bispo da Guarda de dar ordens aos oficiais de justiça seculares, ou de os ameaçar de excomunhão.
  • 1755 - Sente-se o terramoto de Lisboa na Região, que causa graves danos em Pinhel.
  • 1757 - A 6 de Dezembro o Rei D. José adverte o Bispo da Guarda quanto às punições destinadas a eclesiásticos que colaboram com o contrabando, escondendo-os nas igrejas.
  • 1762 - Estado de Guerra na região, ataques dos Espanhóis a Castelo Rodrigo e Almeida. O Rei D. José pede ao Bispo da Guarda para prevenir os eclesiásticos que as suas casas poderiam ser requisitadas para albergar militares.
  • 1773 - A 16 de Fevereiro o Marquês de Pombal manda abolir finalmente os atestados de limpeza de sangue e queimar os cadastros de cristãos-novos.
  • 1774 - A 12 de Abril o Papa Clemente XIV separa o território do Arcediago de Seia do Bispado de Coimbra e integra-o na Guarda.
  • 1801 - O Marquês de Alorna derruba parte da muralha da Guarda para construir o Forte Velho, a 3 km da cidade.
  • 1808 - As tropas francesas comandadas por Loisin entram na cidade da Guarda.
  • 1810 - A Cidade sofre a 3ª invasão francesa.
  • 1811 - A 16 de Abril as tropas francesas veem se obrigadas a abandonar a cidade devido à batalha de Fuentes de Oñoro que viriam a perder em 5 de Maio.
  • 1812 - A 16 de Maio o Estado fornece sementes de milho pela população para reparar os prejuízos da Guerra com os franceses.
  • 1829 - Em Janeiro regista-se uma "intensa vaga de frio que faz congelar os ovos e a aguardente". (para que isto ocorra são necessárias temperaturas inferiores a -23 °C).
  • 1833 - O Bispo absolutista D. José Pacheco e Sousa abandona a cidade que só voltará a ter bispo em 1858.
  • 1835 - Novo derrube de secções da muralha para construção do cemitério.
  • 1839 - Destruição da porta da Covilhã e da torre das freiras.
  • 1855 - Criação do Liceu da Guarda.
  • 1866 - O Governador Civil Sande e Castro intervém para que se crie o Montepio Egitaniense.
  • 1868 - Criado aquele que se pensa ser o 1º jornal da Guarda: «O Egitaniense».
  • 1871 - Nasce Carolina Beatriz Ângelo.
  • 1876 - Fundação da Companhia dos Bombeiros Voluntários da Guarda.
  • 1881 - É extinta a Diocese de Pinhel e incorporada na diocese da Guarda.
  • 1882 - A 4 de Agosto D. Luís I e D. Maria Pia são recebidos solenemente na Guarda por ocasião da Inauguração da linha da Beira Alta entre a Guarda e Vilar Formoso, junto da fronteira com Espanha.
  • 1883 - Nasce Ladislau Patrício.
  • 1885 - Morre a última freira do convento de Sta. Clara, que é posteriormente entregue à Misericórdia para a instalação de um hospital. Inicia-se dos trabalhos de ligação com a Linha da Beira Baixa.
  • 1887 - O Governador Civil D. João de Alarcão intercede e consegue a criação do Asilo de mendicidade Distrital.
  • 1889 - Criação do Asilo da Infância desvalida.
  • 1894 - Conferência de S. Vicente Paulo (Intervenção do Bispo D. Tomaz G. de Almeida)
  • 1895 - Integração da Guarda na 5ª Brigada através dos corpos de Infantaria nº 12, 21 e 23. Construção do Mercado fechado com arte em ferro.
  • 1896 - Eletrificação da Guarda, sendo concessionário Francisco de Pinto Balsemão.
  • 1897 - Criação da Escola Normal(Magistério Primário).
  • 1899 - Começam obras de restauro da catedral (Arq. Rosendo Carvalheira e Mestre Valentim).
  • 1901 - A 30 de Dezembro a Sé Catedral é decretada monumento nacional.
  • 1902 - Câmara da Guarda gasta 387.000$00 no abastecimento de água para a freguesia de Vela.
  • 1904 - Fundada a Caixa Económica da Guarda, por João Caetano Salvado.
  • 1907 - A 18 de Maio chegam à Guarda D. Carlos I e D. Amélia para inaugurar o Sanatório Sousa Martins.
  • 1910 - Implantação da República, saudada com grande entusiasmo pela população da cidade.
  • 1911 - Durante um baile no Regimento de Infantaria n.º 12 o soalho abate provocando vários feridos com fraturas, especialmente entre as senhoras.
  • 1921 - A Câmara Municipal tem direito a imprimir moeda (cédulas camarárias).
  • 1922 - O ex-aluno do Liceu da Guarda, Sacadura Cabral, inicia a 1ª travessia do Atlântico Sul.
  • 1926 - Início da Ditadura militar.
  • 1929 - A 26 de Fevereiro falece Augusto Gil.
  • 1931 - Sai o último nº (938) do jornal O Combate, foi seu diretor o poeta José Augusto de Castro.
  • 1934 - Morre no Tarrafal o General Adalberto Gastão de Sousa Dias, heroico defensor da Democracia. É transportado para a Guarda e depositado sem honras fúnebres num jazigo do cemitério municipal.
  • 1937 - O Jornal democrático "Distrito da Guarda" é encerrado pela censura.
  • 1940 - Chegam à Guarda refugiados da Segunda Guerra Mundial, começam a sentir-se o racionamento de alimentos.
  • 1941 - Ciclone derruba milhares de árvores no Distrito.
  • 1942 - Inaugurado o Hotel Turismo.
  • 1944 - Dia da Liberdade.
  • 1946 - Reabre a escola do magistério primário.
  • 1948 - Fundação da Rádio Altitude no Sanatório da Guarda.
  • 1951 - A 11 de Novembro falece Salvador do Nascimento, a cidade presta honras fúnebres.
  • 1956 - Entra em funcionamento a Escola Comercial e Industrial da Guarda.
  • 1963 - As Indústrias Lusitanas Renault instalam-se na Guarda.
  • 1967 - Morre Ladislau Patrício.
  • 1974 - O Regimento de Infantaria adere desde a primeira hora ao MFA.
  • 1976 - Acordos da Guarda - entre Portugal e Espanha.
  • 1977 - Celebra-se na Guarda o "Dia das Comunidades Lusíadas" com a presença do Pres. da República General Ramalho Eanes e Membros do Governo.
  • 1978 - Criada na Guarda a Associação de Amizade Portugal-Israel.
  • 1979 - Geminação da cidade com Safed.
  • 1983 - Criação da Escola Superior de Saúde da Guarda - Nasce o Instituto Politécnico da Guarda.
  • 1988 - Em Março - Presidência aberta sendo presidente Dr. Mário Soares.
  • 1995 - Abílio Curto abandona a Presidência da Câmara Municipal, cargo que exercia desde 1976.
  • 1999 - Celebração do VIII centenário do Foral Sanchino, com a presença do Presidente Jorge Sampaio. É criado o Centro de Estudos Ibérico.
  • 2000 - Fundação do Jornal O Interior.
  • 2001 - D. José Saraiva Martins ascende a Cardeal.
  • 2010 - O histórico Hotel Turismo é encerrado. A Câmara Municipal da Guarda acorda vender o edifício ao Turismo de Portugal.
  • 2010 - Encerramento da Delphi, à data uma das maiores empregadoras da região.
  • 2011 - O último Governador do Distrito, Santinho Pacheco é exonerado pelo Primeiro Ministro Pedro Passos Coelho.
  • 2013 - A coligação PSD/CDS ganha a autarquia da Guarda
  • 2014 - A cidade é, novamente, palco das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, com a Presença do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
  • 2021 - Sérgio Costa vence as eleições autárquicas, como indepedente. Torna-se o primeiro Presidente da Camâra independente.

População

Número de habitantes * [9]
1864187818901900191119201930194019501960197019811991200120112021
33 00636 28040 20541 91044 01041 90943 31447 86251 46848 99439 74140 36038 76543 82242 54140 117
Número de habitantes por Grupo Etário ** [10] [11]
1900191119201930194019501960197019811991200120112021
0-14 Anos14 18114 81614 17714 67815 79915 61714 23311 1059 0287 2826 8095 8334 486
15-24 Anos7 9018 1287 5638 2538 8519 8148 3996 1957 2195 7896 1264 4094 156
25-64 Anos17 01618 26717 31617 65920 06021 83622 07617 45518 15518 84622 72123 42621 341
= ou > 65 Anos2 1722 3372 4622 9723 1143 9024 2864 4905 9586 5858 1668 87310 134
  • Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste município à data em que os censos se realizaram.
    • De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no município à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente.)

Lendas

Segundo uma lenda, no tempo da Reconquista, havia uma jovem Ana apaixonada por Alfonso III das Astúrias que seguiu o rei, vestida de soldado. Depois duma batalha, o rei descobriu o segredo de Ana e emocionado, mandou construir um castelo para Ana viver, tornando-se a guardiã daquelas terras.

Geografia

A Guarda é sobranceira ao Vale do Mondego, insere-se no último contraforte Norte da Serra da Estrela é a cidade mais alta de Portugal, quanto à altitude da área urbana do município, com altitude máxima de 1 056 metros.

Fruto desta altitude é também o curioso facto de esta região pertencer a três bacias hidrográficas - Mondego, Douro e Tejo, contribuindo desta forma para os recursos hídricos das regiões de Lisboa, Porto e Coimbra. O ponto de confluência das três bacias localiza-se na povoação de Vale de Estrela nas imediações da Guarda.

Clima

O clima na cidade da Guarda é temperado, com influência mediterrânica, visto que no verão há uma curta estação seca. O mês mais quente é Julho, com temperatura média de 19,7 °C, e o mês mais frio é Janeiro, com média de 4 °C. O mês mais chuvoso é Dezembro, com pluviosidade média de 150,6 mm, e o mês mais seco é Agosto, com média de escassos 10,4 mm. A temperatura média anual é de 11,1 °C e a pluviosidade média anual é de 914,2 mm. É considerada uma das cidades mais frias de Portugal, experimentando algumas vezes por ano precipitações de neve.

As temperaturas inferiores a -10 °C ocorrem com alguma frequência, havendo inclusivamente registos históricos datados de Janeiro de 1829 que parecem indicar temperaturas inferiores a -20 °C (ver secção cronologia).

[Esconder]Dados climatológicos para Guarda (1981-2010)
MêsJanFevMarAbrMaiJunJulAgoSetOutNovDezAno
Temperatura máxima recorde (°C)15,217,623,024,530,833,738,334,636,027,021,317,138,3
Temperatura máxima média (°C)6,88,611,412,416,421,225,125,021,115,010,07,815,1
Temperatura média (°C)4,05,57,78,412,316,219,719,516,311,47,55,311,15
Temperatura mínima média (°C)1,22,33,74,67,711,314,013,911,98,35,02,97,2
Temperatura mínima recorde (°C)−10,8−6,2−8,8−4,5−1,81,24,44,91,8−0,6−7,5−6,7−10,8
Precipitação (mm)104,871,259,486,786,333,918,210,458,2107,4127,1150,6914,2
Dias com neve0100000000001
FonteInstituto Português do Mar e da Atmosfera (1981–2010)[12](Records: 1971-2010) 26 de fevereiro de 2013
Fonte 2: Climate Zone (Dias de neve - média 2010 a 2014) [13] 26 de fevereiro de 2013

Organização administrativa

Até 2013, a cidade da Guarda era oficialmente constituída pelas freguesias urbanas da São Vicente e São Miguel, entretanto unidas numa só (Freguesia da Guarda).

Freguesias

Freguesias do município da Guarda

Desde a reorganização administrativa de 2012/2013,[2] o município da Guarda está dividido em 43 freguesias:

Até 1 de janeiro de 2002, fazia também parte do município a freguesia do Vale de Amoreira, a qual entretanto foi transferida para o vizinho município de Manteigas.

Cidades geminadas

A cidade da Guarda está geminada com cinco cidades:[14]

Política

Eleições autárquicas [15]

Data%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%VParticipação
PSCDS-PPPPD/PSDAPU/CDUPCTP/ MRPPADPPMPRDBEPSD-CDSMPTINDCH
197633,56331,22221,6624,89-1,81-
64,22 / 100,00
197954,284ADAD3,00-1,77-37,173AD
79,52 / 100,00
198257,3454,15-1,26-32,812
72,30 / 100,00
198552,44431,7533,53-0,75-7,52-
68,10 / 100,00
198952,8146,47-33,4332,67-0,63-
67,12 / 100,00
199352,3445,30-34,4933,25-
67,95 / 100,00
199756,2944,08-32,1232,98-
65,26 / 100,00
200147,6542,97-42,4631,98-0,82-
68,26 / 100,00
200552,5144,55-33,8431,78-0,59-1,99-
70,40 / 100,00
200955,7955,15-28,3322,68-0,70-2,89-
62,72 / 100,00
201330,392PSDCDS3,89-2,42-3,66-51,435
59,47 / 100,00
201723,3525,59-61,2052,11-CDS3,04-CDS
60,86 / 100,00
202117,9812,69-33,6831,31-1,60-36,2232,69-
63,19 / 100,00

Eleições legislativas

Data%
CDSPSPSDPCPUDPADAPU/

CDU

FRSPRDPSNBEPANPàFLCHIL
197632,1330,3218,643,551,23
1979AD36,73APU0,8249,515,49
1980FRS0,7851,234,8235,15
198318,7846,2023,270,344,84
198516,4630,2827,440,825,1513,00
19875,4429,4153,28CDU0,253,152,12
19915,4236,2948,612,390,811,80
199510,4952,6230,690,412,120,35
199910,3547,7133,223,441,45
20029,8639,8342,502,351,79
20056,8951,7927,273,004,71
200911,4836,4430,783,5510,99
201113,3428,5941,353,894,680,81
2015PàF33,83PàF4,1110,231,5141,730,63
20194,7636,1432,122,9310,772,250,701,520,81

Património arquitetónico e arqueológico

A cidade tem vários monumentos arquitetónicos, na sua maioria situados no centro histórico:

Sé da Guarda e estátua de D. Sancho I

No centro histórico da Guarda encontram-se vários edifícios com marcas mágico-religiosas: um estudo de Novembro de 2006, editado pela Sociedade Pólis Guarda e pela autarquia local, identifica 48 marcas cruciformes em edifícios da zona da Judiaria.

Património natural

Centro da cidade da Guarda com um nevão

Encontram-se classificadas como árvores de interesse nacional:


Mais património natural da região:

  • Cão da Serra da Estrela - sem dúvida um dos mais interessantes canídeos de Portugal;
  • Teixos da Serra da Estrela;
  • Lobo Ibérico - as últimas alcateias livres a sul do Douro situam-se nesta região;
  • Vale Glaciar de Manteigas;
  • Orografia granítica, com afloramentos frequentes e por vezes com dimensões monumentais;
  • Carvalhais de Carvalho Negral;
  • Soutos e Castinçais;
  • Possível cratera de 35  km de diâmetro;[8]
  • Linha de festo tago-duriense que define as vertentes das bacias hidrográficas do Tejo e do Douro, na freguesia de Panoias de Cima .[16]

O município encontra-se parcialmente inserido no Parque Natural da Serra da Estrela

Associações recreativas e desportivas

Durante muitos anos, o principal clube desportivo da cidade, com notório ecletismo, foi a Associação Desportiva da Guarda.

Foi criado o clube Guarda Desportiva Futebol Clube, que se dedicou apenas ao futebol.


Outros clubes que se têm destacado neste desporto são o Mileu-Guarda Sport Clube e o NDS (Núcleo Desportivo e Social), este sobretudo nas camadas jovens. Clubes que se têm destacado fora do âmbito do futebol são o Clube de Montanhismo da Guarda, e o Centro de Desporto e Cultura do Pinheiro no atletismo.

A cidade tem ainda diversas associações culturais e recreativas, dentre as quais, a Associação de Desenvolvimento Carapito S. Salvador.

Existe ainda o Grupo Desportivo e Recreativo das Lameirinhas (GDRL) que se destaca no âmbito do futsal, no escalão nacional de seniores, possuindo também uma equipa B e escalões de iniciação. O clube tem também escalões juvenis de basquetebol feminino.

Infraestruturas e acessibilidades

O município é servido por uma boa rede viária:

Ferrovias

Na Guarda passam ainda as seguintes linhas ferroviárias:

Após o abandono do projeto do TGV português devido à crise económica mundial, o governo português anunciou em 2011 a requalificação da linha da beira alta para bitola europeia de forma a permitir a circulação de mercadorias em velocidade alta a partir dos portos do norte de Portugal para o centro da Europa.

Plataforma logística e outras

No município existe a PLIE - Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial, uma área infraestruturada de raiz com cerca de 100 hectares, de cariz logístico-industrial onde a atividade de armazenagem e produção tem condições ótimas do ponto de vista da distribuição Ibérica, não só pela confluência das várias vias rodoviárias e ferroviárias, mas também pela posição intermédia entre Lisboa-Madrid e Aveiro-Madrid, sendo de todas as passagens fronteiriças aquela que proporciona o menor e mais rápido trajeto em direção ao centro da Europa.

No município existe a barragem do Caldeirão, importante infraestrutura para o abastecimento de água e produção de energia. A barragem foi também feita com o intuito de ser um pólo de atração turística.

Economia

Antes do 25 de Abril, a grande maioria da população do município habitava em aldeias e vivia da agricultura de subsistência. Com a democracia, começou a haver uma deslocalização dos meios rurais para a cidade e as pessoas começaram a trabalhar no sector dos serviços e da indústria. Houve grandes fábricas, como a Renault e a Gartêxtil, ambas já desaparecidas.

Os 14 municípios do distrito da Guarda possuirão um total de 15 521 empresasdas quais 4 189 estarão sediadas no município da Guarda.[17]

Atualmente (2010), a crise paira na indústria desta cidade gerando milhares de desempregados: a principal empregadora a Delphi, fechou em 31 de dezembro de 2010,despedindo os últimos 321 trabalhadores (chegou a ter cerca de 3 mil trabalhadores). No entanto existem outras empresas do mesmo sector que poderão absorver alguns desses trabalhadores. Outros exemplos de empresas relevantes são a GELGURTECoficabDura AutomotiveSODECIA metalurgia entre outras.

A boa situação geográfica do município e as boas acessibilidades fazem da Guarda um excelente local para o armazenamento e transporte de mercadorias de Portugal para o resto da Europa (e vice-versa), nesse sentido entidades privadas em conjunto com a Câmara Municipal criaram a Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE) que é uma plataforma transfronteiriça que procura dinamizar a economia regional e a captação de fluxos e investimentos industriais.

Turismo e gastronomia

turismo é também uma aposta da Guarda. Os principais pontos turísticos da cidade são:

Atualmente, o município tem vários hotéis que aproveitam a proximidade com a Serra da Estrela, com as Aldeias Históricas e com a região do vinícola do Douro que posicionam a Guarda como base ideal para a descoberta desses destinos. A gastronomia do município é muito diversificada, com destaque para o Caldo de Grão, o Bacalhau à Conde da GuardaBacalhau à Lagareiro, o Cabrito Assado, as Morcelas da Guarda e o Arroz Doce.

Política

Presidentes da Câmara após o 25 de Abril:

Guardenses ilustres

O município da Guarda foi o berço de várias personalidades, entre as quais:

Filhos adotivos da Guarda

A Guarda, ao longo dos tempos, foi acolhendo individualidades que, pela sua relevância e ligação à Cidade, perduram na alma Guardense.

Educação

Na Guarda, existem vários estabelecimentos de ensino, entre os quais:

Ensino superior

  • IPG (Instituto Politécnico da Guarda) (público)
  • Instituto Superior de Administração, Comunicação e Empresas (privado)

Ensino secundário

  • Escola Secundária c/ 3º CEB da Sé
  • Escola Secundária Afonso de Albuquerque

Ensino privado

  • Ensiguarda
  • Instituto de S. Miguel
  • Colégio da Cerdeira
  • Conservatório de Música de S. José da Guarda

A cidade da Guarda tem um total de 21 escolas.

Gentílico

Alguns autores acham que o gentílico da Guarda não é guardense, mas egitaniense. A palavra deriva de Egitânia, o nome latino de Idanha, e tem a ver com o facto de a diocese da Idanha (atualmente a pequena aldeia de Idanha-a-Velha, município de Idanha-a-Nova), ter sido transferido para a Guarda.

Referências

  1.  «guardense/egitaniense». Instituto Camões. Consultado em 8 de Agosto de 2013
  2. ↑ Ir para:a b Diário da RepúblicaReorganização administrativa do território das freguesias, Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro, Anexo I.
  3.  http://www.gov-civ-guarda.pt/distrito/guarda.asp
  4.  http://www.mun-guarda.pt/index.asp?idEdicao=51&id=720&idSeccao=625&Action=noticia
  5.  http://www.pad.pt/volta2009/info/mensagens/camaras/Mensagem%20Camara%20da%20Guarda.pdf
  6.  http://www.descubraportugal.com.pt/edicoes/tdp/registo.asp?idcat=14&id=868&tipo=a&o=t
  7.  http://www.esecd.ipg.pt/candidatos_viver_guarda.asp
  8. ↑ Ir para:a b «Guarda Circular Structure»Universidade de Harvard. Consultado em 7 de Setembro de 2013
  9.  Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  10.  INE - http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censos_quadros
  11.  INE - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indOcorrCod=0011166&contexto=bd&selTab=tab2
  12.  «Normais Climatológicas - 1981-2010 (provisórias) - Guarda». Consultado em 26 de fevereiro de 2013
  13.  «Guarda weather history»Climate Zone. Consultado em 26 de fevereiro de 2013
  14.  http://www.anmp.pt/anmp/pro/mun1/gem101l0.php?cod_ent=M6300
  15.  «Concelho de Guarda : Autárquicas Resultados 2021 : Dossier : Grupo Marktest - Grupo Marktest - Estudos de Mercado, Audiências, Marketing Research, Media»www.marktest.com. Consultado em 18 de dezembro de 2021
  16.  António Saraiva (2009). Guarda Vista do Céu. [S.l.]: Argumentum
  17.  http://www.infoempresas.com.pt/Distrito_GUARDA.html

Ver também

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SOARES DE PASSOS - ESCRITOR E POETA - NASCEU EM 1826 - 27 DE NOVEMBRO DE 2022

 

Soares de Passos

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Soares de Passos
Gravura de Soares de Passos, publicada em 1860.
Nome completoAntónio Augusto Soares de Passos
Nascimento27 de novembro de 1826
PortoPortugal
Morte8 de fevereiro de 1860 (33 anos)
PortoPortugal
NacionalidadePortugal Português
OcupaçãoPoeta
Magnum opusPoesias

António Augusto Soares de Passos (Porto27 de Novembro de 1826 – Porto, 8 de Fevereiro de 1860) foi um poeta, expoente máximo do Ultra-Romantismo em Portugal.

Biografia

Nascido no seio da média burguesia comerciante portuense, viveu largas temporadas da infância com o pai ausente, fugido às perseguições que lhe moveram durante as guerras civis pelas suas ideias liberais, o que terá marcado o temperamento algo soturno do jovem António Augusto. Tendo aprendido francês e inglês durante a juventude, ingressou na Universidade de Coimbra, em 1849, para cursar Direito.

Obra

Em Coimbra conviveu com outros estudantes do Porto, como Alexandre BragaSilva Ferraz e Aires de Gouveia, com quem fundou, em 1851, a revista Novo Trovador. Em 1854, já formado, regressou ao Porto e, depois de uma passagem pelo Tribunal da Relação do Porto, decide dedicar-se exclusivamente à literatura, colaborando activamente nos jornais de poesia O Bardo (1852-1854) e A Grinalda (1855-1869) e preparando a edição em volume das suas Poesias(eBook) (1856).

Para a sua celebridade contribuiu não apenas a sua imagem de misantropo e a frequência dos salões portuenses, como também o bom acolhimento dos críticos, nomeadamente de Alexandre Herculano que, em carta, considerou Soares de Passos como "o primeiro poeta lírico português deste século" (referindo-se ao século XIX).

Sua qualidade pode ser creditada ao fato de ter escrito com autenticidade, pois os sentimentos derramados em seu texto são os que realmente viveu, já que foi pessoa extremamente sofrida, por vezes dominada por uma doença que, reza a lenda, deixou-o preso por anos em seu quarto. Isso explica a proeza de ter trabalhado muito bem com clichês que nas mãos dos outros poetas são extremamente ridículos. Melhor exemplo disso é "O Noivado no Sepulcro ( )".

Seus poemas são fruto de uma angústia da sensação da proximidade da morte precoce mesclada ao desgosto pela situação em que se encontrava seu país. O incrível é que sabe alternar esses aspectos soturnos a momentos de extrema confiança na mudança das condições sociais. Essas oposições dramáticas talvez sejam a causa da visão trágica com que o poeta enxerga o mundo. Quando parte para a religião, enfoca a tragédia de Deus castigando todos; quando enfoca a História, mostra uma sucessão de episódios lastimosos; quando olha o cotidiano, enxerga somente a desgraça.

Sendo um poeta muito divulgado no seu tempo, morreu precocemente aos trinta e três anos, vítima da tuberculose, deixando um único livro – Poesias – onde confluem todas as tendências do imaginário poético seu contemporâneo. Foi sepultado no Cemitério da Lapa, no Porto.

Curiosidades

O portal de entrada do Cemitério da Lapa, no Porto, onde o poeta Soares de Passos foi sepultado, exibe a seguinte inscrição, precisamente da autoria do escritor ultra-romântico:

«Eis ossos carcomidos, cinzas frias,

Em que paraõ da vida os breves dias,

Mortal se quanto vês te naõ abala

Ouve a tremenda voz que assim te falla,

" - Lembra-te homem que és pó, e que d'est arte

- Em pó ou cêdo ou tarde has-de tornar-te."»

Ligações externas

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NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS - 27 DE NOVEMBRO DE 2022

 

Nossa Senhora das Graças

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: "Nossa Senhora da Graça" redireciona para este artigo. Para outros significados, veja Nossa Senhora da Graça (desambiguação) ou Nossa Senhora das Graças (desambiguação).
Nossa Senhora das Graças
Nossa Senhora da Medalha Milagrosa
Venerada pelaIgreja Católica
Principal igrejaCapela de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa (Paris)
Festa litúrgica27 de novembro
AtribuiçõesAparições a Santa Catarina de Labouré e a revelação da Medalha Milagrosa
Padroeira deBragança

Nossa Senhora das Graças é uma invocação especial pela qual é conhecida a Santíssima Virgem Maria, também invocada com a mesma intenção sob o nome de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa e Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças.

Precede as aparições marianas ocorridas em La Salette, em Lourdes, em Fátima e em Campinas.

Aparições marianas

Esta invocação está relacionada a duas aparições da Virgem Maria a Santa Catarina Labouré, então uma noviça da Congregação das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo em ParisFrança, no século XIX.

A primeira aparição aconteceu na noite da festa de São Vicente de Paulo, dia 19 de julho de 1830, quando a Madre Superiora de Catarina pregou às noviças sobre as virtudes de seu santo fundador, dando a cada uma um fragmento de sua sobrepeliz. Catarina então orou devotamente ao santo patrono para que ela pudesse ver com seus próprios olhos a Mãe de Deus, e convenceu-se de que seria atendida naquela mesma noite.

A aparição de Nossa Senhora das Graças a Santa Catarina Labouré.

Indo ao leito, adormeceu, e antes que tivesse passado muito tempo foi despertada por uma luz brilhante e uma voz infantil que dizia: "Irmã Labouré, vem à capela; a Virgem Maria te aguarda". Mas ela replicou: "Seremos descobertas!". A voz angélica respondeu: "Não te preocupes, já é tarde, todos dormem... vem, estou à tua espera". Catarina então levantou-se depressa e dirigiu-se à capela, que estava aberta e toda iluminada. Ajoelhou-se junto ao altar e logo viu a Virgem sentada na cadeira da superiora, rodeada por um esplendor de luz. A voz continuou: "A Santíssima Virgem Maria deseja falar-te". Catarina adiantou-se e ajoelhou-se aos pés da Virgem, colocando suas mãos sobre seu regaço, e Maria lhe disse:

"Deus deseja te encarregar de uma missão. Tu encontrarás oposição, mas não temas, terás a graça de poder fazer todo o necessário. Conta tudo a teu confessor. Os tempos estão difíceis para a França e para o mundo. Vai ao pé do altar, graças serão derramadas sobre todos, grandes e pequenos, e especialmente sobre os que as buscarem. Terás a proteção de Deus e de São Vicente, e meus olhos estarão sempre sobre ti. Haverá muitas perseguições, a cruz será tratada com desprezo, será derrubada e o sangue correrá". Depois de falar por mais algum tempo, a Virgem desapareceu. Guiada pelo anjinho, Catarina deixou a capela e voltou para sua cela.

Catarina continuou sua rotina junto das Irmãs da Caridade até o Advento. Em 27 de novembro de 1830, no final da tarde, Catarina dirigiu-se à capela com as outras irmãs para as orações vespertinas. Erguendo seus olhos para o altar, ela viu novamente a Virgem Maria sobre um grande globo, segurando um globo menor onde estava inscrita a palavra "França". Ela explicou que o globo simbolizava todo o mundo, mas especialmente a França, e os tempos seriam duros para os pobres e para os refugiados das muitas guerras da época.

Então a visão modificou-se e a Virgem Maria apareceu com os braços estendidos e dedos ornados por anéis que irradiavam luz coloridos e raios de luz brancos e rodeada por uma frase que dizia: "Oh Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós". Desta vez a Santíssima Virgem deu instruções diretas: "Faz cunhar uma medalha onde apareça minha imagem como a vês agora. Todos os que a usarem receberão grandes graças". Catarina perguntou por que alguns anéis não irradiavam luz, e soube que era pelas graças que não eram pedidas. Então Maria voltou-lhe as costas e mostrou como deveria ser o desenho a ser impresso no verso da medalha. Catarina também perguntou como deveria proceder para que a ordem fosse cumprida. A Virgem Maria disse que ela procurasse a ajuda de seu confessor, o padre Jean Marie Aladel.

De início o padre Jean não acreditou no que Catarina lhe contou, mas depois de dois anos de cuidadosa observação do proceder da Irmã Catarina ele finalmente dirigiu-se ao arcebispo, que ordenou a cunhagem de duas mil medalhas, ocorrida em 20 de junho de 1832. Desde então a devoção a esta medalha, sob a invocação de Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa, não cessou de crescer. Catarina nunca divulgou as aparições, salvo pouco antes da morte, autorizada pela própria Maria Imaculada.

Invocação

Emblem of the Papacy SE.svg

Série de artigos sobre
Mariologia católica
Murillo immaculate conception.jpg

Maria, mãe de Jesus
Devoção

Hiperdulia • Imaculado Coração • Sete Alegrias • Sete Dores • Coroa das Lágrimas • Santo Rosário • Escapulário do Carmo

Orações marianas famosas

Ave Maria • Magnificat • Angelus • Infinitas graças vos damos • Lembrai-vos • Salve-rainha

Dogmas e Doutrinas

Mãe de Deus • Perpétua Virgindade • Imaculada Conceição • Assunção ao Céu • Mãe da Igreja • Medianeira e Advogada • Corredentora • Rainha do Céu

Aparições marianas

Crenças reconhecidas ou dignas de culto
Guadalupe • Medalha Milagrosa •
La Salette • Lourdes • Fátima • Campinas • Akita • Prouille


Títulos da Virgem Maria


Virgem Maria na arte

A Medalha Milagrosa de Nossa Senhora das Graças.

A própria medalha contém as palavras por que a Santa Mãe de Deus quis ser invocada:

Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós.

Essa inscrição já sintetiza boa parte da mensagem que a Virgem Mãe revelou: a Imaculada Conceição, pela primeira vez objeto de revelação particular, em 1858 ratificada em Lourdes, e transformada em dogma pelo papa Pio IX, com a bula Ineffabilis Deus, e a mediação da Mãe de Deus junto ao seu Divino Filho. Usar essa invocação, portanto, significa acreditar que a Virgem das virgens é a Medianeira Imaculada.

A Virgem Maria prometeu conceder grandes graças a quem usar a sua medalha revelada a Santa Catarina Labouré.

Simbolismo da Medalha Milagrosa

  • A serpente: Maria aparece esmagando a cabeça da serpente. A mulher que esmaga a cabeça da serpente, que é o demônio, já estava predita na Bíblia, no livro do Gênesis: "Porei inimizade entre ti e a mulher... Ela te esmagará a cabeça e tu procurarás, em vão, morder-lhe o calcanhar". Deus declara iniciada a luta entre o bem e o mal. Essa luta é vencida por Jesus Cristo, o "novo Adão", juntamente com Maria, a co-redentora, a "nova Eva". É em Maria que se cumpre essa sentença de Deus: a mulher finalmente esmaga a cabeça da serpente, para que não mais a morte pudesse escravizar os homens.
  • Os raios: Simbolizam as graças que Nossa Senhora derrama sobre os seus devotos. A Santa Igreja, por isso, a chama Tesoureira de Deus.
  • As 12 estrelas: Correspondem aos doze apóstolos e representam a Igreja. Simbolizam as 12 tribos de Israel. Maria Santíssima também é saudada como "Estrela do Mar" na oração Ave, Stella Maris.
  • O coração cercado de espinhos: É o Sagrado Coração de Jesus. Foi a Virgem Maria quem o gerou em Seu ventre. Nosso Senhor prometeu a Santa Margarida Maria Alacoque a graça da vida eterna aos devotos do seu Sagrado Coração, que simboliza o seu infinito e ilimitado Amor.
  • O coração transpassado por uma espada: É o Imaculado Coração de Maria, inseparável ao de Jesus: mesmo nas horas difíceis de Sua Paixão e Morte na Cruz, Ela estava lá, compartilhando da Sua dor, sendo a nossa co-redentora.
  • M: Significa Maria. Esse M sustenta o travessão e a Cruz, que representam o calvário. Essa simbologia indica a íntima ligação de Maria e Jesus na história da salvação.
  • O travessão e a Cruz: Simbolizam o calvário. Para a doutrina católica, a Santa Missa é a perpetuação do sacrifício do Calvário, portanto, ressaltam a importância do Sacrifício Eucarístico na vida do cristão.

Oração

Ó Imaculada Virgem Mãe de Deus e nossa Mãe, ao contemplar-vos de braços abertos derramando graças sobre os que vo-las pedem, cheios de confiança na vossa poderosa intercessão, inúmeras vezes manifestada pela Medalha Milagrosa, embora reconhecendo a nossa indignidade por causa de nossas inúmeras culpas, acercamo-nos de vossos pés para vos expôr, durante esta oração, as nossas mais prementes necessidades (momento de silêncio e de pedir a graça desejada). Concedei, pois, ó Virgem da Medalha Milagrosa, este favor que confiantes vos solicitamos, para maior Glória de Deus, engrandecimento do vosso nome, e o bem de nossas almas. E para melhor servirmos ao vosso Divino Filho, inspirai-nos profundo ódio ao pecado e dai-nos coragem de nos afirmar sempre como verdadeiros cristãos. Amém.

Padroeira

No dia 30 de dezembro de 1936, Turquinho estava dirigindo em uma ronda noturna na Rio-Petrópolis quando pensou ter atropelado uma mulher que atravessava a rodovia distraida. Quando voltou para prestar socorro, a rodovia estava deserta, e no local estava uma medalha com a imagem de uma santa no local. Neste dia, ele jurou criar a maior força policial do brasil. Mais tarde, a santa foi identificada como a Nossa Senhora da Medalha Milagrosa. Turquinho carregou a medalha consigo até o fim da vida, e, em 2004, ela virou a padroeira da Polícia Rodoviária Federal.[1]

Ver também

Ligações externas

  1.  «Estradas - Sacrifício e orgulho são destaques no Dia do Policial Rodoviário Federal»Estradas. 23 de julho de 2020. Consultado em 15 de novembro de 2022

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