quarta-feira, 22 de junho de 2022

SÃO JOÃO FISHER - 22 DE JUNHO DE 2022

 

John Fisher

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
João Fisher
Santo da Igreja Católica
Bispo de Rochester
São John Fisher (por Hans Holbein, o Jovem)

Título

CardealMártir e Bispo de Rochester
Atividade eclesiástica
DioceseDiocese da Rochester
Nomeação14 de outubro de 1504
PredecessorDom Richard FitzJames
SucessorDom John Hilsey
Mandato1504 - 1535
Ordenação e nomeação
Ordenação presbiteral17 de dezembro de 1491
por Thomas Rotheram
Nomeação episcopal14 de outubro de 1504
Ordenação episcopal24 de novembro de 1504
por Dom William Warham
Cardinalato
Criação21 de maio de 1535
por Papa Paulo III
OrdemCardeal-presbítero
TítuloSantos Vital, Valéria, Gervásio e Protásio
Brasão
Coat of arms of Saint John Fisher.svg
LemaFaciam vos fieri piscatores hominum
Santificação
Beatificação29 de dezembro de 1886
Basílica de São Pedro
por Papa Leão XIII
Canonização19 de maio de 1935
Basílica de São Pedro
por Papa Pio XI
Veneração porIgreja Católica Apostólica Romana
Festa litúrgica22 de junho na Igreja Católica
6 de julho na Igreja Anglicana
PadroeiroInglaterra e dos bispos
PolêmicasNegou-se a abandonar a fé católica e por isso foi martirizado
Dados pessoais
NascimentoYorkshire
1469
MorteLondres
22 de junho de 1535 (66 anos)
Nacionalidadeinglês
ProgenitoresMãe: Agnes
Pai: Robert Fisher
Habilitação académicaUniversidade de Cambridge
SepultadoCapela Real de São Pedro ad Vincula
dados em catholic-hierarchy.org
Categoria:Igreja Católica
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

John Fisher (BeverleyYorkshireInglaterra, c. 1469 — Tower Hill, Tyburn, Londres22 de junho de 1535) foi cardeal e bispo de Rochester, na Inglaterra, durante o reinado de Henrique VIII. É venerado como mártir e santo pela Igreja Católica e pela Igreja Anglicana.

Biografia

Filho de Robert Fisher, rico comerciante, e de sua esposa Agnes, formou-se e conseguiu o doutorado em Teologia na Universidade de Cambridge.

Permaneceu em Cambridge, no princípio como diretor de sua faculdade, Miachaelhouse, (mais tarde parte do Trinity College) de 1497 a 1501; depois como vice-reitor da Universidade, de 1501 a 1504 e, a final com uma nomeação vitalícia como reitor, a partir de 1504.

Exerceu uma grande atividade fomentando o humanismo e conseguindo que o humanista holandês Erasmo de Roterdão ensinasse em Cambridge. Não obstante, como eclesiástico, Fisher se opôs de forma enérgica à Reforma Protestante, sobretudo às doutrinas de Martinho Lutero.

Santo John Fisher, por Hans Holbein, o Jovem

Vida sacerdotal

Em 17 de dezembro de 1491 foi ordenado sacerdote em York e nomeado vigário de Northallerton. Em 1497 a Condessa Margarida Beaufort de Richmond e Conde Derby, mãe do futuro Henrique VII de Tudor, o elegeu como capelão e confessor pessoal.

Bispo de Richmond de 1504 (com direito de participar da Câmara dos Lordes), foi tutor do Príncipe Henrique e foi nomeado representante da Coroa Inglesa no Concílio Lateranense V (1512).

Mártir e Santo

Em 1527 opôs-se ao plano do rei Henrique VIII de Inglaterra, de divorciar-se de Catarina de Aragão, de quem era confessor. Lembrou ao Rei que este não poderia desconsiderar a dispensa dada pelo Papa Júlio II para a realização do casamento.

Em 1534 recusou-se a jurar obediência ao "Ato de Supremacia" de Henrique VIII de Inglaterra, por isto foi encarcerado na Torre de Londres juntamente com Thomas Morus que igualmente assim tinha procedido. Na prisão, ainda, foi criado Cardeal do Título dos Santos Vital, Valeria, Gervásio e Protásio pelo Papa Paulo III em 17 de maio de 1535.

Foi submetido a julgamento, e acusado de ato de traição ao negar-se a aceitar Henrique VIII como cabeça da Igreja.

Condenado à morte, um mês depois de ter sido preso, em 17 de junho de 1535, e foi decapitado cinco dias depois, no dia 22 de junho.

Está sepultando na Capela Real de São Pedro ad Vincula.

Foi beatificado em 29 de dezembro de 1886 pelo Papa Leão XIII e canonizado pelo Papa Pio XI em 19 de maio de 1935. Sua festa, juntamente com a de São Thomas Morus, comemora-se no dia 22 de junho na Igreja Católica e em 6 de julho na Igreja Anglicana.

Ver também

Ligações externas

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segunda-feira, 20 de junho de 2022

FRANCISCO DE HOLANDA - 19 DE JUNHO DE 2022

 

Francisco de Holanda

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Francisco de Holanda
Auto-retrato (ca. 1573), o artista apresentando o seu livro.
Nascimento6 de setembro de 1517
LisboaPortugal
Morte19 de junho de 1585 (67 anos)
LisboaPortugal
NacionalidadePortugal Português
OcupaçãoEscritorhumanistaarquitectoescultordesenhadoriluminador e pintor

Francisco de Holanda, originalmente Francisco d'Olanda, (Lisboa6 de setembro de 1517 - Lisboa19 de junho de 1585) foi um humanistaarquitectoescultordesenhadoriluminador e pintor português. Considerado um dos mais importantes vultos do renascimento em Portugal, também foi ensaístacrítico de arte e historiador.

Biografia

Francisco de Holanda nasceu em Lisboa, filho de António d'Holanda, retratista e iluminador régio de origem flamenga, e de mãe portuguesa pertencente a família aristocrática da época.

Começou a sua carreira como iluminista, na sequência daquela que era já a carreira de seu pai.

Ao contrário do estudo, muito válido mas um pouco desactualizado, de Monsenhor Joaquim Ferreira Gordo, a viagem a Itália foi curta e não durou 7 anos, mas sim cerca de 3 anos, tendo partido em 1538 como bolseiro do Rei D. João III. No "Da Sciencia do Desegno", o próprio Holanda afirma que começou a desenhar a fortaleza de Mazagão em 1541 acabado de vir de Itália. Essa é a fonte mais válida relativa às datas da viagem). Na sua estadia em Roma frequentou o grupo de Vitória Colonna, poetisa e personagem notável do renascimento italiano, o que lhe proporcionou o convívio com grandes artistas do seu tempo, como ParmigianinoGiambologna e, principalmente Miguel Ângelo, que nele despertou o fervor pelo classicismo. "O século XVI foi em Portugal, o século do enraizamento da cultura humanista. A corte contribuiu para esse facto através do recrutamento de humanistas italianos para educar os príncipes e também por ter enviado portugueses para estudar em Itália. Holanda irá beneficiar de todo este contexto italianizante bem como da sua estreita vivência cortesã." (Lousa, 2014, p. 17)

Regressando a Portugal, obteve vários auxílios da parte do cardeal-arcebispo de Évora e dos reis D. João III (1521-1557) e de D. Sebastião (1568-1578).

A Ceia do Senhor, miniatura. Museu Nacional de Belas Artes

O ideal estético renascentista exprimiu-se acentuadamente neste artista, que afirmava que o objectivo primordial era o de incentivar a sua íntima originalidade, e depois seguir a lição da natureza (puro espelho do criador) e a lição dos antigos, mestres imortais da grandeza, simetria, perfeição e decoro. "O artista só o é verdadeiramente, porque possui um talento inato, uma espécie de luz que lhe do ceo foi por graça dada, por isso o artista tem como missão, à imagem do percurso artístico de Miguel Ângelo, a ascensão a Deus. (...) O lado melancólico, intelectual e excepcional do artista também é manifestado pela defesa da sua pureza espiritual. Holanda alerta para o facto de o artista, pelo exercício de sua arte, ter mais do que os outros homens, o privilégio de chegar até Deus «em casto spirito»"(Lousa, 2014, p. 186)

Dotado de uma grande versatilidade intelectual, Francisco de Holanda distinguiu-se pelos seus desenhos da série "Antiguidades de Itália" (1540-1547), pelo seu contributo como instrumento de estudo na reconstituição do património arqueológico dos Romanos e da arte italiana na primeira metade do século XVI, fruto dos desenhos que foi esboçando na sua estadia em Itália.

Notabilizou-se ainda como historiador de arte e foi considerado justamente dos primeiros e maiores críticos da Europa do seu tempo. A paixão pelo classicismo reflectiu-se no seu tratado "Da Pintura Antiga" (1548-1549), que divulga o essencial da obra de Miguel Ângelo e do movimento artístico em Roma na segunda metade do século XVI. Esta obra, contudo, só viria a ser tornada pública três séculos mais tarde; dedicada a D. João III, trata, no primeiro livro, de todos os géneros e modos de pintar e, no segundo, consta de diálogos. O respectivo manuscrito pertence hoje à Real Biblioteca de Madrid. Esta obra reveste-se de grande importância para o conhecimento e apreciação da pintura da época e foi em parte através dela que se tornou possível identificar a obra de Nuno Gonçalves.

Escreveu também o primeiro ensaio sobre urbanismo na Península Ibérica, com o título "Da fabrica que falece a cidade de Lisboa", e alguns livros de desenhos como "De Aetatibus Mundi Imagines" e "Antigualhas".

Na Biblioteca do Escorial, existe outro manuscrito seu, o "Livro de debuxos", com desenhos das principais praças fortes da Europa e respectiva apreciação.

Arquitecto militar, elaborou uma planta para fortaleza de Mazagão, em Marrocos.

É seu o quadro "Baptismo de Santo Agostinho", composição de 21 figuras, da Colecção Conde de Penamacor, tendo sido elogiado por Atanazy Raczyński, que nele viu acentuada influência italiana, acrescentado que Holanda mostrava estudo sério, mas falta de prática de pintar. Demais, diza Holanda que não praticava quase a pintura, por preferir os outros ramos das belas-artes. Guarienti di-lo autor de quadros de grandes dimensões, informação vaga que Raczynski recebeu com cepticismo.[1] Joaquim de Vasconcelos deu-lhe sem qualquer prova um painel com toda a família de D. João III sob o manto de Nossa Senhora. Tudo são, porém, hipóteses.

Foram-lhes atribuídas por André de Resende as iluminuras dos livros de coro do Convento de Cristo, em Tomar, atribuição não confirmada pelos livros de despesa, e bem assim um retrato da infanta D. Maria, objecto dum epigrama de Manuel da Costa em 1552, talvez miniatura em pergaminho e não propriamente tábua.[2]

Exemplo da traça de Francisco de Holanda em Da fábrica que falece a cidade de Lisboa: «Lembrança pera redificar a ponte de Sacauem».

"Morre em 1584, com sessenta e seis ou sessenta e sete anos, em circunstâncias desconhecidas. Não se sabe ao certo se terá morrido em Lisboa, no seu Monte, ou em Santarém. (...) Francisco de Holanda é uma figura controversa que domina o nosso séc. XVI. Teve o mérito de ter sido o primeiro que em Portugal escreveu sobre bellas-artes. 68 Todavia, em Portugal, a sua obra não chegou a ser impressa no seu tempo por força dos factos políticos que norteavam o final da sua existência." (Lousa, 2014, p. 41- 42)

Obras

É autor, entre outros, das seguintes obras:

Ver também

Bibliografia relacionada

  • Alves, José da Felicidade. Introdução ao estudo da obra de Francisco de Holanda (Lisboa, 1986).
  • Camarinhas, Catarina. L'urbanisme de Lisbonne (Paris, L'Harmattan, 2012). ISBN 978-2-296-47915-9. [Francisco de Holanda como arquiteto-urbanista precursor no Urbanismo de Lisboa]
  • Chichorro, Frederica, D. João de Castro e o universalismo da Cultura Portuguesa (Coimbra, 1996).[4]
  • Deswarte, Sylvie. As Imagens das Idades do Mundo de Francisco de Holanda (Lisboa, 1987).
  • Deswarte, Sylvie. Ideias e Imagens em Portugal na época dos Descobrimentos. Francisco de Holanda e a Teoria da Arte (Lisboa, 1992).
  • Holanda, Francisco de. Da Ciência do Desenho [1571] (Lisboa, 1985).
  • Jordan, Annemarie, Retrato de Corte em Portugal. O Legado de António Moro (1552-1572) (Lisboa, 1994).
  • Lousa, Teresa. Do Pintor como Génio na Obra de Francisco de Holanda. (Lisboa, 2014). sitiodolivro.pt
  • Lousa, Teresa. Francisco de Holanda e a ascensão do pintor, Tese de Doutoramento. (Lisboa, FBAUL, 2013). repositorio.ul.pt
  • Santos, Mariana Amélia Machado. Á Estética de Francisco de Holanda, I Congresso do Mundo Português (Lisboa, 1940).
  • Segurado, Jorge. Francisco d'Ollanda (Lisboa, 1970).
  • Sousa, Ronald W. The View of the Artist in Francisco de Holanda's Dialogues: A Clash of Feudal ModelsLuso-Brazilian Review 15 (1978), 43-58.
  • Vilela, José Stichini, Francisco de Holanda, Vida, Pensamento e Obra (Lisboa, 1982). cvc.instituto-camoes.pt

Referências

  1.  Raczynski, Dictionaire Historico-Artistique du Portugal
  2.  Fernando de Pamploma, Dicionário de pintores e escultores portugueses, Vol. III, Livraria Civilização Editora
  3.  Roque, Maria Isabel. «"Tirando pelo natural" figurações, conceções e transgressões no Museu de Arte Antiga»a.muse.arte. Consultado em 23 de fevereiro de 2022
  4.  «Título ainda não informado (favor adicionar)» (PDF). www4.crb.ucp.pt

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