sábado, 12 de fevereiro de 2022

SANTA EULÁLIA - 12 DE FEVEREIRO DE 2022

 

Eulália de Barcelona

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Se procura outros significados, veja Santa Eulália.
Santa Eulália de Barcelona
Santa Eulália de Barcelona na Catedral de Barcelona
VirgemMártir
NascimentoBarcelonaHispânia (Espanha
290
MorteBarcelonaHispânia (Espanha
303 (13 anos)
Veneração porIgreja CatólicaIgreja Ortodoxa
Beatificação633
Principal temploCatedral de Barcelona, em Barcelona
Festa litúrgica12 de fevereiro na Igreja Católica22 de agosto na Igreja Ortodoxa
AtribuiçõesCruz em forma de X; Estaca e uma pomba
PadroeiroBarcelona, Espanha; marinheiros; invocada contra a seca[1]
Gloriole.svg Portal dos Santos

Eulália de Barcelona (finais do século III - inícios do século IV) é uma santa cristã, considerada virgem e mártir, sendo festejada a 22 de agosto pelas Igrejas do Oriente e a 12 de fevereiro pela Igreja Católica. É com frequência confundida com a homônima Santa Eulália de Mérida, cuja hagiografia é semelhante.

Martírio

Por se recusar a abjurar o cristianismo durante a perseguição de Diocleciano, os romanos a submeteram a treze tipos de torturas, incluindo:

  • Colocaram a santa num barril com facas (ou vidro) e o rolaram ladeira abaixo (de acordo com a tradição, a rua hoje chamada de Baixada de Santa Eulália;[2]
  • Cortaram seus seios;
  • A crucificaram numa cruz em forma de X. Ela é muitas vezes representada com esta cruz na arte, o instrumento de seu martírio;
  • Finalmente, ela teria sido decapitada.

Uma pomba voou de seu pescoço após a decapitação e este é um dos pontos de similaridade com a história de Santa Eulália de Mérida, na qual a pomba teria voado da boca da garota no momento de sua morte. Além disso, as torturas de Eulália de Mérida são, por vezes, enumeradas entre os mártires de Barcelona e a história das duas garotas são muito similares, tanto na idade quanto na época em que morreram.

Devoção

Procissão em Hospitalet de Llobregat com Eulália de Barcelona e Roque de Montpellier.

Eulália é comemorada com estátuas e nomes de rua por toda Barcelona.[2] Seu corpo havia sido originalmente enterrado na Igreja de Santa Maria de les Arenes (atual Santa Maria de Mar). Ele foi escondido em 713 durante a conquista omíada da Hispânia e só foi recuperado em 878. Em 1339, ele foi transladado para um sarcófago de alabastro na cripta da recém-construída Catedral de Santa Eulália.[3]

O festival de Santa Eulália é realizado em Barcelona na semana de sua festa litúrgica, em 12 de fevereiro.[4]

Ela também é particularmente venerada na Catalunha e Aragão, bem como no Sul da França (vários municípios catalães e aragoneses e várias comunas do midi francês são chamadas em sua honra de Santa Eulalia ou Sainte-Eulalie - veja-se sua lista em Santa Eulália).

É a santa padroeira da catedral de Barcelona (a catedral de Santa Eulália), e por conseguinte também da arquidiocese barcelonesa.

Referências

  1.  «St. Eulalia of Barcelona» (em inglês). Catholic Forum. Consultado em 16 de julho de 2012. Arquivado do original em 19 de outubro de 2006
  2. ↑ Ir para:a b Vázquez Montalbán, Manuel (1992). BarcelonasLondon: Verso. p. 42. ISBN 0-86091-353-8
  3.  Santa Maria del Mar Arquivado em 5 de fevereiro de 2006, no Wayback Machine. from New York Times travel guide.
  4.  Festes de Santa Eulàlia from Barcelona municipal website
Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Eulália de Barcelona

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

DIA MUNDIAL DO DOENTE - 11 DE FEVEFREIRO DE 2022

 

Doença

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Uma doença é uma condição particular anormal que afeta negativamente o organismo e a estrutura ou função de parte de ou de todo um organismo, e que não é causada por um trauma físico externo. Doenças são frequentemente interpretadas como condições médicas que são associadas a sintomas e sinais específicos. Uma doença pode ser causada por fatores externos tais como agentes patogénicos ou por disfunções internas. Pode se entender que doença é a apresentação de anormalidades na estrutura e no funcionamento de um organismo, afetando-o de forma negativa. Por exemplo, disfunções internas do sistema imunológico podem produzir uma variedade de diferentes doenças, inclusive várias formas de imunodeficiênciahipersensibilidadealergias e desordens ou transtornos autoimunes.

Em humanos, doença é frequentemente usada amplamente para se referir a qualquer condição que causa dordisfunção, desconforto, sentimento de incapacidade, anormalidades negativas e problemas sociais ou morte à pessoa afligida, ou problemas similares àqueles em contacto com a pessoa. Neste sentido mais amplo, às vezes inclui traumas físicosdeficiênciastranstornossíndromesinfeçõessintomas isolados, comportamentos anormais e variações atípicas de estruturas e funções, enquanto em outros contextos e para outros propósitos podem ser consideradas categorias distinguíveis. Doenças podem não somente afetar pessoas fisicamente, como também mentalmente, como a contração e a convivência com uma doença podem alterar a perspetiva de vida de uma pessoa afetada.

Morte devido a doença é chamada de morte por causas naturais. Há quatro tipos principais de doença: doenças infeciosas, doenças de deficiência, doenças hereditárias (o que inclui tanto doenças genéticas quanto doenças hereditárias não-genéticas) e doenças fisiológicas. Doenças podem também ser classificadas de outras maneiras, tais como doenças transmissíveis versus não-transmissíveis. As doenças mais mortais em humanos são a doença arterial coronária (obstrução do fluxo sanguíneo), seguida de doença cerebrovascular e infeções respiratórias agudas. Em países desenvolvidos, as doenças que causam a maior moléstia em geral são condições neuropsiquiátricas, tais como depressão e ansiedade.

O estudo de doença é chamado patologia, que inclui o estudo de etiologia, ou causa.

Conceitos de doença

Doença é um conceito complexo e multifacetado:[1]

  • conceito do senso comum: a palavra tem em linguagem quotidiana diferentes significados, muitas vezes distintos do significado médico;
  • conceito jurídico: doenças dão a seus portadores determinados direitos (ex. não ir ao trabalho) e implica deveres para várias instituições (seguros de saúde, previdência social, empregador);
  • conceito social: ser "doente" implica um determinado papel social que provoca em outras pessoas compaixão, atenção, apoio; além disso certos tipos de comportamento geralmente indesejáveis são aceitos (resmungar, não participar de atividades sociais);
  • conceito acional (Handlungsbegriff): ter uma doença conduz a um determinado tipo de comportamento e a determinadas ações (procurar um médico, tratamento);
  • conceito profissional: a classificação de um fenômeno como doença implica que somente algumas classes profissionais podem realizar seu tratamento

Conceito médico

Por ter tantos usos e significados diferentes faz-se necessária uma definição pelo uso científico do termo. O conceito de doença compõem-se, segundo Häfner (1981,[2] 1983[3]), de dois componentes:

  1. o distúrbio de funções, grupos de funções ou de sistemas interpessoais;
  2. o estado não é proposital – "doença" implica incapacidade. Além disso ele é formado em diferentes níveis:
    1. a manifestação;
    2. o desenvolvimento da doença, que caracteriza o "estar doente" (Kranksein);
    3. o conhecimento dos órgãos afetados e do contexto patológico, de forma a se compreender como os primeiros níveis se influenciam mutuamente;
    4. o conhecimento das causas do contexto patológico

Somente quando todos esses níveis são conhecidos pode-se falar de nosologia.

Conceito bio-psicossocial

O conceito de doença descrito acima é o chamado "conceito médico". Ele localiza a doença dentro do indivíduo e a define como um fenômeno isolado, com causas biológicas e muitas vezes a ser tratado com medicamentos. Críticas contra esse conceito foram levantadas por várias ciências sociais (sociologiaantropologiaciências da saúde, psicologia da reabilitação, etc.): uma doença não influencia somente o indivíduo, mas todas as pessoas que estão em contato com ele (família, amigos); além disso ela tem não apenas consequências biológicas, mas sociais (isolamento, preconceito, estereotipificação, etc.) e provocam muitas vezes mudanças no sistema social. Por isso se fala hoje de um conceito bio-psicossocial, ou seja uma doença deve ser vista sob diferentes pontos de vista, de acordo com os diferentes fatores que a influenciam:[4]

  • fatores biológicos – como a predisposição genética e os processos de mutação que determinam o desenvolvimento corporal em geral, o funcionamento do organismo e o metabolismo, etc.;
  • fatores psicológicos – como preferências, expectativas e medos, reações emocionais, processos cognitivos e interpretação das percepções, etc.;
  • fatores socioculturais – como a presença de outras pessoas, expectativas da sociedade e do meio cultural, influência do círculo familiar, de amigos, modelos de papéis sociais, etc.

A literatura sobre sociologia médica em língua inglesa costuma diferenciar esses diferentes aspectos da doença com o uso de três termos distintos (que no inglês quotidiano são usadas como sinônimos):[5]

  • disease é a parte médica e técnica;
  • illness refere-se à experiência pessoal da pessoa doente;
  • sickness refere-se ao aspecto social e relacional da doença.

Significado social da doença

obesidade foi um símbolo de status na cultura do Renascimento: "O General Toscano Alessandro del Borro", atribuído a Andrea Sacchi, 1645.[6] É agora geralmente considerada como uma doença.

Uma condição pode ser considerada uma doença em algumas culturas e épocas, mas não em outras. Condições tais como o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade e a obesidade são consideradas doenças por parte de alguns países desenvolvidos, mas têm sido considerados de forma diferente em outras culturas. Por exemplo, a obesidade também pode representar riqueza e abundância e é um símbolo de status em áreas propensas à fome e alguns lugares mais atingidos pela caquexia decorrente da AIDS.[7]

A doença confere a legitimação social de determinados benefícios, como auxílio-doença, desnecessidade de comparecer ao trabalho e recebimento de cuidadas por outras pessoas. Em contrapartida, existe uma obrigação por parte do doente a procurar tratamento e trabalho para voltar a ficar bem. Como comparação, considere-se a gravidez, que não é normalmente interpretada como uma doença ou uma enfermidade. Por outro lado, é considerada pela comunidade médica como uma condição que exige cuidados médicos.

A identificação de uma condição como uma doença, ao invés de simplesmente como uma variação da estrutura ou funcionalidade humana, pode ter importantes implicações sociais ou econômicas. Os reconhecimentos controversos como doenças do transtorno de estresse pós-traumático, também conhecido como o "coração do soldado", "choque de stress do combate" ou "fadiga do combate", da lesão por esforço repetitivo e da síndrome da Guerra do Golfo teve uma série de efeitos positivos e negativos sobre as finanças e outras responsabilidades governamentais, empresas e instituições para indivíduos, assim como sobre os próprios indivíduos. A implicação social de considerar o envelhecimento como uma doença pode ser profunda, embora esta classificação não está ainda generalizada. Os leprosos eram um grupo de indivíduos socialmente evitados ao longo da história, e o termo "leproso" ainda evoca estigma social. O medo da doença pode ainda ser um fenômeno social amplo, embora nem todas as doenças evocam um estigma social extremo.

Referências

  1.  Perrez, Meinrad & Baumann, Urs (2005). Lehrbuch klinische Psychologie - Psychotherapie. Bern: Huber.
  2.  Häfner, H. (1981). "Der Krankheitsbegriff in der Psychiatrie". In: R. Degwitz & H. Sidow (Hrsg.), Zum umstrittenen psychiatrischen Krankheitsbegriff. Standorte der Psychiatrie Bd. 2, München: Urban & Schwarzenberg, p. 16-54.
  3.  Häfner, H. (1983). "Allgemeine und spezielle Krankheitsbegriffe in der Psychiatrie". Nervenarzt, 54, 231-238.
  4.  Myers, David G. (2008). Psychologie. Heidelberg: Springer.
  5.  Schweitzer, Jochen & Schlippe, Arist von (2006). Lehrbuch der systemischen Therapie und Beratung. Band: 2, Das störungsspezifische Wissen. Göttingen: Vandenhoeck & Ruprecht.
  6.  Carol Gerten-Jackson. «The Tuscan General Alessandro del Borro». Consultado em 31 de agosto de 2010. Arquivado do original em 11 de outubro de 2014
  7.  Haslam DW, James WP (2005). «Obesity». Lancet366 (9492): 1197–209. PMID 16198769doi:10.1016/S0140-6736(05)67483-1

Bibliografia

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  • Perrez, Meinrad & Baumann, Urs (2005). Lehrbuch klinische Psychologie - Psychotherapie. Bern: Huber. ISBN 3-456-84241-4
  • Schweitzer, Jochen & Schlippe, Arist von (2006). Lehrbuch der systemischen Therapie und Beratung. Band: 2, Das störungsspezifische Wissen. Göttingen: Vandenhoeck & Ruprecht. ISBN 3-525-46256-5
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