domingo, 5 de setembro de 2021

DIA INTERNACIONAL DA CARIDADE - 5 DE SETEMBRO DE 2021

 

Caridade

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Caridade (desambiguação).

Caridade é a doação voluntária de ajuda aos necessitados, como um ato humanitário.

Prática

Uma mulher hindu dando esmolas, pintando por Raja Ravi Varma

A doação de caridade é o ato de doar dinheiro, bens ou tempo para os desafortunados, seja diretamente ou por meio de uma organização ou outra causa digna.[1]

Alguns grupos consideram a caridade como sendo distribuída para outros membros dentro de seu grupo particular. Embora dar aos que estão quase ligados a si mesmo seja às vezes chamado de caridade - como no ditado "A caridade começa em casa" - normalmente a caridade denota aqueles que não estão relacionados, com piedade filial e termos semelhantes para sustentar a família e os amigos. De fato, tratar aqueles relacionados ao doador como se fossem estranhos necessitados de caridade levou à figura do discurso "tão frio quanto a caridade" - proporcionando aos parentes de alguém como se fossem estranhos, sem afeição.[2]

Crítica

Críticos das doações por caridade argumentam que simplesmente transferir presentes ou dinheiro para pessoas carentes tem efeitos negativos a longo prazo. A organização de microcrédito online Zidisha publicou uma publicações em seu blog que afirmava que dar esmolas pode realmente causar danos incentivando a falta de progresso da pobreza e criando uma mentalidade de dependência entre os destinatários. De acordo com Zidisha, os empréstimos de microfinanciamento são uma alternativa melhor do que as doações, porque incentivam o investimento bem-sucedido dos fundos e criam uma mentalidade de capacitação por parte dos beneficiários.[3]

Uma crítica filosófica da caridade pode ser encontrada na obra A Alma do Homem sob o Socialismo, de Oscar Wilde, onde ele diz ser “um modo ridiculamente inadequado de restituição parcial ... geralmente acompanhado por alguma tentativa impertinente por parte do sentimentalista de tiranizar as vidas privadas [dos pobres]", bem como um remédio que prolonga a ‘doença’ de pobreza, em vez de curá-la”.[4] Os pensamentos de Wilde são citados com aprovação de Slavoj Žižek, o pensador esloveno acrescenta sua descrição do efeito da caridade sobre quem a recebe:

Quando, confrontados com a criança morrendo de fome, nos dizem: "Pelo preço de um par de cappuccinos, você pode salvar a vida dela!", A verdadeira mensagem é: "Pelo preço de um par de cappuccinos, você pode continuar na sua vida ignorante e prazerosa, não só não sentindo culpa, mas sentindo-se bem por ter participado da luta contra o sofrimento!"
— Slavoj Žižek (2010). Living in the End Times. [S.l.]: Verso. p. 117

Friedrich Engels, em seu tratado de 1845 com base na condição da classe trabalhadora na Inglaterra, aponta que as doações, seja por governos ou indivíduos, são frequentemente vistas pelos doadores como um meio de esconder o sofrimento que é desagradável de ver. Engels cita de uma carta ao editor de um jornal inglês que reclama que

“(...) as ruas estão assombradas por enxames de mendigos, que tentam despertar a compaixão dos transeuntes da maneira mais desavergonhada e irritante, expondo suas roupas esfarrapadas, aspecto doentio, feridas e deformidades repugnantes. Eu deveria pensar que quando alguém não apenas paga a taxa da pobreza, mas também contribui em grande parte para as instituições de caridade, uma delas faz o suficiente para ter o direito de ser poupada de tais importunações desagradáveis e impertinentes.”

A burguesia inglesa, conclui Engels,

“(...) é caridoso por interesse próprio; não dá nada de imediato, mas considera suas doações como um negócio, faz um acordo com os pobres, dizendo: "Se eu gasto tanto em instituições benevolentes, compro o direito de não ser mais incomodado, e você é obrigado a ficar em seus buracos escuros e não irritar meus tenros nervos, expondo sua miséria. Você deve se desesperar como antes, mas você deve se desesperar sem ser visto, isso eu exijo, isso eu compro com minha assinatura de vinte libras para a enfermaria! É infame, essa caridade de um burguês cristão!”[5]

Institute of Economic Affairspublicou um relatório em 2012 chamado "Sock Puppets: Como o governo faz lobby e por quê", que criticava o fenômeno de governos que financiavam instituições de caridade que então pressionam o governo por mudanças que o governo queria o tempo todo.[6]

Tradições religiosas

Caridade, de François Bonvin (1851).

Catolicismo

A doutrina católica classifica a caridade como uma das virtudes teologais e uma das sete virtudes. Tem o mesmo significado que o Ágape. É um sentimento que pode ter dois sentidos, o sentimento para si mesmo, e ao próximo.

Cristianismo afirma que a caridade é o "amar ao próximo como a si mesmo". E afirma que se uma pessoa não se amar adulterando e mentindo a si mesma sobre as coisas que a rodeia, defendendo somente o seu ponto de vista sem pensar no ponto de vista divino, pode estar "amando" o seu próximo, mas da sua maneira, pois quanto mais buscar o esclarecimento divino sobre como amar a si mesma, maior poderá ser o amor desta pessoa pelo seu próximo.

E afirma que nos dias atuais muitos estão buscando a Cristo, mas da sua "maneira", não procurando arrepender de suas ações, pois em si mesmos não acham culpa alguma, pois defendem os seus próprios pontos de vista. Esquecem-se que o salário de pecado é a morte, e quem não se ama (caridade) peca, pois quem exerce a caridade, não peca, pois acaba amando à Deus mais do que a si mesma, ouvindo assim a sua voz e colocando em prática a Verdade que recebe. Dizendo, que quem ama a Cristo, confirma também o Senhorio de Cristo sobre a si mesma, abandonando tudo por Ele, pois um Servo abandona tudo pelo seu Senhor, vivendo somente para ele.

Aliás, Jesus Cristo ordenou: "Amar a Deus sobre todas as coisas", isto para os cristãos constitui a parte fundamental da caridade.

Quem tem o amor, prova, não somente com palavras mas sim com ações. Abrindo mão dos costumes dos gentios por amar a Deus sobre todas as coisas, seguindo a sua voz e os seus mandamentos.

Resumindo e usando as palavras do Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, "a caridade é a virtude teologal pela qual amamos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos por amor de Deus. Jesus faz dela o mandamento novo, a plenitude da lei. A caridade é «o vínculo da perfeição» (Colossenses 3:14) e o fundamento das outras virtudes, que ela anima, inspira e ordena: sem ela «não sou nada» e «nada me aproveita» (I Coríntios 13:1-3)".[7]

São Paulo disse que, de todas as virtudes, "o maior destas é o amor" (ou caridade).[8] O Amor é também visto como uma "dádiva de si mesmo" e "o oposto de usar".[9]

Espiritismo

Doutrina Espírita entende a caridade como um dever moral de todo homem e que não se resume apenas ao auxílio material. No Livro dos Espíritos, questão 886, Allan Kardec pergunta aos espíritos superiores:

"886. Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus?
Benevolência para com todos, indulgência para com as imperfeições dos outros, perdão das ofensas."[10]

A caridade, portanto, reflete o princípio cristão fundamental de amor mútuo entre todos, independentemente da situação em que se encontrem, tendo aplicação no âmbito moral e material.

No livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, que faz um estudo dos ensinos de Jesus, a comunicação do espírito identificado como Paulo, o apóstolo, dá um bom panorama de como a caridade deve ser encarada:

"Meus filhos, na máxima: Fora da caridade não há salvação, estão encerrados os destinos dos homens, na Terra e no céu; na Terra, porque à sombra desse estandarte eles viverão em paz; no céu, porque os que a houverem praticado acharão graças diante do Senhor. Essa divisa é o facho celeste, a luminosa coluna que guia o homem no deserto da vida, encaminhando-o para a Terra da Promissão. Ela brilha no céu, como auréola santa, na fronte dos eleitos, e, na Terra, se acha gravada no coração daqueles a quem Jesus dirá: Passai à direita, benditos de meu Pai. Reconhecê-los-eis pelo perfume de caridade que espalham em torno de si. Nada exprime com mais exatidão o pensamento de Jesus, nada resume tão bem os deveres do homem, como essa máxima de ordem divina. Não poderia o Espiritismo provar melhor a sua origem, do que apresentando-a como regra, por isso que é um reflexo do mais puro Cristianismo. Levando-a por guia, nunca o homem se transviará. Dedicai-vos, assim, meus amigos, a perscrutar-lhe o sentido profundo e as consequências, a descobrir-lhe, por vós mesmos, todas as aplicações. Submetei todas as vossas ações ao governo da caridade e a consciência vos responderá. Não só ela evitará que pratiqueis o mal, como também fará que pratiqueis o bem, porquanto uma virtude negativa não basta: é necessária uma virtude ativa. Para fazer-se o bem, mister sempre se torna a ação da vontade; para se não praticar o mal, basta as mais das vezes a inércia e a despreocupação.
Meus amigos, agradecei a Deus o haver permitido que pudésseis gozar a luz do Espiritismo. Não é que somente os que a possuem hajam de ser salvos; é que, ajudando-vos a compreender os ensinos do Cristo, ela vos faz melhores cristãos. Esforçai-vos, pois, para que os vossos irmãos, observando-vos, sejam induzidos a reconhecer que verdadeiro espírita e verdadeiro cristão são uma só e a mesma coisa, dado que todos quantos praticam a caridade são discípulos de Jesus, sem embargo da seita a que pertençam. – Paulo, o apóstolo. (Paris, 1860.)"[11]

Espiritismo tenta, pela demonstração ao homem de sua condição de espírito imortal, impulsioná-lo à doação de si próprio ao bem daqueles que dele podem obter auxílio. Quando o homem enxerga a vida como algo que se definha, efêmera, ao passar do tempo, o seu instinto natural de conservação lhe impulsiona ao egoísmo. De modo contrário, para o que vislumbra a imortalidade, o tempo deixa de ser algo a temer e o foco da vida passa a ser o presente. A caridade, neste caso, é como um mero trabalho que um trabalhador executa, sabendo que é necessário ao fim pretendido pelo seu senhor, que lhe dará o seu salário. Para este, considera Allan Kardec:

"A importância da vida presente, tão triste, tão curta, tão efêmera, se apaga, para ele, ante o esplendor do futuro infinito que se lhe desdobra às vistas. A consequência natural e lógica dessa certeza é sacrificar o homem um presente fugidio a um porvir duradouro, ao passo que antes ele tudo sacrificava ao presente."[12]

O diferencial proposto pelo Espiritismo é conceber a caridade como um dever natural decorrente da própria natureza e da ordem das coisas ao invés de mais um ensino moral. Entendendo o espírito que já passou e passará pelas mais diversas situações em diferentes encarnações no caminho da evolução, qualquer prejuízo que gere a outrem será um prejuízo causado contra si; de forma contrária, qualquer auxílio prestado a outrem será também um auxílio prestado a si. Todos estes exemplos mostram que a caridade forma um ciclo virtuoso de progresso geral e traz para o campo científico-filosófico o que era apenas matéria religiosa.

Protestantismo

Ver artigo principal: Protestantismo

A caridade, também traduzida corretamente como amor, tem sua origem na palavra grega "agapé". Em nosso idioma a palavra amor assume diversas interpretações possíveis como amor sensual. No original grego, assume um significado especifico, que tem mais sentido como um comportamento uma escolha do que propriamente com sentimentos, tendo como possíveis significados: afeição ou benevolência, amor caridoso e querido. Aparece em inúmeros textos bíblicos e assume alguns significados de acordo com o contexto, podendo significar:

  • o amor de Deus ou de Cristo como em Rm 5:5; Ef 2:4;
  • amor fraterno como em 1Co 4:21;
  • metaforicamente, o efeito ou a prova do amor, benevolência, benefício concedido.[13]

Quanto a visão cristã da caridade percebe-se que esta relaciona-se com a doutrina da salvação, porém não como meio para salvação, mas como consequência natural desta.

"Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé de Cristo e não pelas obras da lei, porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada."[14]

"Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela graça, pela redenção que já em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; para demonstração de sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus. Onde está, logo, a jactância? É excluída. Por qual lei? Das obras? Não! Mas pela lei da fé. Concluímos, pois que o homem é justificado pela fé, sem as obras da lei".[15]

Em relação a isso a crença no perdão dos pecados e na salvação pela boas obras se mostram alternativas contrárias e não complementares, pois se Deus perdoa os pecados não há necessidade de se pagar a dívida, e igualmente se pagamos uma dívida pelos pecados, não há de se falar em perdão do que foi pago. A compreensão de que estas ideias são excludentes fundamenta a crença na salvação pela graça/fé através do sacrifício de Jesus Cristo na cruz.

Essa ideia também pode ser demonstrada através de um argumento lógico:

1. Ou a salvação é pelas boas obras ou pela graça (perdão).

2. Se a salvação é pelas boas obras não existe perdão.

3. Existe perdão.

4. Logo, a salvação não é pelas boas obras.

5. Logo, a salvação é pela graça (perdão).

Apesar da caridade não ser considerada o cerne da salvação (mas sim o sacrifício de Jesus Cristo), esta é colocada como uma resposta natural e esperada como demonstração da gratidão e experiência do cristão com Deus.

Budismo

Ver artigo principal: Budismo

A caridade ou dana é a primeira das seis perfeições ou Paramitas e é similar à ideia cristã de caridade.[16] Segundo a Monja Coen, no budismo o maior presente que se pode dar é nossa presença absoluta mas pode-se também dar coisas materiais e ensinamentos.[17]

Umbanda

Ver artigo principal: Umbanda

A caridade dentro da religião umbandista é uma premissa, pois segundo a definição do espírito manifestado através da mediunidade de Zélio Fernandinho de MoraesA Umbanda é a manifestação do espírito para a prática da caridade.[18]

[19] O grande problema é o desgaste, o desuso da palavra, o mau uso que se dá a ela, porque o ato de caridade não é aquilo que você pensa que está fazendo. Se a caridade é curar a causa, a caridade maior é transformar a vida de alguém, eu penso, essa é a maior caridade que se faz, quando você consegue transformar a pessoa, transmutá-la. Dizem que transformar é para fora e transmutar é para dentro. Transmutá-la, tirá-la daquele lugar, colocá-la em outro lugar de consciência.

Essa é a maior caridade e na Umbanda isso é muito presente, e o conceito de amar ao próximo também.

Ainda, segundo Zélio de Moraes: Caridade é o que deveria ser de fato, um amor que vai muito além do senso comum.

Nós vemos, todos os dias,  que caridade é uma coisa que você pode fazer por obrigação, mas aí já não é mais caridade no sentido original do amor, porque o amor não pode ser uma obrigação. É amor, quando ele fala que Umbanda é caridade está implícito o amor, o que se comprova com seus atos, pois ninguém leva alguém para sua casa por obrigação. Sua filha Zilméia de Moraes dizia sempre: “Umbanda é amor e caridade”, e também comentava que essas palavras eram de Zélio e do Caboclo das Sete Encruzilhadas, o que evidencia a clareza e importância de se fazer sinônimo e associação entre amor e caridade.

Quando a Umbanda diz um, tudo é Um, como interpretação do nome Umbanda, isso mostra que existe um objetivo: fazer da Banda (nós) uma unidade com Um (Deus).

Passe, atendimento, consulta, limpeza, descarrego, ritual e tudo o mais têm um único objetivo: cuidar das pessoas. É isso o que faz o Amor. E assim deve ficar claro que, nesse raciocínio, nessa forma de pensar, a Caridade é apenas uma consequência e não o objetivo.

(…) Então, esse é o sentido maior da caridade na Umbanda. É o sentido da própria palavra Umbanda, um com Deus, naquele momento você é um com Deus, porque você é a expressão do amor. E isso também é crístico*.

*Adjetivo relativo a vida ou ao próprio Jesus Cristo. Aquele que age conforme a filosofia e ensinamentos de Jesus Cristo.

Trechos retirados do livro Caridade: Amor e Perversão[20]

Ver também

Referências

  1.  Marquis, Christopher; Tilcsik, András (1 de outubro de 2016). «Institutional Equivalence: How Industry and Community Peers Influence Corporate Philanthropy»Organization Science27 (5): 1325–1341. ISSN 1047-7039doi:10.1287/orsc.2016.1083
  2.  Dunn, Alison (2000). «As 'cold as charity'?:* poverty, equity and the charitable trust». Legal Studies20 (2): 222–240. doi:10.1111/j.1748-121X.2000.tb00141.x
  3.  «About to send a donation? Think twice.». Huffington Post. 18 de janeiro de 2014 (em inglês)
  4.  Oscar Wilde (1891). The Soul of Man under Socialism. [S.l.: s.n.]
  5.  The Condition of the Working Class in England (1845), Penguin edition (1987), p. 277.
  6.  «Sock Puppets: How the government lobbies itself and why»Institute of Economic Affairs. Consultado em 28 de março de 2018 (em inglês)
  7.  Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, n. 388
  8.  1 Coríntios 13:13
  9.  GEORGE WEIGEL, A Verdade do Catolicismo; cap. 6, pág. 101
  10.  KARDEC, Allan (Coord.). O livro dos espíritos: princípios da doutrina espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da humanidade. Tradução de Guillon Ribeiro. 91. ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2008. p. 457.
  11.  KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo: com explicações das máximas morais do cristo em concordância com o espiritismo e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida. Tradução de Guillon Ribeiro. 120. ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2002. p. 315-317.
  12.  KARDEC, Allan. Obras póstumas de Allan Kardec. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, [200?]. p. 281.
  13.  Bíblia de Estudos de Palavras Chave Hebraico e Grego. Rio de Janeiro: CPAD, 2012. p. 26-27.
  14.  Gálatas 2:16. Bíblia Sagrada.
  15.  Romanos 3: 23-28. Bíblia Sagrada
  16.  Ryuho Okawa (25 de outubro de 2018). A Essência de Buda: O Caminho da Iluminação e da Espiritualidade Superior. [S.l.]: IRH Press do Brasil. p. 85. ISBN 978-85-64658-40-0
  17.  Mario Sergio Cortella; Monja Coen (18 de abril de 2019). Nem anjos nem demônios: A humana escolha entre virtudes e vícios. [S.l.]: Papirus Editora. p. 27. ISBN 978-85-955502-3-0
  18.  Sérgio Martins Dos Reis (10 de abril de 2010). Universo Umbandista. [S.l.]: Clube de Autores. p. 73
  19.  «A caridade na Umbanda»Madras Editora. 13 de julho de 2017. Consultado em 9 de janeiro de 2019
  20.  «Caridade: Amor e Perversão Livros de holística, maçônica, rock e umbanda»madras.com.br. Consultado em 9 de janeiro de 2019

Ligações externas

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TOMASO DE CAMPANELLA - NASCEU EM 1568 - 5 DE SETEMBRO DE 2021

 

Tommaso Campanella

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Tommaso Campanella
Tommaso Campanella, por Francesco Cozza, na Coleção Camillo Caetani, Sermoneta
Nascimento5 de setembro de 1568
Stilo
Morte21 de maio de 1639 (70 anos)
Paris
Principais interessesFilosofia e Cosmologia

Giovanni Domenico Campanella (Stilo[1]5 de setembro de 1568 — Paris21 de maio de 1639) foi um filósofo renascentista italianopoeta e teólogo dominicano.

Ainda jovem ingressou na Ordem dos Pregadores, dedicando-se aos estudos de filosofia. Em 1599, foi preso por ordem do governo espanhol sob acusação de heresia e conspiração. Embora jamais tivesse confessado nenhuma das acusações, esteve preso na prisão de Nápoles durante 27 anos. Posto em liberdade no ano de 1626, foi novamente preso e levado diante do Santo Ofício em Roma, onde enfrentou julgamento por certas proposições em seu trabalho que eram consideradas suspeitas. Recuperando a liberdade, esteve algum tempo no mosteiro dominicano de Minerva, em Roma. Em 1634, temendo perseguições por suspeitas de que poderia estar envolvido em nova conspiração, seguiu o conselho do papa Urbano VIII e fugiu para a França, onde foi recebido por Luís XIII e pelo Cardeal Richelieu. Campanella deixou uma obra vasta que abrange vários tópicos: gramáticaretóricafilosofiateologiapolíticamedicina etc.. Segundo Campanella, as ciências tratam das coisas como elas são, cabendo à filosofia (e especialmente à metafísica) explicar as coisas em seu sentido mais profundo.

Sua principal obra é "A Cidade do Sol".

Tommaso Campanella, La Città del Sole, Carabba, 1915

Entre suas obras, destacam-se:

  • Aforismi politici, a cura di A. Cesaro, Guida, Napoli 1997
  • An monarchia Hispanorum sit in augmento, vel in statu, vel in decremento, a cura di L. Amabile, Morano, Napoli 1887
  • Antiveneti, a cura di L. Firpo, Olschki, Firenze 1944
  • Apologeticum ad Bellarminum, a cura di G. Ernst, in «Rivista di storia della filosofia», XLVII, 1992
  • Apologeticus ad libellum ‘De siderali fato vitando’, a cura di L. Amabile, Morano, Napoli 1887
  • Apologeticus in controversia de concepitone beatae Virginis, a cura di A. Langella, L’Epos, Palermo 2004
  • Apologia pro Galileo, mathematico Florentino (Frankfurt, 1622);[2]
  • Apologia pro Scholis Piis, a cura di L. Volpicelli, Giuntine-Sansoni, Firenze 1960
  • Articoli prophetales, a cura di G. Ernst, La Nuova Italia, Firenze 1977
  • Astrologicorum libri VII, Francofurti 1630
    Metaphysica, 1638
  • L'ateismo trionfato, ovvero riconoscimento filosofico della religione universale contra l'antichristianesimo macchiavellesco, a cura di G. Ernst, Edizioni della Normale, Pisa 2004 ISBN 88-7642-125-4
  • De aulichorum technis, a cura di G. Ernst, in «Bruniana e Campanelliana», II, 1996
  • Avvertimento al re di Francia, al re di Spagna e al sommo pontefice, a cura di L. Amabile, Morano, Napoli 1887
  • Calculus nativitatis domini Philiberti Vernati, a cura di L. Firpo, in Atti della R. Accademia delle Scienze di Torino, 74, 1938-1939
  • Censure sopra il libro del Padre Mostro. Proemio e Tavola delle censure, a cura di L. Amabile, Morano, Napoli 1887
  • Censure sopra il libro del Padre Mostro: «Ragionamenti sopra le litanie di nostra Signora», a cura di A. Terminelli, Edizioni Monfortane, Roma 1998
  • Chiroscopia, a cura di G. Ernst, in «Bruniana e Campanelliana», I, 1995
  • La Città del Sole, a cura di L. Firpo, Laterza, Roma-Bari 2008 ISBN 88-420-5330-9
  • Commentaria super poematibus Urbani VIII, codd. Barb. Lat. 1918, 2037, 2048, Biblioteca Vaticana
  • Compendiolum physiologiae tyronibus recitandum, cod. Barb. Lat. 217, Biblioteca Vaticana
  • Compendium de rerum natura o Prodromus philosophiae instaurandae, Francofurti 1617
  • Compendium veritatis catholicae de praedestinatione, a cura di L. Firpo, Olschki, Firenze 1951
  • Consultationes aphoristicae gerendae rei praesentis temporis cum Austriacis ac Italis, a cura di L. Firpo, Olschki, Firenze 1951
  • Defensio libri sui 'De sensu rerum’, apud L. Boullanget, Parisiis 1636
  • Dialogo politico contro Luterani, Calvinisti e altri eretici, a cura di D. Ciampoli, Carabba, Lanciano 1911
  • Dialogo politico tra un Veneziano, Spagnolo e Francese, a cura di L. Amabile, Morano, Napoli 1887
  • Discorsi ai principi d’Italia, a cura di L. Firpo, Chiantore, Torino 1945
  • Discorsi della libertà e della felice soggezione allo Stato ecclesiastico, a cura di L. Firpo, s.e., Torino 1960
  • Discorsi universali del governo ecclesiastico, a cura di L. Firpo, UTET, Torino 1949
  • Disputatio contra murmurantes in bullas ss. Pontificum adversus iudiciarios, apud T. Dubray, Parisiis 1636
  • Disputatio in prologum instauratarum scientiarum, a cura di R. Amerio, SEI, Torino 1953
  • Documenta ad Gallorum nationem, a cura di L. Firpo, Olschki, Firenze 1951
  • Epilogo Magno, a cura di C. Ottaviano, R. Accademia d’Italia, Roma 1939
  • Expositio super cap. IX epistulae sancti Pauli ad Romanos, apud T. Dubray, Parisiis 1636
  • Index commentariorum Fr. T. Campanellae, a cura di L. Firpo, in «Rivista di storia della filosofia», II, 1947
  • Lettere 1595-1638, a cura di G. Ernst, Istituti Editoriali e Poligrafici Internazionali, Pisa-Roma 2000
  • Lista dell’opere di fra T. Campanella distinte in tomi nove, a cura di L. Firpo, in «Rivista di storia della filosofia», II, 1947
  • Medicinalium libri VII, ex officina I. Phillehotte, sumptibus I. Caffinet F. Plaignard, Lugduni 1635
  • Metafisica, A cura di Giovanni Di Napoli, (brani scelti del testo latino e traduzione italiana, 3 volumi), Bologna, Zanichelli 1967
  • Metafisica. Universalis philosophiae seu metaphysicarum rerum iuxta propria dogmata. Liber 1º, a cura di P. Ponzio, Levante, Bari 1994
  • Metafisica. Universalis philosophiae seu metaphysicarum rerum iuxta propria dogmata. Liber 14º, a cura di T. Rinaldi, Levante, Bari 2000
  • Monarchia Messiae, a cura di L. Firpo, Bottega d’Erasmo, Torino 1960
  • Philosophia rationalis, apud I. Dubray, Parisiis 1638
  • Philosophia realis, ex typographia D. Houssaye, Parisiis 1637
  • Philosophia sensibus demonstrata, a cura di L. De Franco, Vivarium, Napoli 1992
  • Le poesie, a cura di F. Giancotti, Einaudi, Torino 1998
  • Poetica, a cura di L. Firpo, Mondatori, Milano 1954
  • De praecedentia, presertim religiosorum, a cura di M. Miele, in «Archivum Fratrum Praedicatorum», LII, 1982
  • De praedestinatione et reprobatione et auxiliis divinae gratiae cento Thomisticus, apud I. Dubray, Parisiis 1636
  • Quod reminiscentur et convertentur ad Dominum universi fines terrae, a cura di R. Amerio, CEDAM, Padova 1939 (L. I-II), Olschki, Firenze 1955-1960 (L. III-IV)
  • Del senso delle cose e della magia, Rubbettino, Soveria Mannelli 2003
  • De libris propriis et recta ratione. Studendi syntagma, a cura di A. Brissoni, Rubbettino, Soveria Mannelli 1996
  • Theologia, L. I-XXX, Libro Primo, Edizione critica a cura di Romano Amerio, Milano, 1936.

Notas

Referências

  1.  Firpo, Luigi. Campanella Tommaso, Dizionario biografico degli Italiani, Roma 1974
  2.  Campanella, Tommaso (2007). Apologia de Galileu. São Paulo: Hedra. p. 23. ISBN 978-85-7715-070-0

SANTO HERCULANO DO PORTO - 5 DE SETEMBRO DE 2021

 

Herculano de Porto

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Santo Herculano de Porto (f. ca. 180 em Portus Romae) foi um mártir e santo cristão.[1]

Sobre Herculano pouco se conhece. Velhos martirológios citam um Taurinus como companheiro. O martírio provavelmente ocorreu em Portus Romae (Porto) próximo a Óstia, contudo conjetura o bolandista Stilting, que Herculano na verdade teria sido executado juntamente ao Santo Censurino em Óstia e somente sepultado em Portus Romae.

O dia consagrado a Santo Herculano de Porto é 5 de setembro.

Referências

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SÃO VITORINO - 5 DE SETEMBRO DE 2021

 

Vitorino de Pettau

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(Redirecionado de São Vitorino)
Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Vitorino (desambiguação).
São Vitorino de Pettau
São Vitorino de Pettau
Bispo e Mártir
NascimentoDesconhecida em Talvez na Grécia
Mortec. 303 ou 304 em Petóvio (ou Pettau, atual Ptuj)
Veneração porIgreja Católica
Igreja Ortodoxa
Festa litúrgica2 de Novembro
AtribuiçõesPalmas, Vestes episcopais
Gloriole.svg Portal dos Santos

Vitorino de Pettau (em latimVictorinus Petavionensis) foi um escritor eclesiástico primitivo muito famoso por volta do ano de 270 e que foi martirizado durante as perseguições do imperador Diocleciano. Um bispo de Petóvio (em eslovenoPtuj; em alemãoPettau) na Panônia e também chamado de Victorino de Ptuj ou Victorino de Pettau em fontes mais antigas.[1]

Vida e obras

Nascido provavelmente na Grécia, nos confins do Império Romano ou em Petóvio, que tinha uma população bastante heterogênea em função de sua característica militar. Vitório falava grego melhor que latim, o que explicaria por que, na opinião de Jerônimo, seus trabalhos escritos em latim serem mais importantes pelo conteúdo que pelo estilo em De Viris Illustribus, capítulo 74[2]. Ele foi o primeiro teólogo a usar latim em sua exegese e um dos primeiros padres da Igreja a condenar os pré-milenaristas.

Suas obras foram listadas entre os livros apócrifos no decreto - posteriormente atribuído ao bispo de Roma Gelásio - que os excluiu e anatemizou juntamente com o de muitos padres do cristianismo primitivo mais antigo, o Decretum Gelasianum. Isso significa dizer que suas obras não estão livres de erros [3]. Na linha oposta, Jerônimo o honra colocando-o numa lista de diversos outros escritores veneráveis[2]. Ainda segundo ele, Vitório compôs comentários sobre vários livros da Bíblia, além de tratados combatendo as heresias de seu tempo[1].

Todos os seus trabalhos desapareceram, exceto seu comentário sobre o Apocalipse e um pequeno tratado sobre "A construção do mundo" (De fabrica mundi). Muitos estudiosos concordam que estes textos são realmente autênticas obras dele[1]. A edição de Jacques Paul Migne em Patrologia Latina (livro V, 301-44 de 1844) não deve mais ser considerada como confiável desde a descoberta de um importante códice por Haussleiter (editado no Corpus Scriptorum Ecclesiasticorum Latinorum - CSEL - 49, 1916) e atualizado para a obra-referência atual de M. Dulaey (SCh 421 - 1997).

Comentário sobre o Apocalipse

Por meio de uma visão geral muito breve, em seu Comentário sobre o Apocalipse, Vitorino entendeu as sete igrejas abordadas no Livro do Apocalipse como representantes de sete tipos de cristãos, e os sete selos do Apocalipse 5-8 como uma profecia da dissipação do Evangelho pelo mundo. Ele diz que a segunda vinda de Cristo e o Apocalipse subsequente seriam prenunciados por guerras, fome e perseguição à Igreja. O cavaleiro coroado dos quatro cavaleiros, que está sentado no cavalo branco (Apocalipse 6:1-8), é visto por Vitorino como a Igreja avançando em seu triunfo sobre o paganismo, enquanto os cavalos vermelhos, pretos e amarelos são compreendidos como representações das guerras, fomes e destruições aparentes no tempo do Anticristo. O dragão vermelho de sete cabeças de Apocalipse 12 é interpretado como o Império Romano, que por si só traz o Anticristo no fim dos tempos. O Anticristo aparece na grande batalha no céu e é expulso para a terra onde ele domina após os três anos e meio de pregação do profeta Elias. Elias e Jeremias são considerados o primeiro e o segundo anjos mencionados em Apocalipse 14, e anteciparam o tempo antes da segunda vinda de Cristo. A besta leopardo em Apocalipse 13 é então interpretada como o reino do Anticristo.[4]

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c Wikisource-logo.svg "St. Victorinus" na edição de 1913 da Enciclopédia Católica (em inglês). Em domínio público.
  2. ↑ Ir para:a b Wikisource-logo.svg "De Viris Illustribus - Victorinus the bishop", em inglês.
  3.  «Decretum Gelasianum» (em inglês). Consultado em 10 de setembro de 2010
  4.  Fowler, Kimberley (29 de setembro de 2017). «Victorinus of Pettau, Commentary on the Apocalypse of the Blessed John XVII.1-16»www.judaism-and-rome.org (em inglês). Consultado em 10 de fevereiro de 2021

Bibliografia

Obras completas de Vitório de Pettau:

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