quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

DIA DO DOMÍNIO PÚBLICO - 1 DE JANEIRO DE 2020

Dia do Domínio Público

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Dia do Domínio Público
Logótipo da efeméride de 2018 em inglês.
Nome oficialDia Internacional do Domínio Público
TipoInternacional
Data1 de janeiro
SignificadoComemoração dos trabalhos cujos direitos de autor expiram e entram no domínio público
FrequênciaAnual
Dia do Domínio Público comemora o momento em que os direitos autorais expiram no primeiro dia de cada ano. Os filmes, fotos, livros e sinfonias cujo termo de direitos autorais terminou tornam-se livres para o uso comum. O fim dos direitos autorais sobre esses trabalhos significa que eles entram no domínio público.[1] Educadores, estudantes, artistas e fãs podem usá-los sem permissão nem pagamento. Os arquivos on-line podem digitalizar e torná-los totalmente disponíveis sem a ameaça de ações judiciais ou exigências de licenciamento.[2]
A primeira menção conhecida do dia do domínio público foi em 2004 por Wallace McLean em contribuição para o fórum Canadian Digital Copyright.[3] Desde então, ele vem publicando uma lista de autores, compositores, arquitetos e outros, cuja obra tem entrado no domínio público no Canadá.[4]

Domínio público[editar | editar código-fonte]

Quando uma obra entra no domínio público varia de acordo com a lei de cada país.[5] Na maioria dos países, uma obra entra para o domínio público 50 ou 70 anos após a morte do autor a contar do dia 1º de janeiro após o seu falecimento.[6] Após esse período, a obra passa a ser de domínio público e qualquer pessoa pode livremente utilizá-la.[2]
No brasil existem outras duas situações em que uma obra passa para o domínio público: quando o autor morre sem deixar herdeiros ou quando o autor é desconhecido, ressalvada a proteção legal aos conhecimentos étnicos tradicionais.[7]
Como as leis de proteção ao direito autoral varia entre os países, é possível que uma obra entre no domínio público em um país e não em outro. Esse é o caso da obra Bolero. Composta por Maurice Ravel, essa obra entrou para o domínio público em 2016 na França, porém, nos Estado Unidos, ela ainda está protegida por copyright.[8]
Nos Estados Unidos, graças o Ato de Extensão do Termo de Copyright (do inglês en:Copyright Term Extension Act ou CTEA),[9] obras publicadas em 1923 e diante, ainda protegidas por direitos autorais em 1998, não entrará para o domínio público até 2019, exceto as obras não publicadas que segue a regra dos 70 anos após a morte[10].[8]
Uma emenda à lei de proteção dos direitos autorais na Austrália, em 2015, estendeu o período de proteção das obras ainda protegidas por copyright naquele ano. Anteriormente as obras eram protegida por até 50 anos após a morte do autor, o que foi alterado para 70 anos. Como resultado dessa mudança na lei, nenhuma obra entrará para o domínio público até 2026.[11]
Os atos de extensão dos direitos autorais têm impedido cada vez mais que uma obra vire domínio público. Porém iniciativas privadas têm desenvolvido mecanismos que simulam alguns atributos do domínio público e criam zonas de liberdade:
GoogleLogoSept12015

Google Livros[editar | editar código-fonte]

A Google digitalizou milhares livros e permite, através de uma sistema de busca, pesquisar por todo seu conteúdo.[12] A iniciativa não foi bem vinda por autores e editoras, o que rendeu processos a Google, visto que não tinha autorização para digitalizar e publicar as obras. Muitas dessas obras não eram mais publicadas ou os detentores dos direitos autorais não eram encontrados. Porém em 14 de novembro de 2013, o distrito do sudeste de Nova York emitiu um comunicado informando que as atividade da Google estavam protegidas pela doutrina do uso justo (do inglês fair use).[13]
A iniciativa da Google trouxe muitos benefícios. Esses benefícios abrangem: 1) ajudar as pessoas a encontrarem eficientemente livros que "foram enterrados em arquivos de bibliotecas de pesquisas" 2) permitir aos estudiosos acompanhar a evolução da linguagem através da mineração de texto, 3) facilitar o acesso a livros para indivíduos com deficiência e populações desatendidas, 4) preservar livros através da digitalização - particularmente títulos mais antigos e frágeis, e 5) beneficiar os próprios autores e editores, gerando novas audiências e fluxos de receita.[14]
CC-logo

Acesso livre para o conhecimento[editar | editar código-fonte]

O movimento de acesso livre cria uma zona de liberdade que permite o acesso mundial ao conhecimento e cultura através da internet, o que garante significativamente acesso a obras protegidas por direitos autorais.
O movimento acesso livre começa com a escolha do autor. Ele permite que autores publiquem suas obras com certa liberdade de uso. Licenças, como as criadas pela organização sem fins lucrativos Creative Commons (CC)[15], provê um meio de garantir essas permissões para o público.

Obras órfãs[editar | editar código-fonte]

A chamada obra órfã é aquela sobre a qual os direitos autorais ainda são vigentes, mas que a) não se sabe com certeza se o autor está vivo, ou b) no caso de falecimento, se os setenta anos já transcorreram, e quem seria o herdeiro ou herdeiros dos direitos morais e patrimoniais da obra.[16] Tais obras é um ótimo argumento para pedir reformas nas leis de direitos autorais e várias reformas tem acontecido ao redor do mundo.
Em 2012, a União Europeia passou uma nova Diretiva que permite a instituições públicas qualificadas digitalizar, preservar e disponibilizar obras órfãs em suas coleções de acordo com suas missões de interesse público. Contudo a Diretiva não permite uso das obras órfãs por outros grupos que poderiam fazer uso produtivo delas, tais como artistas, pesquisadores, educadores, ou iniciativas com fins lucrativos. Apesar da limitação, ela representa um importante passo para garantir o acesso a essas obras.
Canadá, Dinamarca, Finlândia, França, Hungria, Índia, Japão, Coréia e Reino Unido aprovaram uma variedade de soluções para obras órfãs. A China também está considerando uma reforma das obras órfãs.[17]

Celebrações[editar | editar código-fonte]

Não é claro quando realmente o dia do domínio público passou a ser celebrado. A primeira menção que se tem conhecimento desse dia foi feita por Wallace McLean, um blogueiro, em contribuição para o fórum Canadian Digital Copyright'.
Atualmente existem diversos projetos que todo ano liberam uma lista do que entrará ou entraria em domínio público (entraria pois mudanças nas leis de direitos autorais podem estender o copyright das obras). O Projeto Gutemberg é um desses projetos, o qual tem feito menção ao dia do domínio público desde 2009[18].[19][20] Um outro projeto encabeçado pelo | Centro para o Estudo do Domínio Público da Escola de Direito da | Universidade de Duke, localizada na Carolina do Norte, Estados Unidos da América, publica todos os anos um artigo sobre o dia do domínio público desde de 2010, celebrando as obras que entram para o domínio público.[8] Creative commons também tem celebrado o dia do domínio público por muitos anos.[21]
Domena publiczna 08 Polimerek 2
Em janeiro de 2011, para celebrar o dia do domínio público, a Open Knowledge Foundation lançou o The Public Domain Review, uma revisão na web de obras que entraram no domínio público.[22][23]
Em janeiro de 2012, foi anunciada uma celebração em Varsóvia, Polônia[24] e pela primeira vez em Cracóvia [25]), onde durante vários anos neste dia várias atividades foram organizadas por ONG’s do movimento cultura gratuita (como en:Koalicja Otwartej Edukacji e en:Open Society Institute) e outros apoiantes.[26] Outros eventos de 2012 anunciados em todo o mundo:[27]

Veja também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1.  «Public Domain Day 2010». 1 de janeiro de 2010. Consultado em 27 de junho de 2017
  2. ↑ Ir para:a b Jenkins, Jennifer (30 de dezembro de 2013). «In Ambiguous Battle: The Promise (And Pathos) of Public Domain Day, 2014». Consultado em 28 de junho de 2017
  3.  McOrmond, Russell (2 de janeiro de 2004). «Wallace J.McLean wishes you a Happy Public Domain Day». Consultado em 27 de junho de 2017
  4.  Murray, Laura J.; Trosow, Samuel E. (2013). Canadian Copyright: A Citizen's Guide. [S.l.]: Between the Lines. ISBN 9781771130141
  5.  Crews, Kenneth D. (30 de abril de 2001). «The Expiration of Copyright Protection: Survey and Analysis of U.S. Copyright Law for Identifying the Public Domain» (PDF). Consultado em 28 de junho de 2017
  6.  Santiago, Vanisa (maio de 1999). «As regras de Domínio Público em Direito de Autor e Direitos Conexos e sua aplicação prática». Consultado em 28 de junho de 2017
  7.  Bacil, Marina. «Quando uma obra vira domínio público?». Consultado em 27 de junho de 2017
  8. ↑ Ir para:a b c «Public Domain Day: January 1, 2017». 1 de janeiro de 2017. Consultado em 27 de junho de 2017
  9.  Lawrence Lessig, Copyright's First Amendment, 48 UCLA L. Rev. 1057, 1065 (2001)
  10.  «Public Domain: Why the US Is on Hold Until 2019». Consultado em 28 de junho de 2017
  11.  Choat, Colin. «Changes to Australian Copyright Law»The Treasure Chest - News and Reviews. Consultado em 28 de junho de 2017
  12.  Somers, James (20 de abril de 2017). «Torching the Modern-Day Library of Alexandria». Consultado em 28 de junho de 2017
  13.  Stempel, Jonathan (14 de novembro de 2013). «Google defeats authors in U.S. book-scanning lawsuit». Consultado em 28 de junho de 2017

DIA MUNDIAL DA PAZ - 1 DE JANEIRO DE 2020

Dia Mundial da Paz

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Dia Mundial da Paz, inicialmente chamado simplesmente de Dia da Paz, é comemorado em 1 de janeiro, tendo sido criado pelo papa Paulo VI em 1967.[1]
Em 8 de dezembro de 1967, o papa Paulo VI escreveu uma mensagem propondo a criação do Dia Mundial da Paz, a ser festejado no dia 1 de janeiro de cada ano. Mas o papa não queria que a comemoração se restringisse apenas aos católicos – para ele, a verdadeira celebração da paz só estaria completa se envolvesse todos os homens, não importando a religião. “A proposta de dedicar à paz o primeiro dia do novo ano não tem a pretensão de ser qualificada como exclusivamente nossa, religiosa ou católica. Antes, seria para desejar que ela encontrasse a adesão de todos os verdadeiros amigos da paz”, dizia, em sua mensagem. No texto, expressava seu desejo de que esta iniciativa ganhasse adesão ao redor do mundo com “caráter sincero e forte de uma humanidade consciente e liberta dos seus tristes e fatais conflitos bélicos, que quer dar à história do mundo um devir mais feliz, ordenado e civil”. Portanto, O Dia da Paz Mundial é um dia a ser celebrado pelos "verdadeiros amigos da Paz", independente de credo, etnia, posição social ou econômica.
Dizia o Papa Paulo VI em sua primeira mensagem para este dia: "Dirigimo-nos a todos os homens de boa vontade, para os exortar a celebrar o Dia da Paz, em todo o mundo, no primeiro dia do ano civil, 1 de Janeiro de 1968. Desejaríamos que depois, cada ano, esta celebração se viesse a repetir, como augúrio e promessa, no início do calendário que mede e traça o caminho da vida humana no tempo que seja a Paz, com o seu justo e benéfico equilíbrio, a dominar o processar-se da história no futuro".
A proposta de dedicar à Paz o primeiro dia do novo ano não tem a pretensão de ser qualificada como exclusivamente religiosa ou católica. Antes, seria para desejar que ela encontrasse a adesão de todos os verdadeiros amigos da Paz, como se se tratasse de uma iniciativa sua própria; que ela se exprimisse livremente, por todos aqueles modos que mais estivessem a caráter e mais de acordo com a índole particular de quantos avaliam bem, como é bela e importante ao mesmo tempo, a consonância de todas as vozes do mundo, consonância na harmonia, feita da variedade da humanidade moderna, no exaltar este bem primário que é a Paz.
Completava ainda o Papa Paulo VI: "A Igreja católica, com intenção de servir e de dar exemplo, pretende simplesmente lançar a ideia, com a esperança de que ela venha não só a receber o mais amplo consenso no mundo civil, mas que também encontre por toda a parte muitos promotores, a um tempo avisados e audazes, para poderem imprimir ao Dia da Paz, a celebrar-se nas calendas de cada novo ano, caráter sincero e forte, de uma humanidade consciente e liberta dos seus tristes e fatais conflitos bélicos, que quer dar à história do mundo um devir mais feliz, ordenado e civil".

Temas do Dia Mundial da Paz[editar | editar código-fonte]

Os Papas têm por costume escolher um tema e escrever uma mensagem para este dia.

Temas escolhidos pelo Papa Paulo VI[editar | editar código-fonte]

ANOTEMA
1968O Dia da Paz
1969A promoção dos direitos do Homem, caminho para a Paz
1970Educação para a Paz mediante a reconciliação
1971Todos os homens são meus irmãos
1972Se queres a Paz, trabalha pela justiça
1973A Paz é possível
1974A Paz também depende de ti
1975A Reconciliação, caminho para a Paz
1976As verdadeiras armas da Paz
1977Se queres a Paz, defendes a vida
1978Não à violência, sim à Paz

Temas escolhidos pelo Papa João Paulo II[editar | editar código-fonte]

ANOTEMA
1979Para alcançar a Paz, educar para a Paz
1980A verdade, força da Paz
1981Para servir a Paz, respeita a liberdade
1982A Paz: dom de Deus confiado aos homens
1983O diálogo para a Paz, um desafio para o nosso tempo
1984De um coração novo, nasce a Paz
1985A Paz e os jovens caminham juntos
1986A Paz é um valor sem fronteiras. Norte, Sul, Leste, Oeste: uma só Paz
1987Desenvolvimento e Solidariedade: duas chaves para a Paz
1988Liberdade Religiosa, condição para a Paz
1989Para construir a Paz, respeita a consciência do homem
1990Paz com Deus criador, Paz com toda criação
1991Se queres a Paz, respeita a consciência do homem
1992Os crentes unidos na construção da Paz
1993Se queres a Paz, vais ao encontro dos pobres
1994Da Família nasce a Paz da família humana (no Ano Internacional da Família)
1995Mulher, educadora da Paz
1996Demos às crianças um futuro de Paz
1997Oferece o perdão, recebe a Paz
1998Da justiça de cada um, nasce a Paz para todos
1999No respeito dos direitos humanos, o segredo da verdadeira Paz
2000Paz na terra aos homens que Deus ama
2001Diálogo entre as culturas para uma civilização do Amor e da Paz
2002Não há Paz sem justiça, não há justiça sem perdão
2003Pacem in Terris: um compromisso permanente (nos 40 anos da encíclica de João XXIII)
2004Um compromisso sempre atual: educar para a Paz
2005Não te deixes vencer pelo mal, vence antes o mal com o bem

Temas escolhidos pelo Papa Bento XVI[editar | editar código-fonte]

ANOTEMA
2006Na verdade, a Paz
2007A Pessoa Humana, coração da Paz
2008Família Humana: Comunidade de Paz
2009Combater a pobreza, construir a Paz
2010Se quiser cultivar a Paz, preserve a criação
2011Liberdade Religiosa, caminho para a Paz
2012Educar os jovens para a Justiça e para a Paz
2013Bem-aventurados os construtores de Paz

Temas escolhidos pelo Papa Francisco[editar | editar código-fonte]

ANOTEMA
2014Fraternidade, fundamento e caminho para a Paz
2015Não mais escravos, mas irmãos[2]
2016Vence a indiferença e conquista a Paz
2017A não-violência: estilo de uma política para a Paz
2018A boa política está ao serviço da paz

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