sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

BEATRIZ COSTA NASCEU EM 19907 - 14 DE DEZEMBRO DE 2018

Beatriz Costa

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Disambig grey.svg Nota: Este artigo é sobre a actriz portuguesa. Para a cantora brasileira, veja Beatriz Costa (cantora).
Beatriz Costa
Beatriz Costa em "A Canção de Lisboa"
Nome completoBeatriz da Conceição
Outros nomes"Menina da franja"
Nascimento14 de Dezembro de 1907
MafraReino de Portugal
Morte15 de abril de 1996 (88 anos)
LisboaPortugal Portugal
OcupaçãoActrizEscritoraCantora
CônjugeEdmundo Gregoriano (1947-1949)
AssinaturaAssinaturaBeatrizCosta.svg
IMDb(inglês)
Beatriz Costa, pseudónimo de Beatriz da Conceição (Charneca do MilharadoMafra14 de dezembro de 1907 — Lisboa15 de abril de 1996) foi uma actrizde teatro e cinema portuguesa, sendo um ícone da cultura popular lusa.[1][2]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Beatriz Costa estreou-se no teatro de revista como corista, tinha 15 anos, ao participar em Chá e Torradas (1923), no Éden Teatro. No ano seguinte, em 1924, actua pela primeira vez no Teatro Maria Vitória (Parque Mayer) na revista Rés Vés, após o que ingressa na companhia do Teatro Avenidaestreando-se, no mesmo ano, no Rio de Janeiro onde é felicitada pela imprensa e pelos espectadores, nomeadamente nas revistas Fado Corrido e Tiro ao Alvo.
De regresso a Lisboa (1925) ocupa um lugar de relevo ao lado de Nascimento Fernandes em Ditosa Pátria, no Teatro da Trindade. Em Agosto do mesmo ano a Companhia do Trindade segue para o Porto apresentando-se no Sá da Bandeira e Beatriz faz a sua primeira ida como artista à cidade invicta
Em Outubro de 1925 integra uma Companhia de operetas sediada no Teatro São Luiz. De regresso à revista, passa pelos teatros Éden e Maria Vitória nas revistas Fox TrotMalmequerOlarilaRevista de Lisboa e Sete e meio.
Em 1927, traduzindo uma moda cinéfila, aparece pela primeira vez de franja e estreia-se no cinema em papéis episódicos de filmes de Rino Lupo - O Diabo em Lisboa - e, ainda no mesmo ano, havia dançado um tango em Fátima Milagrosa (do mesmo realizador) ao lado de Manoel de Oliveira.
Passou pelo Teatro Apolo, transferindo-se depois com a Companhia de Eva Stachino para o Teatro da Trindade. Aí se fez Pó de Maio, onde conheceu o maior êxito de popularidade com o celebrado número D. Chica e Sr. Pires ao lado de Álvaro Pereira.
Na sua segunda digressão ao Brasil (1929), com a Companhia de Eva Stachino, ao Rio de Janeiro, foi recebida sobre as mais efusivas manifestações e relembrada a sua revelação como actriz nos grandes órgãos de imprensa da América do Sul.
Após breve incursão aos palcos de São Paulo, Beatriz é convidada por Procópio Ferreira, comediante de relevo no teatro brasileiro, para ficar a trabalhar no Rio de Janeiro integrando o elenco da sua Companhia de comédias; mas a proposta seria recusada.
De volta ao continente, e ainda neste ano, Beatriz Costa aparece no documentário Memória de uma Actriz (com base nos artigos que já escrevia para O Século a contar episódios da sua carreira).
Em 1930 participa no filme Lisboa, Crónica Anedótica, de Leitão de Barros.
Em Dezembro de 1930, durante a visita de Ressano Garcia, gerente da Paramount em Lisboa, recebe um convite de Blumenthal e San Martin para um contrato muito vantajoso para o papel da protagonista de A Minha Noite de Núpcias (da versão original Her Wedding Night de Frank Tuttle e que na versão portuguesa foi dirigida por Alberto Cavalcanti), o terceiro fonofilme em português, a realizar-se em França.
Recebendo sempre provas de apreço desde o pessoal dos estúdios à mais considerada vedeta destaca das suas colegas estrangeiras Olga Tsehekova e Camila Horn.
Deixa a Companhia e é contratada por Corina Freire para participar nos êxitos de revistas como A BolaPato MarrecoO Mexilhão ou Pirilau.
Numa ida a Espanha, a convite da Casa da Imprensa de Badajoz para uma festa no Teatro López Ayola, obteve estrondoso êxito ao representar Burrié, sendo homenageada juntamente com os outros artistas portugueses que a acompanhavam (Amarante e Nascimento Fernandes).
Em 1933 a sua imagem imortalizava-se o filme A Canção de Lisboa, de Cotinelli Telmo, ao lado de António Silva e Vasco Santana, e em 1936, ao participar na revista Arre Burro.
Em 1937 Beatriz ganha, ao lado de Vasco Santana, os votos de preferência dos cinéfilos portugueses e são eleitos "príncipes do cinema português". Dois anos depois, em 1939, protagoniza A Aldeia da Roupa Branca, de Chianca de Garcia, aquele que seria o seu último filme.
Neste mesmo ano de 1939, Beatriz Costa aceitou novo convite para o Brasil para uma temporada que se prolongou por 10 anos (de 1939 a 1949), a que chamou "os melhores anos da sua vida". Quase sempre actuou no Casino de Urca, no Rio de Janeiro, desde os tempos da peça Tiro-Liro-Liro, até ao final da década, altura do seu único casamento em 1947, com Edmundo Gregorian (poeta, escritor, escultor), de quem se divorciou dois anos depois.
Em 1949, regressa aos palcos de Lisboa para uma revista no Teatro Avenida, cujo título diz tudo sobre o mito que continuava a ser: Ela aí está!. E, aos 41 anos, repetiu os êxitos de 20 anos atrás.
Ainda apareceu em Lisboa em revistas de sucesso como Com Jeito Vai, mas em 1960 despediu-se dos palcos em Está Bonita a Brincadeira.
É a partir da década de 1960 que começa a viajar por todo o mundo, assistindo a festivais de teatro, de Ocidente a Oriente. Conheceu personalidades como Salvador DaliPablo PicassoSophia LorenGreta GarboEdith Piaf ou o Rei Hassan II de Marrocos.
Depois da Revolução dos Cravos - quando já vivia no Hotel Tivoli, onde viveu até morrer - começou a publicar livros sobre a sua espantosa vida (já anteriormente a "publicara" em vários capítulos nas Páginas das Minhas Memórias nos anos 1930), aconselhada e incentivada por Tomás Ribeiro Colaço. Ela que aprendera a ler aos 13 anos de idade e sozinha, seguindo a sua ambição de saber, começou a sua alfabetização à mesa do Café "A Brasileira", rodeada por figuras como Almada Negreiros, Gualdino Gomes, Aquilino RibeiroVitorino Nemésio, entre outros.
Após o seu reaparecimento num espectáculo da Casa da Imprensa que decorreu no Coliseu dos Recreios foi sistematicamente solicitada pelos órgãos de comunicação social e espantou-se com as óptimas reacções do público leitor em relação a essa outra faceta da sua vida - escrever.
Em 1977 é editado pela Emi-Valentim de Carvalho um álbum que compila vários dos seus sucessos musicais e que em 1996 seria reeditado com o título Grande Marcha de Lisboa na Colecção Caravela da mesma editora. Apesar das muitas propostas para regressar aos palcos (por Vasco Morgado) preferiu ficar longe deles por considerar o teatro de revista muito diferente do que era, por "estar decadente".
Muitos foram também os convites para programas de televisão (por Joaquim Letria) e, de facto, viria a participar como membro de júri no concurso Prata da Casa (RTP) apresentado por Fialho Gouveia e que visava lançar jovens no mundo do espectáculo.
Um grupo de jovens chegaria mesmo a propor a sua candidatura simbólica nas eleições presidenciais de 1985 como meio de comemorar O Ano Internacional da Juventude do ano seguinte.
Morreu na manhã de 15 de Abril de 1996, aos 88 anos, num quarto do 6º andar do Hotel Tivoli Lisboa. Estando sepultada no cemitério da Malveira, cumprindo o seu último desejo.
Em 2007, por ocasião dos 100 anos do seu nascimento, o Museu Municipal Raul de Almeida, de Mafra, assinalou a data com uma exposição [3] existindo ainda neste concelho o Cine-Teatro com o seu nome e o Museu Popular Beatriz Costa, na Malveira.[4]

Filmografia[editar | editar código-fonte]

Livros[editar | editar código-fonte]

  • Sem Papas na Língua (1975)
  • Quando os Vascos Eram Santanas… e Não Só (1977)
  • Mulheres Sem Fronteiras (1981)
  • Nos Cornos da Vida (1984)
  • Eles e Eu (1990)

Referências

  1.  Biografia elaborada para o programa televisivo. «Os Grandes Portugueses»Rádio e Televisão de Portugal. Consultado em 28 de abril de 2009
  2.  (em inglês). Internet Movie Database http://www.imdb.com/name/nm0182085/. Consultado em 28 de abril de 2009 Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  3.  «Notícia Agência Lusa». Diario.iol.pt. 7 de Novembro de 2007. Consultado em 28 de abril de 2009
  4.  «Câmara Municipal de Mafra». Cm-mafra.pt. Consultado em 28 de abril de 2009

Ligações externa

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

NICHOLAS ROERICH MORREU EM 1947 - 13 DE DEZEMBRO DE 2018

Nikolai Konstantinovich Roerich

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Nikolai Konstantinovich Roerich
Nome nativoНикола́й Константи́нович Ре́рих
Nascimento27 de setembro de 1874
São Petersburgo
Morte13 de dezembro de 1947 (73 anos)
CidadaniaImpério Russo
EtniaRussos
Ocupaçãofilósofo, pintor, coreógrafo, escritor, arqueólogo, poeta, diplomata
PrêmiosLegião de Honra
Página oficial
http://www.roerich-museum.ru/
Assinatura
Подпись Николая Рериха-1932 г.jpg

Nikolai Konstantinovich Roerich com a família
Nikolai Konstantinovich Rerich (russo: Николай Константинович Рéрих; 9 de Outubrode 1874 - 13 de Dezembro de 1947), Nicholas Roerich, na grafia inglesa, foi um pintorescritorhistoriadorpoeta e professor espiritual (líder intelectual) russo.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Educado no seio de uma família apologista da paz, interessava-se por literaturafilosofiaarqueologia e, especialmente, arte. A família de seu pai, Konstantin Fyodorovich Roerich é de origem escandinava, o sobrenome significa "rico em glória" remonta aos viquingues. Um dos primeiros Roerichs foi Cavaleiro Templário no século XIII, outros foram líderes políticos e militares, incluindo um oficial sueco que lutou na campanha russo-sueca contra 'Pedro, o Grande' seus descendentes, guardando sua fé luterana, se estabeleceram no noroeste da Rússia. Em 1860, casou-se com Maria Vasilievna Kalashnikova, com quem teve Lidia, Nicolas, Boris e Vladimir. Nicolas foi batizado na Igreja Ortodoxa Russa, religião de sua mãe, de linhagem puramente russa.
Nicolas Roerich nasceu em 27 de setembro em São Petersburgo, Leningrado, e foi primeiramente educado no país e, posteriormente, no exterior. Frequentava simultaneamente, na Universidade de São Petersburgo, a Escola de Direito, a Faculdade de História e Filologia, A Academia de Artes e o Instituto de Arqueologia. Depois de estudar na Rússia, prosseguiu seus estudos em Paris, e viajou através da Europa. Possuia uma memória fora-de-série. Casou-se com Helena, e tiveram dois filhos, Yuri e Svetoslav, pintor como seu pai. Helena Roerich traduziu parte da obra de Blavatsky.
Sua obra consta de 6000 pinturas, afrescos em Igrejas e Edifícios Públicos, desenhos para mosaicos e motivos arquitetônicos. Realizou a pintura de cenários e figurinos de várias óperas: de WagnerMussorgskyBorodinRimsky-Korsakov, Ibañez, e Maeterlinck.
Trabalhou com Igor StravinskyA Sagração da Primavera, a qual teve coreografia de Vaslav Nijinsky e música e argumento de Roerich, também criador do cenário e figurinos folclóricos, onde sua criação foi baseada no leitmotiv. Como autor e erudito escreveu livros de Arte, Culturas, Filosofia e Humanitarismo. Publicou perto de 30 volumes, além de muitos ensaios e artigos. Escreveu No Coração da Ásia, e Shambhala, entre outras obras, que incluem poemas. Como explorador e cientista, realizou pesquisa arqueológica e escavações na Rússia. Organizou e conduziu uma expedição de 5 anos a Ásia central (1924-1928). Em 1935, outra expedição, desta vez para a China, incluindo a Mongólia.
Visitou, na década de 20, Nova Iorque, nos EUA, onde, junto com a sua esposa, fundou várias fundações de mecenato cultural e de teosofia. Depois de viver na cidade estadunidense, Roerich percorreu a Ásia, estabelecendo-se, em 1928, na Índia, país muito conhecido pelos seus líderes pacificadores e teósofos. Ali fundou o Instituto Himaláico de Arqueologia.
No ano seguinte foi nomeado para o Nobel da Paz pela Universidade de Paris. Teve o apoio veemente de Albert Einstein, H. G. Wells e Bernard Shaw. Em 1935, recebeu a segunda nomeação. Preocupado com a paz mundial criou a Pax Cultura, que, como símbolo, tinha uma cruz vermelha, representando esta a arte e a cultura.
Roerich faleceu em Punjab, na Índia. Foi cremado e suas cinzas espalhadas diante das montanhas que tanto amava e retratou em quase sete mil trabalhos. A maioria das suas obras conserva-se hoje em museus europeus, como o Museu Nacional de Artes da Letónia e o Museu Nicholas Roerich em Nova Iorque.

O Pacto de Roerich[editar | editar código-fonte]


Convidados estrangeiros1901, óleo sobre tela.
Pacto de Roerich, a 15 de Abril de 1935, foi assinado na Casa Branca, nos EUAjuntamente com mais vinte e um países da América. Outros depois o assinaram, representando este um antecipado instrumento de proteção às artes. O pacto declara a necessidade de se proteger a atividade e produção cultural no mundo, independente de a época ser de guerra ou de paz. Lugares de valor cultural seriam declarados neutros e protegidos, incluindo universidadesbibliotecas, salas de concerto e teatros (como a Cruz Vermelhafaz com seus hospitais, razão pela qual é frequentemente chamado Cruz Vermelha da Cultura). A herança cultural das nações deve ser, segundo o acordo, cuidada e renovada, impedindo que se deteriore, pois não há nada de valor superior para uma nação do que sua cultura.
Tem como símbolo a Bandeira da Paz, onde 3 círculos que representam a Arte, a Ciência e a Religião aparecem envoltos por uma circunferência que significa a totalidade da Cultura.

Curiosidades[editar | editar código-fonte]

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  • Foi Roerich quem sugeriu que colocassem o Grande Selo na nota de um dólar, onde figura desde 1935.
  • Alguns historiadores de arte pronunciam e escrevem o seu sobrenome como «Rerich» (grafia original), em vez de «Roerich».

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