sábado, 14 de abril de 2018

Depois de 70 Anos, Este Apartamento Foi Descoberto... e Todos Tiveram Uma Surpresa...

Quando imaginamos um lugar que foi trancado por décadas, logo imaginamos um cenário semelhante a um filme de terror – escuridão, sujeira, teias de aranha e insetos. Porém, um apartamento encontrado em Paris trancado por um longo tempo foi descoberto recentemente por um leiloeiro e, para a surpresa de todos, o cenário que se via ali dentro era muito mais de um conto de fadas. O espaço estava praticamente irretocável, repleto de pinturas bem preservadas e ornamentos de época.
O suntuoso apartamento pertenceu a Madame Marthe de Florian, uma socialite e atriz francesa nascida em 1864, e ela faleceu no local em 1939. Sua filha, Solange Beaugiron (1919-2010), herdou a propriedade, mas fugiu para o sul da França com medo da perseguição dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, e nunca mais voltou. Ela deixou irretocável essa joia, que, mesmo depois de sua morte, ainda permaneceu desconhecida.
 
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Os objetos intocados do local são altamente representativos sobre a vida parisiense do início do século 20, como se estivéssemos entrando em uma cápsula do tempo. Incluem pinturas do século 19 do pintor italiano Giovanni Boldini, bem como móveis de época. Tudo foi encontrado exatamente como deixado pelo último habitante do apartamento.
Marthe de Florian é conhecida por ser uma mulher que teve muitos amantes, alguns deles até famosos. Estes incluem Paul Deschanel, décimo-primeiro presidente da França; Pierre Waldeck-Rousseau, que foi 68º primeiro-ministro da França, assim como o artista aqui mencionando anteriormente, Giovanni Boldini.
Dentre os diversos objetos, foram encontradas peças raras de taxidermia, como essa avestruz acima. Esta, assim como outros diversos objetos incríveis, é um grande sinal de riqueza.
um apartamento em paris que parou no tempo por 70 anos
Foi descoberto que Solange Beaugiron, a filha de Marthe de Florian e o último proprietário conhecido da casa, era um aspirante a dramaturgo na adolescência. Aos 17 anos, ela escreveu seu primeiro manuscrito, intitulado Miss Mary (Senhorita Mary). Há também indivíduos que acreditam que esta mulher poderia ter sido a escritora Solange Bellegarde. No entanto, ainda não há provas concretas em relação a isso.
um apartamento em paris que parou no tempo por 70 anos
Este retrato acima é uma das obras de Giovanni Boldini descobertas no apartamento. Presume-se que foi pintado em 1898, e é justamente de Marthe de Florian, que serviu como sua musa, em um lindo vestido de noite, de tecido musseline cor-de-rosa. Neste retrato, ela teria cerca de 24 anos de idade. Uma carta de amor escrita por Boldini endereçada a ela, também encontrada no apartamento, praticamente confirma que era ela pintura. Após a descoberta, esta pintura foi vendida por 2,1 milhões de euros, o equivalente a 7,3 milhões de reais – um recorde mundial para uma pintura do artista.
 
um apartamento em paris que parou no tempo por 70 anos
Sem dúvida, os outros objetos descobertos no apartamento também têm altos valores. São um valioso testemunho de como era a vida em Paris na época, como se fosse um trampolim na história. Para os descobridores, este é um tesouro impecável que representa lindamente uma época passada, o que nos faz pensar em diversas histórias intrigantes.
um apartamento em paris que parou no tempo por 70 anos
A grande descoberta inspirou muitos artistas, incluindo a autora Michelle Gable, que escreveu um livro sobre o assunto. O nome é A Paris Apartment (Um Apartamento em Paris), e narra a história verdadeira com base no intrigante retrato de Boldini de Marthe de Florian.
Também surgiram muitas perguntas, como, por exemplo: por que o último proprietário nunca mais voltou a este apartamento encantador, com um mobiliário suntuoso e obras de arte? A resposta permanecerá um mistério, engrandecendo ainda mais esse lindo local.
Fonte: themetapicture.com
Imagem de capa: deposi

OBSERVADOR

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360º

Por Filomena Martins, Diretora Adjunta
Bom dia!
Enquanto dormia... 
... a intervenção na Síria continua suspensa. Um compasso de espera a que não serão alheios os avisos da Rússia, dizendo que há risco de guerra com os EUA em caso de ataque, nem os do Pentágono, que teme que tudo acabe numa "escalada fora de controlo".

Ontem à noite o gabinete de crise britânico deu ‘luz verde’ para Theresa May "coordenar uma resposta internacional" com os Estados Unidos e a França . Só que Trump recuou e já diz que o ataque "pode ser muito brevemente ou não!", apesar de Macron assegurar já ter provas do uso de armas químicas.

E esta é aliás uma nova posição do presidente francês, que se opôs a intervenções militares na Líbia e que queria apenas ser intermediário na guerra síria. O que mudou para o fazer passar as linhas vermelhas iniciais, explica a Cátia Bruno, foi exatamente o uso de armas químicas por Assad.

No futebol, o Sporting esteve quase a conseguir a 'remontada', mas acabou mesmo por ser eliminado da Liga EuropaFaltou apenas um golo num dos melhores jogos da época (com algumas surpresas de Jesus) e depois de uma semana de polémicas. Por isso, na crónica, o Bruno Roseiro diz que foi uma vitória moral, mas também muito mais do que isso.

O 'isso' é precisamente o que se passou nestes últimos dias e que está resumido, com muito humor, no mini-documentário "Eu é que sou o presidente": mostra a crise de Bruno de Carvalho no Sporting em 10 minutos e 22 segundos. Mas as polémicas não se deverão ficar por aqui. O clube já denunciou que o presidente vai ser envolvido em "trabalhos de fação" que incluem “uso de drogas” e “pedofilia" e, depois de Ricciardi, mais quatro membros do Conselho Leonino apresentaram a demissão, diz o CM (sem link).
Voltando ao jogo, há muitas histórias sempre que o Sporting encontra equipas espanholas. Desde uma rega após o dilúvio, um amarelo antes do apito inicial, a aposta de uma lagosta, um  jogo com três bolas nos postes e, claro aquele fatídico minuto 88.

Na meteorologia, mau tempo continua a adiar a Primavera e a causar estragosum fenómeno raro de vento extremo em Albufeira fez cair árvores e danificou vários carros.




Outra informação relevante
O Conselho de Ministros aprovou o Plano de Estabilidade proposto por Centeno e que os parceiros da extrema esquerda questionamNão houve recuos no défice, mas para acalmar as críticas haverá uma lista de investimentos prioritários, com compromisso quanto a verbas e datas. As apostas são as áreas sociais mais afetadas pelos cortes, como a saúde do "somos todos Adalberto", que tem mais greves marcadas, contam a Rita Tavares e o Nuno André Martins.

Centeno não cedeu mesmoJá reduziu o défice em 1.700 milhões além do acordado e quer chegar aos 2.460 milhões. Os números da redução mostram um corte inferior a 300 milhões de euros este ano, mas o ajustamento previsto para 2019 é quase o quádruplo, explica o Nuno em pormenor.

Antes de tudo ser conhecido, Carlos César tinha deixado um recado aos parceiros que suportam o Governo"PCP e BE sabem que, se contas correrem mal, vai tudo por água abaixo”, disse ele à Rita.

Mas nada acalmou o PCP ou o Bloco. No programa Política Pura da TSF, os comunistas lembraram que não querem saber dos compromissos de Centeno e que o Orçamento para 2018 é para cumprir. E os bloquistas avisaram que o Governo não tem maioria e que o voto no OE de 2019 continua em aberto.

Já entre Governo e PSD, o acordo sobre fundos comunitários está prestes a ser assinado, diz o Público

Até porque Rui Rio vai arrumando a casa: ontem apresentou finalmente os seus ministros sombra. A cúpula nacional do Conselho Estratégico tem 32 nomes: são só nove mulheres, há seis ex-ministros e a média de idades é de 60 anos. A Rita Dinis conta quem são. A porta-voz para a Justiça é advogada de Pedro Dias, o homicida fugitivo.

A nova lei da identidade de género vai esta sexta-feira a votação no Parlamento. Se for aprovada, o que não está garantido, permitirá às pessoas mudar o sexo e de nome no Cartão de Cidadão de acordo com o género com que se identificam a partir dos 16 anos, sem necessidade de relatório médico. A Rita Porto falou com Catarina Marcelino, a “mãe” da nova lei, sobre como se chegou aqui.

Daqui a quatro dias começam as matrículas na escola. E há quatro grandes mudanças que vale a pena anotar, explicadas pela Ana Kotowicz. A principal, depois das polémicas dos últimos anos, é a de que os encarregados de educação vão ter de comprovar a morada com dados fiscais.

Continuam a conhecer-se também novas medidas de combate aos incêndios. A RR avança que este ano vão existir apenas duas fases: a permanente e a reforçada.

Em Lisboa, prepare-se para um controlo mais apertado do trânsitoCom mais radares, câmaras de vigilância e multas para estacionamento em segunda fila, escreve o DN.

Volto a Trump, porque há um livro polémico do ex-diretor do FBI. Revela, entre outras coisas, que o presidente norte-americano exige lealdade como um chefe da máfia.

Na Catalunha, o Supremo negou a autorização para Jordi Sànchez, o candidato detido, ser investido como presidente do governo esta sexta-feira. E o processo foi adiado.

E não podia acabar sem falar do caso que abala Espanha, volta a pôr o PP em xeque e se assemelha a algumas das últimas polémicas nacionaisA presidente da Comunidade de Madrid, Cristina Cifuentes, diz no seu currículo que tem um mestrado em Direito Autonómico sem afinal ter concluído o curso. Rajoy ainda não decidiu, contudo, se vai demiti-la.




Os nossos Especiais
Quem é Mariana Vieira da Silva, a mulher que atende o primeiro-ministro até dentro de água? A Rita Tavares revela a vida e os trabalhos de uma das menos conhecidas (e ouvidas) secretárias de Estado, a Adjunta do primeiro-ministro e sua principal conselheira. Que de nadadora de alta competição do Sporting se tornou no radar de Costa no Governo.

A Hungria de Vicktor Orbán foi o tema do Conversas à Quinta desta semana. José Manuel Fernandes, Jaime Gama e Jaime Nogueira Pinto debateram o sentimento nacional que Orbán explorou nas eleições húngaras, que tem raízes na singularidade do povo magiar e numa memória histórica algo traumática. Circunstâncias que a UE fará mal em ignorar.

John Bolton, um dos ideólogos da guerra do Iraque na era Bush, entrou para a equipa de Trump há dias e pode empurrar agora os EUA para o ataque à Síria. O João de Almeida Dias conta a história e traça o perfil do novo conselheiro para a Segurança Nacional norte-americano, conhecido como um "falcão" sem medo de polémicas.




A nossa opinião
  • Rui Ramos escreve sobre uma proposta radical para a cultura: "Porque não responsabilizar pessoalmente o presidente da república ou o primeiro-ministro, enquanto mecenas por conta do Estado, pela despesa pública no subsídio às artes? Tudo seria mais transparente".
  • José Manuel Fernandes escreve sobre o Portugal de Centeno: "Se 19 países da UE cresceram mais do que nós em 2017, porquê os foguetes de Centeno? Se 40% dos novos contratos são de salário mínimo, porquê tanto entusiasmo com o emprego? Melhor tem de ser possível".
  • João Cândido da Silva também escreve sobre Centeno: "Mário Centeno sabe que os esforços realizados produziram frutos, mas que não resultaram de qualquer reforma estrutural. As finanças públicas estão melhores, mas o acréscimo de saúde não é robusto".




Notícias surpreendentesQual é a melhor pizza margherita de Lisboa? O Diogo Lopes foi fazer o teste, ingrediente a ingrediente, à pizza clássica, uma das primeiras a ser criadas no século XVIII, mas que continua a ser uma das mais populares. Quem terá vencido?

Se já anda a pesquisar o local das próximas férias, segue uma ajuda: 14 lugares de que nunca ouviu falar, mas devia visitar.

Os casos de assédio sexual chegaram à Academia Nobel e deixaram-na sem quórum para eleger vencedores.

No mundo das estrelas cor-de-rosa, o clã Kardashian não pára de aumentar (vá lá, admita, todos temos uma curiosidadezinha com estas histórias). Agora foi a vez da mana Khloé ser mãe, mas num dos piores momentos da sua vida: soube que tinha sido traída pelo namorado poucas horas antes do parto.

Já há vencedor do World Press Photo de 2018. A foto é linda, mas não conta uma história bonita. Foi tirada por Ronaldo Schmidt e mostra o manifestante José Víctor Salazar Balza em chamas, nas ruas de Caracas, a protestar contra a liderança de Maduro na Venezuela. Mas há outras imagens premiadas que vale a pena ver.

Hoje o Plano de Estabilidade será conhecido na sua plenitude e os olhos do mundo continuarão fixos na Síria. Mas basta-lhe clicar no Observador e ficará a par de tudo isto e muito mais.

Bom fim-de-semana
 (e não se esqueça: é um protesto, mas os bilhetes para os festivais de verão e para centenas de espetáculos vão estar mais baratos esta sexta-feira).
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Valdemar Cruz
VALDEMAR CRUZ
JORNALISTA
 
“Estás a apontar? Dispara!”
13 de Abril de 2018
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Hoje é sexta-feira. Dia de Marcha pelo Direito ao Retorno, em Gaza.

Há um campo árido naquele longeconstituído pela fronteira da faixa de Gaza. Percebem-se movimentações de figuras humanas. Do lado de cá, do lado de quem observa através de uma mira telescópica, ouvem-se vozes. Procuram a melhor oportunidade. O que se presume ser uma voz de comando, pergunta: “estás a apontar? Dispara!”.

O tiro não sai de imediato. Aparece uma criança. Uns segundos depois, um só tiro, uma só bala na cabeça de um jovem desarmado e está mais um palestiniano morto na fronteira da Faixa de Gaza. Ouvem-se gritos de celebração dos soldados israelitas. Um dos francoatiradores grita: “Oh, que vídeo. Yess! Filho da puta”. Outra voz diz que estão a correr para evacuar a vítima. De novo uma voz: “Deu-lhe na cabeça. Que grande vídeo”.

Lembram-se das últimas palavras proferidas pelo coronel Kurtz no final de Apocalipse Now? “The horror. The horror”. Ali era o Vietname. Aqui é o eterno terror, o constante massacre consentido pela comunidade internacional. Israel goza de um estatuto único no mundo de absoluta impunidade.

Aquele vídeo está a desencadear ondas de choque. Terá sido feito em dezembro do ano passado, mas contém cenas que poderão repetir-se hoje, sexta-feira, mais um dia de Marcha pelo Direito ao Retorno, iniciada no passado dia 30 de março, por ser o Dia da Terra Palestiniana. A Marcha vai prolongar-se, com especial incidência às sextas-feiras, até 15 de maiodia que marca a expulsão das suas terras, em 1948, de centenas de milhares de palestinianos durante o conflito que desembocou na criação do estado de Israel. A data é denominada Nakba (catástrofe em árabe).

“Independentemente de o vídeo ter sido gravado há um mês ou há uma semana, todos os que servimos em territórios da Palestina sabemos que mais de 50 anos de ocupação conduziram a uma grande corrupção moral, ao ponto de se disparar contra civis desarmados”. As palavras são da ONG israelita Breaking the Silence(Quebrando o Silêncio), composta por antigos militares que se opõem á ocupação da Palestina.

O exército israelita já confirmou que o vídeo é autêntico, e anunciou que vai abrir um inquérito.

No vocabulário israelita, um palestiniano é um terrorista. Talvez por isso, o ministro da Defesa de Israel, Avigdor Lieberman afirmou, depois de ter visto as imagens, que “o francoatirador de Gaza merece ser condecorado, e o que fez as imagens despromovido”.

Num longo e bem documentado artigo, de leitura indispensável, publicado quarta-feira no Expresso Diário, intitulado “O Governo de Israel insulta a história dos judeus”, Daniel Oliveira sublinhava que as sociedades israelita e palestiniana estão doentes de tanta dor e tanta guerra.

Este texto e o seu conteúdo são chocantes?Infinitamente mais chocante é a continuada prática de crimes de guerra na faixa de Gazater entrado no banal quotidiano, perante a indiferença mediática e o silêncio cúmplice da comunidade internacional.

“Estás a apontar? Dispara!”.
 
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OUTRAS NOTÍCIAS

Num artigo de opinião ontem publicado no jornal Público, Francisco Assis defendia que, face às declarações do ministro das Finanças, Rui Rio devia manifestar de imediato adisponibilidade para viabilizar a próxima proposta de Orçamento de Estado. Como o caminho se faz caminhando, o mesmo jornal revela hoje que na próxima semana será assinado o assinado o primeiro acordo formal “ao centro desde 2006”. PSD e Governo terão tudo pronto para assumir uma posição conjunta na negociação de fundos estruturais para a próxima década. Este acordo determinará os princípios de negociação a assumir pelo executivo nas conversações que a partir de maio decorrerão com a União Europeia.

Aquela notícia não pode ser dissociada desta: o Governo entrega hoje na Assembleia da República o Programa de Estabilidade 2018-2022. Os parceiros parlamentares, PCP, BE PEV já manifestaram as maiores reservas e até oposição, com exigências de um recuo na revisão em baixa do défice para 2018 e a manutenção da meta acordada no orçamento. Há uma semana, Eco e Jornal de Negócios divulgaram que, naquele documento, o Governo pretende rever em baixa as metas orçamentais para este ano, de modo a fixar o défice orçamental em 0,7% do PIB, o que seria o défice mais baixo da democracia portuguesa. Ou seja, €800 milhões a menosem relação ao que ficou definido para o OE de 2018, aprovado pelo PCP, BE e PEV. Começa a notar-se indignação à esquerda e nos Sindicatos, pelo objetivo rasgar de um acordo feito e face à constatação de que a subida da folga orçamental não tem tradução em mais investimento público, aumentos salariais na função pública ou no fim das penalizações nas reformas de trabalhadores com longas carreiras contributivas.

Afinal Rui Rio criou ou não um “Governo sombra”? O presidente do PSD diz que não. A generalidade dos jornais não tem outro nome para o gabinete com os 32 nomes que compõem o conselho estratégico nacional (CEN) do PSD. Rio assegura que embora a lógica do CEN seja inspirada num Governo, não se trata de um Governo. O presidente do PSD recorreu a antigos ministros do Governo de Durão Barroso (Luís Filipe Pereira e Maria da Graça Carvalho) e de Cavaco Silva (Silva Peda e Arlindo Cunha). Ângelo Correia, mentor político de Pedro Passos Coelho, é um dos eleitos de Rio. A média de idades do Governo sombra que não o é anda pelos 60 anos.

O Sporting fez do jogo uma festa. Construiu mesmo, em longos momentos, um saboroso festival de futebol. Do outro lado tinha uma equipa competente e segura, mesmo se ontem teve uma jornada muito abaixo do seu rendimento habitual. O golo ainda na primeira parte deu esperança. Os sportinguistas acreditaram na possibilidade de virar o resultado. Os jogadores tudo fizeram para tornar o sonho realidade. No final impôs-se a dura realidade dos números. O Atlético de Madrid venceu por 2-1 no conjunto das duas mãos e segue para as meias finais. Na Tribuna fala-se do Sporting e do admirável novo mundo das vitórias morais.

É inaugurada hoje à noite na Casa da Arquitectura, em Matosinhos, a exposição “Os Universalistas – 50 Anos de Arquitetura Portuguesa". No Expresso já se escreveu sobre esta mostra, que começou por ser apresentada em Paris, e chega agora a Portugal. A partir das 21 horas, para lá da visita guiada pelo curador, arquiteto Nuno Grande, há a divulgação de um testemunho de Eduardo Lourenço, e uma conversa com os arquitetos Alexandre Alves Costa e João Belo Rodeia.

Os bispos portugueses admitem referendosobre a eutanásia, mas preferem aposta nos cuidados paliativos

Vai haver uma nova ponte sobre o Dourodestinada a aliviar a pressão sobre os centros históricos de Porto e Gaia

A Plataforma pela Reposição das SCUT vai realizar hoje uma marcha lenta , que parte da Covilhã e Castelo Branco e termina na Lardosa

LÁ FORA

A Síria, o que se passa na Síriao que se presume que se passa na Síria, as muitas narrativas construídas sobre a situação na Síria (e vale a pena seguir com atenção esta leitura alternativa) , continuam a dominar o noticiário internacional. Com ameaças, avanços e recuos de Trump. Com endurecimento de voz do presidente francês, Emmanuel Macron, com Theresa May a esforçar-se por construir pontes que não a deixem isolada e atolada na questão do Brexit, com Putin a deixar claro que a escalada belicista não ficará sem resposta. Definitivamente, o silêncio não é uma das virtudes humanas.

O ex-director do FBI James Comey,demitido pelo Presidente norte-americano em Maio de 2017, lança na próxima terça-feira nos EUA o livro A Higher Loyalty: Truth, Lies and Leadership, no qual compara Donald Trump a um chefe da Mafia. Quem já leu passagens do livro, como a Associated Press ou o Wahshinton Post, sustenta que se trata de um presidente cujas ações são dominadas pelo seu ego e conduzidas por questões de lealdade pessoal.

Ontem recebi um Tweet que dizia assim: “A vida é uma coisa demasiado importante para falarmos seriamente sobre ela”. Pouco antes tinha recebido um outro no qual se escrevia: “a beleza, com o seu poder, levaria menos tempo para transformar a honestidade em alcoviteira do que esta em modificar a beleza à sua imagem”. O primeiro é assinado pelo senhor Oscar Wilde. O segundo é enviado em nome do senhor William Shakespeare e sai diretamente do Ato III, Cena I, de Hamlet, a mesma cena onde é dito o célebre “ser ou não ser, eis a questão”. A minha questão é mesmo esta: porque é que em vez dos inenarráveis Tweets do senhor Trump, não optamos por dar outra cor à vida com a presença no nosso quotidiano de gente que, estando fisicamente morta, continua a ser uma grande e insubstituível inspiração? É possível. Basta subscrever os tributos materializados nas contas Twitter de gente como ShakespeareWildeVirginia WoolfSilvia Plath e tantos outros que por aí continuam à nossa espera.

FRASES

"Os compromissos que o Governo assume em Bruxelas são compromissos do Governo. Em Portugal o Governo tem que cumprir o que está no Orçamento do Estado". António Filipe, deputado do PCP No programa da TSF Política Pura

O BE e o PCP sabem bem que, se as nossas contas públicas correrem mal, isto vai tudo por água abaixo”. Carlos César, presidente do PS

Sempre dissemos que tem de ser aceite um Estado palestiniano com a capital em Jerusalém. (…). Não mudaremos a nossa embaixada para Jerusalém”. Marcelo Rebelo de Sousa na Universidade de al-Azhar, no Egito

No que respeita ao acolhimento de refugiados, a atitude da União Europeia e da Hungria não são assim tão diferentes”. Pedro Neto, diretor-executivo da Aministia Internacional Portugal no Expresso Diário

O intuito (eventual bombardeamento da Síria) não é abrir caminho a uma democracia pluralista. Essa é uma ilusão conveniente para a opinião pública ocidental. O objetivo é substituir um regime autoritário de tipo secular por um governo islamita sunita, que será opressor de uma forma talvez ainda mais odiosa”. José Pedro Teixeira Fernandes, investigador, Professor de Relações Internacionais e Estudos Europeus no Público

PRIMEIRAS PÁGINAS

Pacto a dois – Governo e PSD já têm acordo sobre fundos da EU – Público

GNR – Quatro anos e meio por torturar detidos – JN

Lisboa vai ter 120 câmaras em semáforos e mais radares – DN

Défice – Costa totalmente inflexível com Bloco e PCP – I

Pensões com novo aumento extra – Correio da Manhã

Só 9% das cotadas têm mais de metade do capital em bolsa – Negócios

Leão caiu de pé – O Jogo

Leões encostaram Atlético às cordas - Record

Leão merecia mais - A Bola

O QUE ANDO A LER E A VER

Daqui a doze dias comemoram-se os 44 anos da Revolução de 25 de abril de 1974. Passado quase meio século, faz ainda sentido insistir nas diversas facetas da resistência à ditadura de Oliveira Salazar e Marcelo Caetano? Como é que se explica, hoje, a um jovem de 18 ou 20 anos que, se tivesse nascido umas décadas antes, nesta altura estaria a lidar com os medos, as revoltas ou as indignações suscitadas pela necessidade de ter de abandonar a família, o trabalho, os estudos, para pegar em armas e ir combater numa guerra colonialista em África?

Nunca foi pacífico, entre a esquerda portuguesa, o modo como lidar com aquele dilema. Os movimentos de extrema-esquerda defendiam abertamente a deserção, com consequente exílio. Na área do PCP era incentivada a incorporação nas Forças Armadas, desde logo para que os militantes aprendessem a manejar armas e fizessem propaganda contra a guerra junto dos soldados. As deserções eram aplaudidas e incentivadas, se efetuadas num contexto de movimento coletivo de abandono dos quartéis.

Foram milhares os que se viram forçados a abandonar o país e construir uma nova vida no exílio. Por estarem contra a guerra. Por terem uma atividade oposicionista. Por defenderem o derrube do regime fascista. Por terem uma atividade que os deixava rotulados como traidores à pátria. As suas fotografias eram colocadas nos postos fronteiriços, como se de vulgares criminosos se tratasse.

Partiram para países de acolhimento tão diversificados como o Brasil, Bélgica, França, Suécia, URSS, Roménia, Marrocos, Argélia e outros. Uns passaram a fronteira a salto, outros partiram em comboios vigiados ou em barcos improvisados, nos quais deixavam a vida em suspenso e dependente da linha ténue que separa a sorte do azar.

Viveram vidas duras, marcadas por enormes sacrifícios pessoais e familiares. O exílio é uma marca, uma dor que fica para a vida, como se percebe em “Memórias do Exílio”, o comovente livro de Ana Aranha, jornalista da Antena 1, e Carlos Ademar, mestre em História Contemporânea e professor na Escola da Polícia Judiciária.

Recolhem, no que foi primeiro um programa da Antena 1 aqui disponível, doze depoimentos de homens e mulheres um dia confrontados com a urgência e a necessidade absoluta de abandonarem o seu país.

São relatos atravessados por uma emoção na qual se roça a eminência da tragédia, o humor, o quase inverosímil, a coragem, a dor, o sofrimento, o questionamento pessoal, a divergência, o reposicionamento político e ideológico. Ninguém sai incólume de um exílio forçado, como se percebe das palavras de, entre outros, Hélder Costa, Luísa Tito de Morais, Cláudio Torres, Manuel Pedroso Marques, Margarida Tengarrinha, Helena Cabeçadas, uma das mulheres mais jovens (aos 17 anos) a exilar-se por motivos políticos, ou Teresa Rita Lopes, que diz: “o exílio é sempre dolorosíssimo. Basta não poder vir ao seu país. A privação dessa possibilidade já é terrível e sobretudo não saber quando é que isso viria a ser possível. Até podia não ter sido possível na minha vida”.

De forma telegráfica, duas sugestões para o fim de semana. A primeira é uma fantástica viagem pela história da arte, narrada através de três cores: douradoazul e branco. São três episódios imperdíveis da BBC. Por fim, uma sugestão musical com forte componente estética: A Sagração da Primavera, de Stravisnky, num bailado com coreografia de Jean-Claude Gallota, gravada no Théatre national de Chaillot, em Paris, com transmissão no próximo domingo a partir das 18h40, no Mezzo HD Live. É uma boa alternativa ao Benfica- FC Porto.

Tenha um bom dia e um excelente fim-de-semana. Com ou sem chuva.
 
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