terça-feira, 18 de agosto de 2015

OBSERVADOR - 360º - 18 DE AGOSTO DE 2015

360º - As razões de Maria; e o stress das férias‏


360º

Por David Dinis, Diretor
Bom dia!
Enquanto dormia

Em Banguecoque continuam a contar-se as vítimas do atentado de ontem no templo de Erawan. São pelo menos 21, admitindo as autoridades que o objetivo dos terroristas era maior - tendo em conta que o templo costuma ter mais gente à hora em que o detonador foi acionado. Ainda ninguém reclamou o atentado, embora o Governo tailandês tenha a suas suspeitas.

Não muito longe dali, na Indonésia, foram encontrados os corpos das 54 pessoas que iam a bordo do avião da Trigana Air que caiu no fim de semana, na província de Papua. Não há sobreviventes

Ainda na Ásia: o governo chinês confirmou que o armazém no porto da cidade de Tianjin, que explodiu 4ª-feira, tinha pelo menos 3.000 toneladas de 40 produtos químicos perigosos, explicando-se assim melhor a dimensão daquele desastre. Os administradores da fábrica foram agora detidos.

Em Atenas, o ministro da Energia admitiu como provável que Alexis Tsipras peça uma moção de confiança já esta semana, depois do que considerou ter sido "um profundo golpe dentro do grupo parlamentar do Syriza" - aquando da votação do terceiro resgate. A imprensa grega admite que a moção não passe e que o país vá, de novo, para eleições antecipadas. As sondagens parecem favorecer Tsipras.
Para já, o governo grego aguarda que cinco parlamentos (alguns hostis) aprovem o resgate, de forma a poder pagar ao BCE.
Informação relevante, por cá

Mais uma candidata - mas não uma candidata mais. Maria de Belém decidiu candidatar-se, sem o apoio do partido, à Presidência da República, e desde logo colheu o apoio de Manuel Alegre, que deixa, no DN, um aviso ao partido: "se é fundamental ganhar as legislativas, seria um erro imperdoável menosprezar a importância decisiva das eleições presidenciais”. Alegre não foi caso único: o Público recolheu várias declarações de líderes distritais e deputados.
Quem ficou "surpreendido, mas com agrado", foi Sampaio da Nóvoa, que reagiu com uma declaração surpreendente: "Posso garantir que vou ganhar".
António Costa, manteve a distância (sendo certo que terá mais um problema pela frente - se não agora, pelo menos daqui a mês e meio).
Aqui no Observador, eu e a Liliana Valente fomos perceber porque decidiu Maria de Belém antecipar a sua candidatura. O texto chama-se Já para Belém, as razões de Maria.

Em cima do anúncio de Maria de Belém, Costa estava a dar uma entrevista à SIC-Notícias (que, escusado será dizer, passou despercebida). Mote: o medo que Cavaco Silva não dê posse a um governo do PS, se não houver maioria absoluta.

Ao que conta o Económico de hoje, o líder socialista quer virar a página da campanha. Como? Apresentando amanhã as contas que faltavam do seu programa eleitoral.

Falando em contas, o Económico mostra hoje, com mais detalhe, a proposta da Anbang pelo Novo Banco: 3.500 milhões de euros, mais 700 milhões para o recapitalizar. E menos o que for preciso, se mais for preciso para essa recapitalização. Depois veremos as letras miudinhas.

Noutro banco, o BPI, o maior acionista parece não ter desistido de desblindar os estatutos e poder ficar com direitos de voto iguais à maioria que tem (diz o Económico). Ontem, uma notícia publicada em Espanha dava conta do interesse do Caixabank em vender a sua posição, precisamente pela inexistência de um acordo nesse sentido.

Sem letras a fechar um acordo, os quatro sindicatos da PSP reúnem-se esta manhã para planear protestos contra o Governo, em plena campanha. Dizem-se desiludidos por não terem o seu estatuto profissional revisto.

Quem vai fazer nova greve são os sindicatos de enfermeiros: amanhã e quinta é no centro e norte do país.

Em sentido contrário, o ministro da Educação anunciou ontem um programa de requalificação de 130 escolas, usando fundos comunitários. Pelo caminho, dispensou alguns professores de estarem um ano à experiência.

A meio caminho está o Ministério da Economia: depois de ter sido obrigado a anular o concurso pela STCP e Metro do Porto (o candidato vencedor não apresentou garantias), quer agora relançar o concurso com as mesmas condições. O mais tardar em setembro, a um mês das legislativas, diz o JN (ainda sem link).

De ontem sobra ainda a novela Jorge Jesus: o Expresso noticiou que o Benfica quer 7,5 milhões do seu ex-treinador, por violação de contrato. O advogado de Jesus respondeu por ele.

Para a frente, fica um alerta: o número de mortes na estrada está a subir este ano. Tenha, portanto, cuidado redobrado.
Os nossos Especiais
Como desligar nas férias e deixar o stress no trabalho. Irritação, falta de paciência e dores musculares. O stress pode acompanhá-lo nas férias, mesmo que não dê por isso - e há estudos publicados que mostram que este não é um problema de poucas pessoas. A Ana Cristina Marques foi perguntar a especialistas se estamos a dar demasiada importância ao trabalho e pediu-lhes umas dicas para fazer conviver o trabalho com um bom descanso.

“Os bebés de Auschwitz”. Nascer e sobreviver nos comboios da morte. Eva e Mark nasceram no comboio a caminho de um campo de concentração. Hana veio ao mundo num campo de trabalhos forçados. Estas são as histórias de quem nasceu em pleno Holocausto e viveu para contar. Os ouvidos - e a escrita - são neste caso do João de Almeida Dias.

Notícias surpreendentes
Aqui está um dos textos mais partilhados do Observador dos últimos dias: o que sabe sobre a história do mundo? Sim, é um teste - e não é tão bom fazê-los quando estamos em férias?

Aqui está outro quiz, mas aqui com um propósito, talvez, mais instrutivo: É rico ou pobre? A pergunta parece simples, mas este jogo que foi preparado pela OCDE permite comparar a sua situação financeira à dos restantes portugueses - e saber se a percepção que tem da distribuição da riqueza no país é real. Vamos a isso?

E, já agora, permitam-me uma dúvida: porque é que ninguém se ri nas fotografias antigas? A explicação tem quatro respostas possíveis - e desta vez não é um teste.

Teste decisivo tem esta noite o Sporting de Jorge Jesus: a primeira mão da qualificação para a Liga dos Campeões joga-se em Alvalade, perante o CSKA de triste memória. O Tiago Palma falou com Pedro Barbosa e Beto, para recordar a final que mais pesadelos dá aos sportinguistas, e foi ver o que é feito dos jogadores que estiveram em campo nesse dia. Com sorte, conseguiu assim espantar os maus espíritos.

Despeço-me com um good night and good luck ao Sporting. E com um have a good rest (or a nice day at work) para todos.

As notícias, sempre que quiser uma atualização, estarão aqui.
Até já!
Mais pessoas vão gostar da 360º. Partilhe:
 
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ANTÓNIO FONSECA

EL VENTANO - 18 DE AGOSTO DE 2015

el ventano‏




Una ballena pide ayuda a un barco para que le quiten un plástico de la boca
Posted: 17 Aug 2015 11:07 PM PDT




Una ballena pidió ayuda a un grupo de pescadores australianos para liberarse de un plástico que llevaba atascado en la boca y, que al parecer, le empezaba a asfixiar. El cetáceo se acercó al barco nadando en círculos y dio un golpe a la embarcación para llamar la atención de los pescadores.

"La ballena se acercó al barco un par de veces, sacando la cabeza fuera del agua. Tenía una bolsa de plástico y líneas de pesca atascadas justo en su boca, y parecía como si quisiera que se lo sacaran. Fue muy inquisitiva, sacando sus ojos fuera del agua y mirándonos", afirmó el pescador que logró liberarle del plástico.

El animal pareció agradecer que le quitasen la bolsa dando coletazos en el agua mientras se alejaba d la embarcación para seguir su camino.





La consejera (socialista) que se olvidó de la protección de menores en Aragón
Posted: 17 Aug 2015 09:34 PM PDT


Protesta en Zaragoza la pasada semana (foto, Educadores en Lucha)


La incoherencia y el oportunismo es propio de formaciones políticas que solo piensan en llegar al poder por cualquier método y en las que el componente ideológico es bastante deficitario entre buena parte de sus dirigentes. El PSOE, uno de los mayores expertos en esta materia, ha dado abundantes ejemplos de su indefinición cuando gobierna, mostrando sus incoherencias políticas.

Un ejemplo de ello lo ha dado la consejera de Derechos Sociales del Gobierno aragonés, María Victoria Broto, en relación a las condiciones en que debe desarrollarse un servicio tan delicado como la protección de menores, al aprobar lo que ya decidió el gobierno anterior respecto a la adjudicación del servicio a la empresa Intress.

El vídeo elaborado por el colectivo Educadores en Lucha, del Centro de Observación y Acogida (COA) demuestra que Broto se ha olvidado de lo que mantenía en noviembre del año pasado tras ser nombrada consejera en el Gobierno de Javier Lambán.





Educadores en Lucha lleva meses en huelga denunciando las indignas condiciones en que se desarrolla su trabajo, cuyos máximos perjudicados son los menores a los que atienden, y han anunciado que mantendrán su postura porque la política del PSOE en esta materia es la misma que la del anterior gobierno del PP, incumpliendo la Ley de la Infancia y Adolescencia de Aragón, afirman.

Su protesta no se debe a razones laborales, sino a que "las condiciones que los responsables del Gobierno de Aragón regulan para los centros [de acogida] no cumplen con la legislación vigente en materia de protección de menores y son indignas y peligrosas para los niños y niña acogidos en el COA y para los trabajadores que tratan de acogerlos", señalan en un comunicado.







Casi 200 personajes del mundo de la música apoyan el festival alternativo al Toro de la Vega en Tordesillas
Posted: 18 Aug 2015 01:07 AM PDT





Casi 200 personalidades del panorama musical y escénico de España han prestado su apoyo, a través de un vídeo bajo el lema 'Tordesillas, para Rock in Vega ¡cuenta conmigo!', a Rock in Vega, el festival alternativo que busca sustituir al torneo del Toro de la Vega en la localidad vallisoletana.

En el vídeo aparecen actrices como Lluvia Rojo, Silvia Marsó, Nerea Barros, Verónica Echegui, Ana Fernández y Silvia Abascal; los humoristas Millán Salcedo, Juan Ibáñez, Agustín Jiménez y Raquel Sastre; el presentador de televisión portugués João Manzarra y el italiano Valerio Pino; o los miembros de los grupos musicales Estopa, La Fuga, Reincidentes o Amistades Peligrosas, entre otros muchos.

Rock in Vega está pensado como un festival enfocado a todos los públicos, que durante tres o cuatro días, organizaría todo de actividades. Además de España y Portugal, el proyecto está siendo promocionado actualmente en el Reino Unido, Francia, Holanda y Alemania, de donde se esperan conseguir nuevos apoyos musicales y organizativos.





El alcalde de la localidad, José Antonio González Poncela (PSOE), envió una carta oficial a los promotores del festival, en respuesta a los escritos en los que los organizadores solicitaban formalmente una reunión con el gobierno local para explicar los pormenores del proyecto, pidiendo datos sobre los requerimientos técnicos que se precisarían para la celebración del evento.

La respuesta del alcalde ha sido bien recibida tanto por los organizadores del festival como para los artistas que apoyan la iniciativa. "Al solicitarnos requerimientos técnicos tan precisos, entendemos que la propuesta que les hemos trasladado ha sido valorada positivamente por el equipo de gobierno local" han afirmado los organizadores.

Por su parte, la actriz Lluvia Rojo, ha agradecido al alcalde "el interés mostrado" por su propuesta. "Es un primer paso que abre una vía de comunicación con el consistorio que, esperemos, desemboque en un punto de inflexión novedoso y fructífero para los y las vecinas de Tordesillas", ha añadido.

Rock in Vega no nace como un acto coyuntural, sino para ser un festival con continuidad anual que se convierta en una referencia cultural a nivel internacional que podría atraer a decenas de miles de personas.

Este sábado, los organizadores de la matacía dieron a conocer el animal elegido para la ocasión. 'Rompesuelas' corre por los montes de Extremadura sin saber que en Tordesillas le han condenado a muerte a lanzados para el próximo 15 de septiembre.


Viñetadas: toros pro-taurinos, la pieza más dura de Obélix y la mejor embajada del mundo
Posted: 17 Aug 2015 11:12 AM PDT




































Multado con 200 euros por llamar "sinvergüenza" a Javier Maroto, exalcalde de Vitoria
Posted: 17 Aug 2015 08:04 AM PDT


Javier Maroto, vicesecretario del PP


Un ciudadano ha sido multado con 200 euros por llamar “sinvergüenza” a Javier Maroto durante una recogida de firmas en un centro comercial de Vitoria el pasado 7 de marzo. El informe policial señala que el hombre se acercó al entonces alcalde de Vitoria y actual vicesecretario del PP y le llamó en voz alta "sinvergüenza". La Policía le acusó de alterar la "seguridad colectiva".

También le acusó de no darle "vergüenza pedir firmas después de lo del tema de San Antonio”, en referencia al escándalo por el que Maroto y Alfonso Alonso están siendo investigados en el Tribunal de Cuentas del Estado.

El origen de la discusión está en la Iniciativa Legislativa Popular (ILP) que el actual vicesecretario sectorial del Partido Popular promovió en Vitoria durante su mandato como alcalde y que proponía luchar contra el fraude en las ayudas sociales endureciendo el acceso de los inmigrantes a la Renta de Garantía de Ingresos.

Según el relato del ciudadano, él y su madre escucharon que una de las voluntarias de la plataforma que recogía apoyos para la ILP pedía a una persona mayor que firmase “para quitarles las ayudas a esos (en referencia a unos inmigrantes que pasaban al lado) y dároslas a vosotros”.

En ese momento, ambos intervinieron y la discusión terminó con la presencia de Maroto al que el hombre llamó “sinvergüenza” y le recordó que el Tribunal de Cuentas del Estado le había impuesto una fianza por el caso San Antonio. Su madre también le dijo a Maroto: "Yo firmaré cuando los de tu partido devuelvan lo que han robado”. Ambos fueron respondidos por voluntarios de la plataforma.

“La discusión no duró más de un minuto y nos fuimos de allí", explica este ciudadano que prefiere permanecer en el anonimato. “Cuando íbamos al parking, uno de los guardaespaldas de Maroto se nos acercó y nos identificó anunciándonos que nos llegaría una multa”.

La Policía municipal considera que se alteró “la seguridad colectiva”, le impone una multa de 200 euros por desórdenes públicos y rechaza las alegaciones en las que el afectado explicaba que el incidente no duró más de un minuto y que si llamó sinvergüenza a Maroto “fue en el contexto de una crítica al alcalde” por recoger firmas para su propio "beneficio" político al ser una iniciativa que podía presentar como parlamentario.

Este no es el único incidente en el que se vio envuelto Maroto durante su polémica recogida de firmas. Otro ciudadano denunció que el vicesecretario sectorial del PP le dijo en la calle “majo, te van a caer 350 euros de multa”, después de que le acusara de fomentar una campaña racista. Episodios similares se vivieron a las puertas de la factoría de Mercedes y el Hospital Universitario de Álava con ciudadanos que fueron identificados por los guardaespaldas de Maroto por acusarle de generar racismo en la ciudad o llamarle racista.


Fuente


La tortuga marina que no podía respirar por una pajita de plástico alojada en su nariz
Posted: 17 Aug 2015 03:35 AM PDT




Los biólogos Nathan Robinson y Christine Figgener lograron liberar a una tortuga olivácea en aguas de Costa Rica de una pajita que se le había introducido en un orificio de su nariz. La pajita de plástico, de las que se utilizan en los refrescos, medía unos diez centímetros y se había endurecido dentro de la nariz del animal, originándole dificultades para respirar.

Las imágenes muestran de una manera brutal las consecuencias de los residuos que se vierten a los distintos ecosistemas acuáticos, desde una simple balsa hasta los grandes océanos, entre los que destacan los plásticos, que forman auténticas islas en algunos de estos entornos.







PÁGINA UM - RR - 18 DE AGOSTO DE 2015

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Valerá a pena comentar? Sinceramente acho que não. - 17 DE AGOSTO DE 2015

SBN

Feed de notícias

O PAÍS ESTÁ UM CANSAÇO
O País está um cansaço. Para todos os lados onde se vai os autóctones são confrontados com os cortes que foram feitos nas empresas e nos serviços numa austeridade sem limites. Nada funciona, uma vez que as empresas têm de conceder férias com um pessoal já à míngua e acedendo a empresas de trabalho temporário com gente que não sabe nada do assunto. Para cada cidadão torna-se necessário estar alerta para erros nos serviços, nos bancos, na sua vida normal a que já não estava habituado.Um cansaço.
Mas, apesar do cansaço, Portugal está de férias. Férias do emprego, para descansar, férias da política para desopilar e acreditar que ainda existe esperança para um País escravizado, férias das escolas e das crianças que deviam estar a correr na praia e sem problemas, mas têm de ir á escola comer, dos problemas de um mar de gente a quem Agosto não trás férias, mas a correcção de dívidas.
Senhores políticos, Portugal devia estar de férias. Mas não está.
Tivemos que aguentar com a festa do Pontal. Uma festa sazonal, que este ano correu mal. Correu tão mal que, se esperavam que fosse uma avenida aberta para as eleições, foi um beco estreitinho que só teve eco nos média manipulados pelo Governo.
O Pontal teve 3500 pessoas a comer o assado e a ouvir uma data de mentiras já recessas. Um amontoado de gente de dois partidos, com dois líderes a discursar entre libações e fotografias de costas voltadas. 3500 pessoas. Não sei se o Pontal leva mais ou menos, não sei se o número define as presenças. Sei que é muito pouco. A contar com todos os ministros, secretários de estado, nomeados por este governo, autarcas, executivos de empresas de Estado, avençados, jornalistas de serviço, juízes pagos pelas suas decisões, especialistas a sair das universidades, jotinhas, acho um número pequeno. Menos que meio milhão é pequeno .
E depois um Portas desabillé, completamente fora do contexto e a mostrar uma carga psicológica e cansaço e um Passos Coelho envelhecido e sem gravata, numa de proximidade ao País de que tem estado arredio, numa de esquerda sem alma. Pareciam figurantes de uma comédia de bufões de rua.
O Pontal foi uma miséria política que, numa roleta russa, lhe saiu a bala de morte pela revelação de Marques mendes que a Coliçação estava a tratar do aumento do IVA para 24%. Para travar o consumo interno, uma vez que Bruxelas obriga a uma balança equilibrada. Quando o consumo interno tem dado ao país um alento na economia.
Não sou economista. Mas não é preciso ser. Merkel se quis a Alemanha a sair da recessão aumentou o consumo interno. Mas as importações desequilibram a balança. E Bruxelas quer a balança equilibrada. Mas que temos para exportar? Nada.
Votem na Coligação e daqui a dois anos estamos ao nível da Grécia. Foi o caminho deles. Queremos que o nosso seja igual?

Helena Guimarães
  • Gostas disto.
  • António Fonseca
    Escreve um comentário...
    Valerá a pena COMENTAR?  Sinceramente acho que não.
     
     
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    ANTÓNIO FONSECA

OBSERVADOR - MACROSCÓPIO - 17 DE AGOSTO DE 2015

Outlook.com - antoniofonseca1940@hotmail.com



Macroscópio – Para o caso de ter estado distraído, aqui fica um pouco das últimas polémicas domésticas‏






Macroscópio

Por José Manuel Fernandes, Publisher
Boa noite!




Pronto. Estamos a meio de Agosto, o Macroscópio está de regresso e, se tomarmos por certa a ideia de que é a “Festa do do Pontal
que dá o sinal de partida para a rentreé política, então, a apenas sete
semanas das eleições legislativas, devemos estar preparados para muita
campanha e muita exaltação.



Mas devemos mesmo? A verdade é que, nestas duas semanas de descanso do
Macroscópio a política também parece ter ido de férias e o início de
Agosto foi, para quem tem memória de outros períodos pré-eleitorais, bem
mais tranquilo do que se esperaria. Bem sei que, em Portugal, nos
últimos 20 anos só por três vezes o país votou depois do Verão, no final
da legislatura (em 1995, em 1999 e em 2009), mas a verdade é que nesses
anos as campanhas tiveram Agostos muito diferentes. Em 1995 um Guterres
ao ataque desafiou o PSD no seu terreiro e foi a Faro fazer um comício
no mesmo dia e a apenas algumas centenas de metros de distância da
habitual Festa do Pontal do PSD (que, nessa época, ainda não se tinha
mudado para o Calçadão de Quarteira). Já em 1999, um Guterres em busca
da maioria absoluta (que falhou por um deputado), preferiu um Agosto
anestesiado, e a actualidade ajudou-o: nesse ano discutiram-se os touros
de Barrancos e começou a sofrer-se por Timor. Por fim, em 2009, o
“animal feroz” vinha de uma derrota nas eleições europeias e não deu
tréguas, tendo o mês sido ocupado por casos e casinhos, uns envolvendo
as listas do PSD, outros a Presidência da República, tudo com muita
polémica e exaltação, bem ao estilo do ex-primeiro-ministro. Descanso é
que não houve.



Esta primeira metade de um Agosto pré-eleitoral foi diferente, e o
Macroscópio, que andou em busca de temas fortes e dos textos relevantes
que, neste período, possam ter passado despercebidos aos leitores, dá
conta de alguma frustração. Tivemos, é certo, o nosso entretém estival: o desnorte dos cartazes do PS.
E alguma discussão sobre os mais recentes números do Instituto Nacional
de Estatística. Mesmo assim tudo junto parece pouca coisa numa altura
em que já se está tão perto de uma eleição que, à partida, parece ir ser
disputada taco-a-taco. De resto foi isso mesmo que notou, na
sexta-feira, Bruno Faria Lopes, no Diário Económico, em Uma loooonga e vazia campanha eleitoral: “Não
faltam temas para debate aceso na campanha eleitoral - depois do abalo
dos últimos quatro anos não faltam bandeiras políticas para levar na
mão, não faltam áreas para fazer a diferença. (…) Em vez disto - e
descontando as polémicas vazias típicas desta altura - temos tido o
"discurso da esperança" versus o "discurso do medo", a "mensagem
positiva" versus a "campanha negativa".




Pode ser que agora tudo acelere, pois, como notou domingo David Dinis na segundo entrada de um “bloco notas” que abriu este mês, sobre o andar da campanha, no Observador, “Com o discurso e o cartaz do Pontal, António Costa não vai poder ficar mais tempo de férias.” Recapitulemos, mesmo assim, uma parte do mais relevante que foi sendo escrito nas duas estivais semanas.



Primeiro ponto de paragem: as estatísticas do INE. De uma forma geral,
elas fizeram sorrir o Governo e não agradaram à oposição, que foi ao
ponto de fazer críticas que obrigaram a direcção do Instituto, cuja
independência nunca ninguém pôs em causa, a sair em defesa das suas
metodologias: INE responde aos partidos: “Estatísticas são isentas e fiáveis”.
Recapitulemos então os relatórios de que tanto se falou, remetendo os
leitores para a fonte, isto é, para os documentos que o próprio INE
divulgou nestas duas primeiras semanas de Agosto:

Taxa de desemprego estimada em 11,9%;

Empresas perspetivam aumento de 3,4% nas exportações de bens;

Índice de Volume de Negócios na Indústria acelerou em junho;

Em termos nominais, as exportações aumentaram 7,4% e as importações 9,0%;

Taxa de variação homóloga do IPC situou-se em 0,8%;

Produto Interno Bruto aumentou 1,5% em volume no 2º trimestre de 2015;

Dormidas de não residentes continuaram em crescimento;

O Índice de Custo do Trabalho aumentou 1,2% face ao trimestre homólogo de 2014.



Compreende-se que a maioria esteja mais satisfeita do que a oposição: a
taxa de desemprego é menor do que a registada quando a legislatura se
iniciou; a economia está a crescer, e mais depressa do que a média
europeia; as exportações continuam a aumentar, ajudadas por números
recorde no turismo; e o custo do trabalho aumentou mais do que o índice
de preços ao consumidor. Os ventos da economia parecem soprar do lado
recuperação, mesmo sendo conhecidos os problemas estruturais do país,
que de resto o FMI também recordou num relatório – Second Post-Program Monitoring (versão integral, em inglês) –, divulgado a 6 de Agosto. Eis o que se escreve no seu sumário de apresentação:

Portugal’s economic recovery remains on track, boosted by a
generally supportive external environment and a rebound in confidence.
Despite recent market volatility related to Greece, Portugal continues
to benefit from favorable commodity prices, low interest rates and a
weaker euro. Real GDP growth is projected at 1.6 percent for 2015,
supported by a pickup in exports and a welcome upturn in investment. But
growth is expected to moderate over the medium term as cyclical factors
weaken and still high public and private debt constrain the pace of
recovery.




De todos estes números, os que suscitaram mais debate foram os relativos
ao desemprego. Recordemos alguns dos textos mais relevantes:
  • Em O que ninguém quer ver nos números do desemprego,
    eu próprio, aqui no Observador, procurei situar o que favorecia mais o
    argumentário da maioria (o menor número de desempregados) e o que
    beneficiava mais o da oposição (a diminuição do número total de
    empregos), procurando chamar a atenção para o que pode estar a mudar no
    mercado de trabalho: “Olhar para os números do emprego e do
    desemprego com mais detalhe é pois bem mais útil do que a discussão do
    copo meio cheio ou do copo meio vazio. Permite perceber que alguma coisa
    de estrutural está a acontecer no nosso mercado de trabalho, e que não
    vale a pena sonhar com o regresso ao passado – com o regresso, por
    exemplo, do investimento na construção e nos empregos que aí
    desapareceram, pois não é esse o caminho. (…)Por isso, que tal deixar de
    lado a espuma e as suspeições e olhar para esta realidade nova que está
    a surgir diante dos nossos olhos, mesmo daqueles que se recusam a ver –
    a realidade de uma economia que gera melhores empregos, para os mais
    qualificados, e onde ocorreram mesmo mudanças estruturais com a viragem
    de tantas e tantas empresas para os mercados de exportação?”
  • Já André Veríssimo, no Jornal de Negócios, criticou a forma como o debate decorreu, em O desemprego na silly season: “Em
    vez de se explicar e debater opções políticas, o país partidário
    entreteve-se nos últimos dias a discutir números e estatísticas. Num
    olhar sobre o passado que em nada contribui para resolver o futuro.”
  • Um bom exemplo de como os números do emprego podem ser fáceis de
    instrumentalizar, e de como poucos verificam se estão correctos, é o da
    forma como foram utilizados na campanha (frustada) de cartazes do PS,
    algo que Bruno Faria Lopes, do Diário Económico, desmontou muito bem em O maior problema dos cartazes era os números. Para ele, “Os
    números são mais importantes do que o resto porque informam o debate
    público - o seu mau uso, citando o INE e a Segurança Social numas
    letrinhas miudinhas que ninguém lê, é mais danoso do que os casos à
    volta do "Edson" ou dos fotografados na junta de Arroios. (Ora) Há
    vários erros e manipulações nos cartazes
    .”
  • Ainda a propósito de desemprego, mas agora para citar o Reino Unido
    – onde na última legislatura se criaram dois milhões de postos de
    trabalho, vale a pena ler Paulo Barradas, no Expresso, que em O milagre da criação de emprego explica como isso foi possível. Ou seja, como “A
    austeridade no Reino Unido, com fortes cortes na despesa pública
    através da diminuição das prestações sociais, não levou ao desemprego em
    massa nem enfraqueceu a economia como era temido
    .”
  • Ainda no Expresso, mas num registo mais informativo e analítico, deve referir-se o trabalho As mulheres que baralharam o INE (texto
    só para assinantes), no qual se procura explicar porque houve tantas
    mulheres com formação superior a encontrarem emprego nos meses de Abril a
    Junho.


Já sobre o episódio dos cartazes, vou tentar evitar o muito que se
escreveu sobre amadorismo e falta de pontaria, para tentar recomendar
alguns textos que procuraram ir um pouco mais além. Ou, pelo menos,
tratara de ver que o problema pode não ser só de cartazes:
  • Viriato Soromenho Marques foi muito claro no Diário de Notícias quando, ainda propósito de cartaz “new age”, escreveu A culpa não é de Edson: “Nenhum
    mau cartaz consegue (…) explicar os motivos que justificam a
    dificuldade do PS em subir nas sondagens (…). Na verdade, as três razões
    pelas quais isso ocorre são de natureza política, e de culpa própria.
    Primeiro, o PS ainda não admitiu, frontalmente, a sua parte de
    responsabilidade política na chegada da troika a Portugal. (…) Segundo,
    em matéria europeia, ao PS não basta estar contra o servilismo da
    Coligação em relação a Berlim. Tem de ter capacidade para encontrar
    propostas e alianças próprias. (…)Terceiro, Costa não tem razão quando a
    propósito da prisão de Sócrates continua a afirmar ser preciso separar o
    que é da justiça e o que é da política. A verdade é que com aquilo que
    já se sabe (…) o PS deveria romper politicamente com Sócrates, para não
    ficar preso nas suas efabulações
    .”
  • Alexandre Homem Cristo, aqui no Observador, recomendou Esqueça os cartazes, dr. António Costa e, em vez disso, olhe para o que os seus deputados têm vindo a dizer nas últimas semanas, pois eles “dramatizaram
    a situação actual do país, esforçando-se para transformar em más as
    boas notícias. No fundo, fingiram que o contexto é óptimo e que não
    houve troika nem um programa de assistência financeira. Que o desemprego
    não está a diminuir (…) e que a criação de emprego não está a aumentar.
    Que a economia está em queda quando, finalmente, está a crescer (…). No
    fundo, fingiram que só o Dr. António Costa poderá melhorar o que,
    afinal, tem melhorado sem o seu contributo. E, porque essa mensagem não
    faz sentido, sujeitaram-se a serem postos no sítio pelo secretário-geral
    da UGT
    .“
  • Maria João Marques já tinha trilhado um caminho semelhante, também no Observador, em António Costa vive em 1995, ao escrever que “O
    pior do [primeiro] outdoor do PS – que nos coloca a todos em maus
    lençóis – é a sua mensagem ser a demonstração cristalina de que António
    Costa não faz a mais pequena ideia do país que se propõe governar
    .”
  • Vítor Gonçalves, no Económico, em A comunicação é política, fez de alguma forma a síntese do problema aberto com esta questão: “Um
    bom cartaz de propaganda eleitoral dificilmente fará ganhar umas
    eleições. Mas um mau cartaz pode contribuir, decisivamente, para
    comprometer as aspirações de um partido, quando uma corrida se disputa
    ombro a ombro.”
  • De citar ainda uma análise de João Cardoso Rosas, também no
    Económico, uma reflexão mais longe da espuma desta controvérsia, o seu
    texto sobre Eleições sem democracia. Para ele “as
    eleições legislativas não permitirão a expressão da vontade popular
    porque todos os principais agentes (…) pedem uma maioria absoluta
    sabendo que o nosso sistema político está montado para criar
    dificuldades à formação de maiorias e que, no actual contexto, elas não
    são possíveis. Ou seja, os portugueses vão votar para ter um governo de
    maioria absoluta que se sabe à partida que não vão ter e vão escolher
    entre programas que se pode desde já assegurar que não poderão ser
    cumpridos
    .”


Apesar do pouco que aconteceu, ainda assim este Macroscópio já vai
longo, pelo que guardei para melhor oportunidade um tema que merece
atenção mais detalhada - o das propostas para o futuro da Segurança
Social - e passei, sem dar para já atenção e enquanto espero por mais
substância, pelas coreografias dos presidenciáveis, razão porque termino
chamando a atenção para uma entrevista e para um trabalho de verdadeiro
serviço público.



A entrevista é a Mário Centeno ao Público - “Nada é mais flexível do que um contrato a prazo”
– onde assume que está disponível para ser ministro num governo de
Costa. É uma boa síntese do argumentário económico do PS realizada pelo
homem que liderou a equipa que desenhou o seu plano macro-económico.
António Costa também deu uma entrevista à Visão – resumo pode ser lido 'O que me pedem é que corra com eles...', o
resto está inacessível online –, entrevista essa onde David Dinis, no
seu 360º, a newsletter matinal do Observador, notou que “compara o caso
de Sócrates (de modo muito subliminar) com os de Passos e Marco António
Costa”.



(Mário Centeno também escreveu, no Diário Económico, um artigo a responder às críticas da coligação, Aprender a contar, onde, mesmo sem mostrar o excel, garante que “Em
2019, o impacto positivo sobre a actividade económica destas medidas
[as propostas pelo PS] permite criar 31 mil postos de trabalho
”, um
cálculo que mostra os limites dos modelos utilizados pelos
macro-economistas: basta pensar que o número de empregos criados nos
próximos quatro anos seria apenas metade dos criados no último ano, 66
mil, de acordo de novo com o INE.)



Finalmente, a indispensável chamada de atenção para um trabalho de
sistematização das propostas eleitorais dos diferentes partidos:
trata-se de um Guia Eleitoral sobre o que cada partido defende,
um roteiro detalhado preparado pelo Observador com base nas propostas
já conhecidas (e que actualizaremos com o decorrer da campanha). Está
organizado em 16 temáticas, que pode ser acedidas de forma interactiva: Prioridades; Emprego; Contas Públicas; Impostos; Segurança Social; Função Pública; Educação; Investimento Público; Saúde; Empresas; Justiça; Família; Transportes; Europa; Emigração e Imigração; Ambiente.

(Falando de programas eleitorais, no Jornal de Negócios de hoje há
também uma boa análise comparativa das estratégias de crescimento
propostas pela coligação e pelo PS: a economia deve crescer pelo mercado interno ou pelas exportações?)



Daqui até 4 de Outubro ainda temos, recordo e repito, sete semanas pela frente. Será que, entretanto, vai diminuir o risco de termos um governo de minoria? Ou que, em alternativa, nos vai sair uma coligação inesperada, como uma das previstas nestes cenários loucos (mas possíveis) do pós-eleições?



Até lá o Macroscópio far-lhe-á companhia, ajudando a encontrar textos e
trabalhos que o ajudem a reflectir. Entretanto, descanse, sobretudo se
continua de férias. E tenha, como sempre, as melhores leituras.




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ANTÓNIO FONSECA

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