sábado, 14 de março de 2015

OBSERVADOR - MACROSCÓPIO - 13 DE MARÇO DE 2015

Macroscópio – Leituras de fim-de-semana (e algumas esquecidas)‏

Macroscópio – Leituras de fim-de-semana (e algumas esquecidas)

Para: antoniofonseca40@sapo.pt
 


Macroscópio

Por José Manuel Fernandes, Publisher
Boa noite!

 
Como tem acontecido várias vezes antes de um fim-de-semana, a escolha de hoje não terá um tema único, antes reunirá um conjunto de textos diversificado e alguns que lhe podem ter passado despercebidos e cuja leitura recomendo.
 
O primeiro é um dos mais recentes Especiais do Observador, um texto delicioso sobre uma história deliciosa: Amor na Operação Vagô – nos panfletos que Palma Inácio lançou podia estar esta história. Título estranho, não é? Pois é. Afinal, o que foi a operação Vagô? Foi, apenas, o primeiro desvio de um avião de toda a história da aviação comercial. E logo de um avião da TAP. E logo arquitectada por portugueses, comandados por Henrique Galvão. O mais curioso é que, por uma fantástica sequência de coincidências, nesse voo estavam também um piloto e uma hospedeira que então iniciavam uma história de amor. Ricardo Oliveira Duarte, com fotografias de Miguel Soares, reconstituiu essa história, bem como a fantástica mestria do piloto da TAP que, aos comandos do avião desviado, conseguiu obedecer aos desejos dos assaltantes – lan& ccedil;ar panfletos políticos sobre várias cidades portugueses – e levar o aparelho de volta, com todos os passageiros a são e salvo, de regresso a um aeroporto marroquino.
 
Referida esta história “de fim-de-semana”, passemos a alguns textos de opinião publicados nos últimos dias que merecem breves referências:
  • João Taborda da Gama reflectiu, no Diário de Notícias, sobre a bela história de Alex e de como ele, mesmo tendo nascido numa família sem meios, conseguiu chegar à universidade, onde é excelente aluno. Conseguiu-o, entre outras coisas, porque existe um decreto-lei de 2007 que permite pedir empréstimos para estudar, um processo que João Gama elogia abertamente: &ldqu o;Os bancos emprestam, o Estado garante, e nos vinte mil contratos o incumprimento é baixíssimo, ronda um e meio por cento. É um exemplo perfeito do que o Estado deve fazer, até onde deve ir. Mais do que as bolsas, os empréstimos para estudantes reforçam o sentido de responsabilidade e a satisfação do cumprimento.”
  • Paulo Ferreira, no Observador, em Euribor, os créditos e o guarda-chuva do banqueiro, critica a Associação Portuguesa de Bancos por esta defender que “o mínimo que a banca deve cobrar pelos créditos é o “spread”, ignorando as Euribor negativas”. Como ele sublinha, “Faz sentido? Não. É justo? Também não.” É um texto que regressa, com palavras fortes, a um tema que o Observador já tinha tratado num outro Especial, este de David Almas: Euribor negativa. O banco vai pagar o seu crédito à habitação?
  • Passando a um registo mais político, salto para o Público e para Francisco Assis, que ontem polemizava com um outro colaborador do jornal, defendendo as virtudes da moderação em política: A difícil moderação. Eis como conclui a sua reflexão: “Estou cada vez mais convencido de que a Europa e Portugal precisam de um entendimento sério entre o centro-esquerda e o centro-direita. Outros pens am legitimamente de outra forma. Não podem ter é a pretensão de se arrogarem uma superioridade moral ou intelectual sobre quem discorda deles. Até nisso o mundo democrático-liberal tem uma enorme vantagem: a vantagem da tolerância. Pudessem outros mundos e outros sistemas reclamar tal virtude. Não podem.”
  • Continuando num registo mais político, quatro textos de opinião do Observador. O primeiro é meu e trata do tema da semana: Duas ou três coisas (na verdade sete) sobre o caso Passos Coelho. Aí defendo que “O problema de Passos não é moral: cometeu erros, corrigiu-os, falta-lhe pedir desculpa. O problema é político: perdeu autoridade. Mas não se confunda a gravidade do caso com os outros esc& acirc;ndalos que nos rodeiam.” O segundo é de Gonçalo Almeida Ribeiro, O testamento político de Cavaco, e é uma crítica ao prefácio que escreveu para o mais recente Roteiros: “Cavaco Silva não se apercebeu do absurdo constitucional que é o Presidente em funções esboçar um testamento político no quadro de um regime republicano e democrático.” Por fim dois textos sobre António Costa. O primeiro de Rui Ramos, Costa: o candidato da instabilidade, artigo onde argumenta que “O problema de Costa é que, cada vez mais, parece o candidato da instabilidade e da incerteza. Quem quer arriscar o emprego, a pensão e as poupanças para assistir à aventura de um governo de Costa?” O segundo, de António Carrapatoso, Para onde vai António Costa?, é sobretudo um desafio a que o líder socialista se defina. Mais do que certezas, coloca interrogações: “Será Costa capaz de mudar o rumo às coisas, saberá reconhecer e assumir os erros do passado - de Sócrates, seus, do partido -, terá uma visão para o país e a persistência e a coragem para a defender?
  • Regresso ao Diário de Notícias para referir o texto de um colunista espanhol, Miguel Angel Belloso, diretor da revista espanhola Actualidad Económica: Oxigénio para a esquerda conservadora. Partindo das reformas que a Espanha conseguiu fazer nos últimos anos, e de por isso estar a retomar uma via de crescimento já notável em termos europeus, o colunista chama a atenção para alguns absurdos de outros países: “Sabia o leitor que, por exemplo, para proteger o caminho-de-ferro, os autocarros que operam percursos de longa distância em França não podem apanhar passageiros em cidades situadas dentro do itinerário, a não ser que os passageiros se desloquem para o destino final?” Ou que, “em Itália: a rigidez do mercado de trabalho é ainda mais intensa do que era em Espanha antes da reforma, o poder dos sindicatos parece inexpugnável até à data e as limita&cc edil;ões à concorrência são a norma em vez da exceção”?
 
Mas descansemos agora de opiniões sobre os nossos temas nacionais para referir alguns notáveis trabalhos que encontrei em vários jornais internacionais. O primeiro é uma fotogaleria do El Pais dedicada a mulheres que mereciam vir nos livros de História mas são quase desconhecidas: Mujeres fascinantes que olvidaron tus libros de Historia. São 17 figuras realmente notáveis de que muitos poucos ouviram falar. Uma bela homenagem às mulheres na semana em que se comemorou o Dia da Mulher.
 
(por falar de fotogalerias: se ainda não viu, não perca por motivo algum esta do Observador - Ciganos do Alentejo numa exposição em Nova Iorque. Como se fossem pinturas barrocas. Verá que é inesquecível.)
 
Outro trabalho notável é a insvestigação que a Spiegel começou em Moçambique sobre o tráfico de chifres de rinoceronte – um reportagem que ia acabando muito mal: Kidnapped in Mozambique: In the Clutches of Rhino Poachers. Tudo porque a crença – errada, totalmente errada – de muitos vietnamitas de que o pó de chifre de rinoceronte tem poderes curativos quase milagrosos está a colocar a espécie em risco devido à caça clandestina e às redes de traficantes. A revista alemã, apesar do susto de sequestro, reconstituiu esses circuitos.
 
A The Atlantic publicou uma extensa e muito informada análise sobre What ISIS Really Wants. É um texto onde se defende a ideia de que “The Islamic State is no mere collection of psychopaths. It is a religious group with carefully considered beliefs, among them that it is a key agent of the coming apocalypse. Here’s what that means for its strategy—and for how to stop it.”
 
Caminhando para o fim, passo a duas leituras de tipo diferente: uma sobre temas históricos, outra sobre temas de ciência. A de ciência encontrei-a no Guardian: The Human Epoch: when did it start? O ar tigo reflete sobre um estudo que procura definir melhor aquilo que defenimos como a “Idade dos Humanos”. O problema é colocado da seguinte forma: “So if we are to have an Anthropocene then geologists must find a clear place in time where they can draw a line between the Anthropocene and those times when the Earth was relatively free of human influence. But where should it be? This is the question that Simon Lewis, of University College, London and the University of Leeds, and Mark Maslin of University College, London, seek to answer. In their paper, they consider several alternatives, and ask whether there is a signature of global change in each period and if a golden spike can be seen there.” Essas alternativas vão desde o momento em que o homem descobriu o fogo até – vejam lá – ao que chamam a “grande aceleração”, ou seja, o período p ós-II Guerra Mundial. Tema interessante e controverso, como verão.
 
Termino com uma visita ao espanhol ABC e a um texto onde se recorda “Ordem 227”, isto é, La cruel orden de Stalin de disparar sobre sus propias tropas si se retiraban. É uma faceta menos conhecida da forma como Stalin conseguiu virar a favor da URSS a sorte da guerra, mas, escrita pelo seu punho, a ordem era clara: «Se ordena a los soviets militares del ejército y a los comandantes de ejército formar de tres a cinco unidades de guardias bien armados,desplegarlas en la retaguardia de las divisiones poco fiables y darles orden de ejecutar a derrotistas y cobardes en caso de retirada desordenada, para que así nuestros fieles tengan la oportunidad de cumplir con su deber ante la patria». Neste artigo explica-se a origem desta decisão e as suas consequências. Ler este trabalho é recordar, de novo, como o horror foi a regra nos campos de batalha do Leste da Europa.
 
Por hoje, e por esta semana, é tudo. Bom descanso, boas leituras.
 
 
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ANTÓNIO FONSECA


OBSERVADOR - HORA DE FECHO - 13 DE MARÇO DE 2015

Hora de Fecho: Abastecer o carro? Faça até 56 quilómetros‏

Hora de Fecho: Abastecer o carro? Faça até 56 quilómetros

 
 
13-03-2015
 
 Grupos
Para: antoniofonseca40@sapo.pt
 


Hora de fecho

As principais notícias do dia
Boa tarde!
COMBUSTÍVEIS 
Nem sempre o posto económico perto de si é a escolha mais barata para a sua carteira. Os residentes dos distritos de Lisboa e do Porto devem percorrer maiores distâncias para atestar. Saiba onde ir.
INFORMAÇÃO 
Daniel Deusdado será o novo responsável pela Programação e Teresa Paixão a nova diretora de Programas da RTP2. Novos diretores terão de passar pela Entidade Reguladora da Comunicação.
PRISÃO 
Terrorista da "Resistência Galega" detido esta quarta-feira e condenado a um ano de prisão foi esta sexta-feira extraditado para Espanha.
PS 
Ferro Rodrigues defendeu-se dos críticos e Costa apoiou-o. As jornadas parlamentares socialistas começam à defesa.
FUTURO DA GRÉCIA 
A luta da Grécia pelas reparações de guerra vai muito além do atual Governo, mas a jurisprudência não parece estar do seu lado. Vai Atenas abrir mesmo uma nova frente de batalha com a Alemanha?
FUTURO DA GRÉCIA 
Ministério da Defesa está a estudar iniciativas sobre o tema e quer entregar brochuras e atualizar livros do primeiro e segundo ciclo com capítulos sobre a invazação nazi e as reparações de guerra.
FUTURO DA GRÉCIA 
Ministro das Finanças da Alemanha reacende a polémica entre os dois países, admitindo saída "acidental" do euro. Sondagem da televisão ZDF diz que 52% dos alemães preferem essa opção.
FUTURO DA GRÉCIA 
Economia grega cresceu 0,8% no ano passado, mais que o esperado pela troika e Governo, mas as receitas cerca de mil milhões de euros abaixo do esperado nos dois primeiros meses deste ano.
VAROUFAKIS 
Yanis Varoufakis, ministro das Finanças grego, abre as portas de casa para uma sessão fotográfica exclusiva para a revista Paris Match.
SEXTA-FEIRA 13 
Existem entre uma e três sextas-feira 13 num ano civil. Estes dias estão envoltos em mistérios, azares e receios. A origem está em França e no dia em que a Ordem dos Templários foi destruída. 
Opinião

José Milhazes
Os comentários contraditórios e confusos sobre a vida e a saúde de Vladimir Putin fizeram renascer uma “ciência” muito popular durante a guerra fria: a Kremlinologia

Paulo Ferreira
Defende a Associação Portuguesa de Bancos que o mínimo que a banca deve cobrar pelos créditos é o “spread”, ignorando as Euribor negativas. Faz sentido? Não. É justo? Também não.

Miguel Tamen
A maior parte das discussões a que assistimos são discussões entre pessoas com as mesmas opiniões; são discussões sobre assuntos amor-de-mãe, isto é, não são discussões. 

Paulo de Almeida Sande
Hoje desci a avenida, atravessei ruas pelos semáforos e reparei nos outros eus em desfile por aí. São feios, reparei, encarquilhados e gastos. Homens e mulheres de cabelo ralo e olhos espetados.

João Marques de Almeida
Os espanhóis não gostam da corrupção do PP e do PSOE, mas percebem certamente que a corrupção do regime de Chavez é bem pior. Ora, esse é o dinheiro que financia o Podemos. 
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ANTÓNIO FONSECA


PORTUGALGLORIOSO - (NOV.2014) - 13 DE MARÇO DE 2015


BISCATES - CRÓNICA TAUROMÁQUICA


Para que servem as primeiras páginas dos jornais e os grandes casos dos noticiários das TV?

Se pensarmos no que as primeiras páginas e as aberturas dos telejornais nos disseram enquanto decorriam as traficâncias que iriam dar origem aos casos do BPN, do BPP, dos submarinos, das PPP, dos SWAPs, da dívida, e agora do Espírito Santo, é fácil concluir que servem para nos tourear.

Desde 2008 que as primeiras páginas dos Correios das Manhas, os telejornais das Moura Guedes, os comentários dos Medinas Carreiras, dos Gomes Ferreiras, dos Camilos Lourenços, dos assessores do Presidente da República, dos assessores e boys dos gabinetes dos ministros, dos jornalistas de investigação nos andam a falar de tudo e mais alguma coisa, exceto das grandes vigarices, aquelas que, de facto, colocam em causa o governo das nossas vidas, da nossa sociedade, os nossos empregos, os nossos salários, as nossas pensões, o futuro dos nossos filhos, dos nossos netos. Que me lembre falaram do caso Freeport, do caso do exame de inglês de Sócrates, da casa da mãe do Sócrates, do tio do Sócrates, do primo do Sócrates que foi treinar artes marciais para a China, enfim que o Sócrates se estava a abotoar com umas massas que davam para passar um ano em Paris, mas nem uma página sobre os Espirito Santo! É claro que é importante saber se um primeiro ministro é merecedor de confiança, mas também é, julgo, importante saber se os Donos Disto Tudo o são. E, quanto a estes, nem uma palavra. O máximo que sei é que alguns passam férias na Comporta a brincar aos pobrezinhos. Eu, que sei tudo do Freeport, não sei nada da Rioforte! E esta minha informação, num caso, e falta dela, noutro, não pode ser fruto do acaso. Os directores de informação são responsáveis pela decisão de saber uma e desconhecer outra.

Os jornais, os jornalistas, andaram a tourear o público que compra jornais e que vê telejornais.

Em vez de directores de informação e jornalistas, temos novilheiros, bandarilheiros, apoderados, moços de estoques, em vez de notícias temos chicuelinas.

Não tenho nenhuma confiança no espirito de autocritica dos jornalistas que dirigem e condicionam o meu acesso à informação: todos eles aparecerão com uma cara à José Alberto de Carvalho, à Rodrigues dos Santos, à Guedes de Carvalho, à Judite de Sousa (entre tantos outros) a dar as mesmas notícias sobre os gravíssimos casos da sucata, dos apelos ao consenso do venerando chefe de Estado, do desempenho das exportações, dos engarrafamentos do IC 19, das notas a matemática, do roubo das máquinas multibanco, da vinda de um rebenta canelas uzebeque para o ataque do Paiolense de Cima, dos enjoos de umaapresentadeira de TV, das tiradas filosóficas da Teresa Guilherme. Todos continuarão a acenar-me com um pano diante dos olhos para eu não ver o que se passa onde se decide tudo o que me diz respeito.

Tenho a máxima confiança no profissionalismo dos directores de informação, que eles continuarão a fazer o que melhor sabem: tourear-nos. Abanar-nos diante dos olhos uma falsa ameaça para nos fazerem investir contra ela enquanto alguém nos espeta umas farpas no cachaço e os empresários arrecadam o dinheiro do respeitável público.

Não temos comunicação social: temos quadrilhas de toureiros, uns a pé, outros a cavalo.

Uma primeira página de um jornal é, hoje em dia e após o silêncio sobre os Espirito Santo, um passe de peito.

Uma segunda página será uma sorte de bandarilhas.

Um editor é um embolador, um tipo que enfia umas peúgas de couro nos cornos do touro para a marrada não doer.

Um director de informação é um “inteligente” que dirige uma corrida.

Quando uma estação de televisão convida um Camilo Lourenço, um Proença de Carvalho, um Gomes Ferreira, um João Duque, um Gomes Ferreira, um Judice, um Marcelo, um Miguel Sousa Tavares, um Angelo Correia, devia anunciá-los como um grupo de forcados: Os Amadores do Espirito Santo, por exemplo.Eles pegam-nos sempre e imobilizam-nos. Caem-nos literalmente em cima.

As primeiras páginas do Correio da Manhã podiam começar por uma introdução diária: Para não falarmos de toiros mansos, os nossos queridos espectadores, nemde toureios manhosos, os nossos queridos comentadores, temos as habituais notícias de José Sócrates, do memorando da troika, da imperiosa necessidade de pagar as nossas dividas.

Todos os programas de comentário político nas TV deviam começar com a música de um passo doble. Ou com a premonitória “Tourada” do Ary dos Santos, cantada pelo Fernando Tordo.

O silêncio que os “negócios “ da família dona disto tudo mereceu da comunicação social, tão exigente noutros casos, é um atestado de cumplicidade: uns os jornalistas venderam-se, outros queriam ser como os Espirito Santo. Em qualquer caso, as redacções dos jornais e das TV estão cheias de EspiritosSantos. Em termos tauromáticos, na melhor das hipóteses não temos jornalistas, mas moços de estoques. Na pior, temos as redacções cheias de vacas a que se chamam na gíria as “chocas”.

O que o silêncio cúmplice, deliberadamente cúmplice, feito sobre o caso Espirito Santo, o que a técnica do desvio de atenções, já usada por Goebels, o ministro da propaganda de Hitler, revelam é que temos uma comunicação social avacalhada, que não merece nenhuma confiança.

Quando um jornal, uma TV deu uma notícia na primeira página sobre Sócrates( e falo dele porque a comunicação social montou sobre ele um operação de barragem pelo fogo, que na altura justificou com o direito a sabermos o que se passava com quem nos governava e se esqueceu de nos informar sobre quem se governava) ficamos agora a saber que esteve a fazer como o toureiro, a abanar-nos um trapo diante dos olhos para nos enganar com ele e a esconder as suas verdadeiras intenções: dar-nos uma estocada fatal!

Porque será que comentadores e seus patrões, tão lestos a opinar sobre pensões de reforma, TSU, competitividade, despedimentos, aumentos de impostos, gente tão distinta como Miguel Júdice, Proença de Carvalho, Angelo Correia, Soares dos Santos, Ulrich, Maria João Avilez e esposo Vanzeller, não aparecem agora a dar a cara pelos amigos Espirito Santo?

Porque será que os jornais e as televisões não os chamam, agora que acabou o campeonato da bola?

Um grande Olé aos que estão agachados nas trincheiras, atrás dos burladeros!

Carlos de Matos Gomes


(Carlos de Matos Gomes, nascido em 24/07/1946, em V. N. da Barquinha. Coronel do Exército (reforma). Cumpriu três comissões na guerra colonial em Angola, Moçambique e Guiné, nas tropas especiais «comandos.)

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ATENÇÃO AOS MEUS LEITORES

ESTE COMENTÁRIO FOI PUBLICADO NO PORTUGALGLORIOSO, EM NOVEMBRO DE 2014. 
NO ENTANTO COMO VEIO À LUZ NOVAMENTE ONTEM DIA 13 NUM POST DO FACEBOOK , - E, COMO APESAR DE TUDO, É ACTUAL, TRANSCREVO-O NESTE BLOGUE.

ANTÓNIO FONSECA

HYPE SCIENCE - 13 DE MARÇO DE 2015

A Via Láctea tem várias galáxias-satélites‏

A Via Láctea tem várias galáxias-satélites

 
 
13-03-2015
 
 Newsletters
Para: antoniofonseca1940@hotmail.com

A Via Láctea tem várias galáxias-satélites

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Posted: 12 Mar 2015 06:10 PM PDT
Equipe de astrônomos da Universidade de Cambridge identificou nada mais nada menos que NOVE galáxias-satélites anãs que orbitam a Via Láctea Continua...
 
Posted: 12 Mar 2015 06:05 PM PDT
Cientistas russos passaram 24 anos cavando o poço mais profundo da Terra - com 12 quilômetros de profundidade. Mas o que eles encontraram lá embaixo? Continua...
 
Posted: 12 Mar 2015 06:00 PM PDT
Ao longo do tempo, estudos mostram que, aparentemente, não fomos feitos para saber viver com a democracia Continua...
 
Posted: 12 Mar 2015 01:29 PM PDT
Répteis também podem ser fofos. Se você não consegue imaginar isso, é só conferir as imagens dos camaleões bebês que acabaram de eclodir em Sydney Continua...
 
Posted: 12 Mar 2015 08:42 AM PDT
Todo mundo sabe que camaleões são capazes de mudar de cor rapidamente, mas como eles fazem isso? Continua...
 
Posted: 12 Mar 2015 07:22 AM PDT
Veja foto incrível do vulcão Fuego, da Guatemala. Em contraste com a noite, a lava escorrendo da caldeira é especialmente bonita Continua...
 

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