domingo, 16 de outubro de 2022

SANTA GERTRUDES - 16 DE OUTUBRO DE 2022

 

Gertrudes de Helfta

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Santa Gertrudes de Helfta ou Santa Gertrudes, a Grande (Eisleben6 de janeiro de 1256 — 1302) foi uma beneditina, mística e teóloga alemã.

Biografia

Nada se sabe sobre seus pais, donde se supõe ter sido órfã.

Ainda criança, com cerca de 5 anos, ingressou no mosteiro de Santa Maria de Helfta, sob a direção da abadessa Gertrudes de Hackeborn. Eventualmente é confundida essa com sua abadessa, motivo pelo qual em algumas imagens aparece, erradamente, segurando um báculo. Alguns estudiosos referem-se ao mosteiro como cisterciense, pois foi fundado por sete irmãs da comunidade de Halberstadt.

Santa Gertrudes na Basílica de Nossa Senhora da Assunção do Mosteiro de São Bento na cidade de São Paulo, obra de Adrien Henri Vital van Emelen.

Aí não terá desempenhado cargos importantes, ou ao menos só se conhece que foi cantora e que se dedicou aos estudos. Depois que experimentou a conversão a Deus, iniciou uma caminhada de perfeição na vida religiosa, voltando seus talentos para o estudo das escrituras e teologia. Produziu numerosos textos, mas somente três são conhecidos e isso deve-se à altura em que os cartuxos de Colónia imprimem o Memorial em 1536. Entre eles estão: Revelações do Amor Divino, parcialmente escrito com outras monjas da comunidade, e Exercícios Espirituais. A aceitação e êxito foi enorme, e produziu-se toda uma corrente espiritual em torno a ela que se traduziu em reedições contínuas de seus escritos e numerosas biografias.

Teve várias experiências místicas, incluindo uma visão de Jesus, convidando-a a repousar sua cabeça em seu peito para ouvir seu coração batendo no compasso do divino amor.[1]

Morreu em Helfta, em torno de 1302.

Sua festa é celebrada em 16 ou 17 de Novembro, mas a data exata confunde-se com os registos da abadessa Gertrudes.

Foi canonizada pelo Papa Clemente XII no ano de 1677.

Devoção ao Sagrado Coração

Uma das santas mais estimadas do Ocidente cristão, ela foi uma notável devota precoce do Sagrado Coração de Jesus.[2] O livro 2 do Arauto do Amor Divino é notável na história da devoção cristã, porque suas descrições vívidas das visões de Gertrude mostram uma elaboração considerável da veneração de longa data, mas mal definida, do coração de Cristo. Esta veneração estava presente na crença de que o coração de Cristo derramou uma fonte redentora através da ferida ao Seu lado; uma imagem culminando em sua mais famosa articulação de Bernardo de Claraval em seu comentário sobre o cântico das canções. As mulheres de Helfta, Gertrude acima de tudo, que certamente conheciam os comentários de Bernardo tornaram essa devoção central para suas visões místicas.[3] Gertrude teve uma visão na festa de João Evangelista em 27 de dezembro. Ela estava descansando a cabeça perto da ferida no lado do Salvador e ouvindo as batidas do Coração Divino. Ela perguntou a João se, na noite da Última Ceia, ele havia sentido essas pulsações, por que nunca havia falado sobre o fato. João respondeu que essa revelação havia sido reservada para as eras subseqüentes quando o mundo, depois de esfriado, precisaria disso para reavivar seu amor.

êxtase de Santa Gertrude por Pietro Liberi.

Veneração

Gertrude nunca foi formalmente canonizada, mas um escritório litúrgico de oração, leituras e hinos em sua homenagem foi aprovado por Roma em 1606. A Festa de St. Gertrude foi estendida à Igreja Católica por Clemente XII e hoje é comemorada em 16 de novembro de a data de sua morte. Algumas comunidades religiosas, incluindo os beneditinos, comemoram sua festa em 17 de novembro. O Papa Bento XIV deu a ela o título de "A Grande" para distingui-la da abadessa Gertrude, de Hackeborn, e reconhecer a profundidade de sua visão espiritual e teológica.[4]


Gertrude mostrou "terna simpatia pelas almas do purgatório" e pediu orações por elas. Ela é, portanto, invocada por sofrer almas no purgatório. A oração a seguir é atribuída a St. Gertrude e é frequentemente descrita em seu cartão de oração:

Pai eterno, eu ofereço a você o sangue mais precioso do teu Filho Divino, Jesus, em união com as missas ditas hoje em todo o mundo, por todas as almas sagradas no purgatório, pelos pecadores em todos os lugares, pelos pecadores na igreja universal, pelos que estão em minha própria casa e na minha família. Amém.

Talvez por esse motivo, seu nome tenha sido anexado a uma oração que, de acordo com uma lenda de origem e data incertas (nem encontrada nas Revelações de Santa Gertrudes, a Grande), Cristo prometeu libertar mil almas do purgatório cada vez que foi dito, dizia-se; apesar do fato de que as práticas relativas às supostas promessas de libertar uma ou mais almas do purgatório pela recitação de alguma oração foram proibidas pelo Papa Leão XIII.[5] No entanto, o material encontrado em suas revelações, como a celebração das missas gregorianas pelos que partiram, está bem alinhado com as devoções aprovadas pela Igreja Católica.

Referências

  1.  «CATHOLIC ENCYCLOPEDIA: St. Gertrude the Great»newadvent.org. Consultado em 12 de setembro de 2019
  2.  «St. Gertrude the Great»Catholic News Agency (em inglês). Consultado em 12 de setembro de 2019
  3.  «Illiniois Medieval Association - EMS»ima.wildapricot.org. Consultado em 12 de setembro de 2019
  4.  «Monastery of St. Gertrude»web.archive.org. 16 de maio de 2013. Consultado em 13 de setembro de 2019
  5.  «Prayer of St. Gertrude the Great»www.olrl.org. Consultado em 13 de setembro de 2019

Ligações externas

Santa Gertrudes, Magna, monja, +1303, 16 de Novembro de 2013

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SANTA MARGARIDA DA ESCÓCIA - 16 DE OUTUBRO DE 2022

 

Margarida da Escócia (santa)

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Margarida
Vitral com a imagem de Margarida na Capela de Santa Margarida, no Castelo de Edimburgo
Rainha da Escócia
Reinado1070 – 13 de novembro de 1093
 
Nascimentoc. 1045
 Hungria
Morte16 de novembro de 1093 (48 anos)
 Castelo de EdimburgoEscócia
Sepultado emAbadia de DunfermlineFifeEscócia
CônjugeMalcolm III da Escócia
DescendênciaEdgar, Rei da Escócia
Alexandre I da Escócia
David I da Escócia
Matilde, Rainha de Inglaterra
Maria, Condessa de Bolonha
CasaWessex (por nascimento)
Dunkeld (por casamento)
PaiEduardo, o Exilado
MãeÁgata
Santa Margarida
Veneração porIgreja Católica
Comunhão Anglicana
Canonização1250
por Papa Inocêncio IV
Principal temploAbadia de Dunfermline
Festa litúrgica10 de junho (em 1693)
16 de novembro (a partir de 1969)
AtribuiçõesLeitura
PadroeiraDunfermlineEscóciaFifeShetland, The Queen's Ferry, Inglaterra

Margarida da Escócia ou Margarida de Wessex (Hungriac. 1045 — Castelo de Edimburgo16 de novembro de 1093), foi rainha consorte da Escócia como esposa de Malcolm III da Escócia.[1][2]

Biografia

Era filha do Atelingo Eduardo, o Exilado, herdeiro da Inglaterra.[1] Assim, era neta do rei Edmundo, Braço de Ferro. Seu pai tinha fugido dos normandos com Ágata, sua mulher, assim como o seu filho e o verdadeiro rei da Inglaterra, Edgar de Wessex, mais tarde cruzado, e portanto irmão da santa Margarida. Uma irmã, Cristina, era freira em Romsey. Sua mãe, Ágata, era parente de Gisela, esposa de Santo Estêvão da Hungria ou do Imperador Henrique II.

Estátua de Margarida feita pelo escultor francês François Augustin Caunois, presente na Igreja de la Madeleine, em Paris.

A tradição diz que seu pai e seu tio Edmundo foram para a Hungria por segurança, durante o reinado de Canuto II da Dinamarca, mas não se encontram registros na Hungria. Margarida voltou por volta de 1057 à corte de Eduardo o Confessor. Dez anos depois, após a batalha de Hastings, fugiu com o irmão e foi, contra seu desejo, casada.

Morto o pai, com a conquista da Inglaterra pelos normandos, sua mãe Ágata resolveu voltar ao continente mas uma tempestade jogou seu navio na Escócia, onde foram acolhidos por Malcolm III que decidiu tomá-la por esposa.[1][2] Margarida desejava ser freira, mas o casamento deve ter acontecido entre 1067 e 1070.

Foi rainha devota e muito amada pelo povo pois mudou os modos da corte e seus padrões de comportamento. Os magnatas foram proibidos de embebedar-se e ela usou o dinheiro do reino para ajudar os pobres, alimentá-los, dar-lhes abrigo. Encorajou o comércio exterior e fundou mosteiros e igrejas, incluindo-se a abadia de Dunfermline, construída para abrigar seu maior tesouro, uma relíquia da verdadeira Cruz. Restaurou a Abadia de Iona, na ilha de Iona, que tinha sido fundado por São Columba.

Seu Evangelho ou livro de horas, ricamente adornado com joias, caiu um dia num rio e foi miraculosamente recuperado, estando hoje na Biblioteca Bodleian em Oxford.

Com seu casamento aproximou as igrejas romana e céltica. Reuniu um sínodo que produziu novos regulamentos para o jejum da Páscoa, a comunhão e alguns abusos quanto aos casamentos em graus proibidos.

Anglicizou e refinou a corte e o marido com suas virtudes, modéstia, beleza rara. Paciência e doçura suavizaram os modos do marido - e converter o Rei é converter o Reino. O marido era analfabeto e bruto se foi tornando cristão e gracioso e seus três filhos reinaram a seguir, e neles a mãe inspirara amor a Deus, desprezo das vaidades terrestres e horror do pecado.

Margarida morreu em 16 de novembro de 1093, no castelo de Edimburgo), tendo sido seu corpo sepultado diante do altar principal da abadia de Dunfermline, em Fife, ao lado do marido o rei Malcolm III da Escócia.

A rainha foi canonizada em 1250 ou 1251 pelo Papa Inocêncio IV e é festejada em 16 de novembro.[1][2]

Suas relíquias foram transferidas em 19 de Junho de 1259 para um santuário novo, cuja base se vê na parede oriental moderna da igreja restaurada.

Na Reforma, seu crânio passou a pertencer a Maria Stuart, Rainha dos Escoceses, e mais tarde aos jesuítas de Douai, acreditando-se ter sido destruído na Revolução Francesa. George Conn, autor do livro «De duplici statu religionis apud Scots» (Roma 1628), crê que o resto das relíquias, assim como as do seu marido, o rei Malcolm, foram compradas por Filipe II da Espanha e postas em duas urnas no Escorial. Mas quando, no século XIX, o Bispo Gillies de Edimburgo pediu pelo Papa Pio IX sua devolução, não foram encontradas.

Igrejas

Algumas das igrejas dedicadas a Margarida:

Instituições de ensino

Algumas das instituições de ensino nomeadas em honra a Margarida:

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c d Rosewell, Roger (2017). Saints, Shrines and Pilgrims (em inglês). Londres: Bloomsbury Publishing. p. 107. ISBN 9781784421991
  2. ↑ Ir para:a b c Bezan, Jesse; Mountin, Andrew; Thurow-Mountin, Jena (2021). Living Word 2021–2022: Sunday Gospel Reflections and Actions for Teens (em inglês). Chicago: Liturgy Training Publications. p. 62. ISBN 9781616716165

Ligações externas

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Precedido por
Ingibiorg Finnsdottir
Rainha da Escócia
1070 – 13 de novembro de 1093
Sucedido por
Etelreda da Nortúmbria
(possivelmente)

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