segunda-feira, 5 de setembro de 2022

MADRE TERESA DE CALCUTÁ - (SANTA) - 5 DE SETEMBRO DE 2022

 

Madre Teresa de Calcutá

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Teresa de Calcutá
Madre, Santa de Calcutá e Fundadora das Missionárias da Caridade
NascimentoÜsküpVilaiete do KosovoImpério Otomano
26 de agosto de 1910
MorteCalcutáÍndia 
5 de setembro de 1997 (87 anos)
Nome nascimentoAnjezë Gonxhe Bojaxhiu
Nome religiosoMadre Teresa de Calcutá
ProgenitoresMãe: Dranafile Bernai
Pai: Nikollë Bojaxhiu
Veneração porIgreja Católica.
Igreja Episcopal Anglicana do Brasil.[1]
Beatificação19 de outubro de 2003
Roma
por Papa João Paulo II
Canonização4 de setembro de 2016
Roma
por Papa Francisco
Principal temploTemplo das Missionárias da Caridade
Festa litúrgica5 de setembro
Padroeirapobres e incapacitados
Gloriole.svg Portal dos Santos

Anjezë Gonxhe Bojaxhiu M.C. (Skopje26 de agosto de 1910 — Calcutá5 de setembro de 1997), conhecida como Madre Teresa de Calcutá ou Santa Teresa de Calcutá, foi uma religiosa católica de etnia albanesa naturalizada indiana, fundadora da congregação das Missionárias da Caridade, cujo carisma é o serviço aos mais pobres dos pobres[2] por meio da vivência do Evangelho de Jesus Cristo. Em 2015, a congregação fundada por ela contava com mais de 5 mil membros em 139 países.[2] Por seu serviço aos pobres, tornou-se conhecida ainda em vida pelo codinome de "Santa das Sarjetas".

Madre Teresa teve o seu trabalho reconhecido ao longo da vida por instituições dentro e fora da Índia, recebendo o Prêmio Nobel da Paz em 1979.[3] É considerada por alguns como a missionária do século XX. Foi beatificada em 2003 pelo Papa João Paulo II e canonizada em 2016 pelo Papa Francisco na Praça de São Pedro, no Vaticano.

Apesar do reconhecimento internacional, Madre Teresa foi criticada pelas condições das casas dos moribundos de quem ela cuidava.[4][5] Christopher Hitchens,[6][7] Michael ParentiAroup Chatterjee e o Conselho Mundial Hindu destacaram-se nas críticas a Madre Teresa. Alguns estudos sugerem que a sua imagem de pessoa caridosa e humanitária seja um mito.[8][9]

Biografia

Casa memorial de Madre Teresa na Macedônia do Norte.

Madre Teresa de Calcutá nasceu em 26 de agosto de 1910, em Üsküp, então capital do Vilayet do Kosovo, subdivisão do Império Otomano. Tinha pais albaneses, numa família de três filhos, sendo duas moças e um rapaz. Seus pais eram Nikollë Bojaxhiu e Dranafile Bernai. Considerava 27 de agosto, o dia em que foi batizada, como o seu "verdadeiro aniversário". Sua cidade natal é hoje a atual Skopje, capital da Macedônia do Norte.[10]

Começou por fazer votos aos 18 anos nas Irmãs de Nossa Senhora do Loreto (Instituto Beatíssima Virgem Maria), na Irlanda, onde viveu por pouco tempo.[11]

Várias décadas depois, em 1965, a Santa Sé aprovou a Congregação Missionárias da Caridade e, entre 1968 e 1989, estabeleceu a sua presença missionária em países como AlbâniaRússiaCubaCanadáPalestinaBangladeshAustráliaEstados Unidos da AméricaCeilãoItália, antiga União Soviética e China.[carece de fontes]

A ela é atribuída a citação: "Não usemos bombas nem armas para conquistar o mundo. Usemos o amor e a compaixão. A paz começa com um sorriso." O reconhecimento do mundo pelo seu trabalho concretizou-se com o Prêmio Templeton, em 1973, e com o Nobel da Paz, no dia 17 de outubro de 1979.[carece de fontes]

Morreu em 1997 aos 87 anos, de ataque cardíaco, quando preparava um serviço religioso em memória da Princesa Diana de Gales, sua grande amiga, que faleceu num acidente de automóvel em Paris. Tratado como um funeral de Estado, vários foram os representantes do mundo que quiseram estar presentes para prestar homenagem. As televisões do mundo inteiro transmitiram ao vivo durante uma semana, os milhões que queriam vê-la no estádio Netaji. Encontra-se sepultada em Motherhouse ConventCalcutáBengala Ocidental na Índia.[12] No dia 19 de outubro de 2003, o Papa João Paulo II beatificou Madre Teresa de Calcutá.[carece de fontes]

O seu trabalho missionário continua através da irmã Nirmala, eleita no dia 13 de março de 1997 como sua sucessora.[carece de fontes]

Fase não teísta

Presidente da Itália Sandro Pertini recebendo Madre Teresa, em 1978.

Uma coleção de cartas dirigidas a uns poucos conselheiros espirituais e recolhidas no livro "Madre Teresa: Venha Ser Minha Luz" (Mother Teresa: Come Be My Light) publicado em 4 de setembro de 2007, traduzido e publicado no Brasil pela editora Thomas Nelson, organizado pelo Padre Brian Kolodiejchuk, postulador da causa da sua canonização revelaram, segundo alguns, dúvidas profundas de Madre Teresa sobre sua fé em Deus, provocando discussões sobre uma possível posição agnóstica.[13]

Madre Teresa, em suas cartas, descreveu como sentia falta de respostas de Deus.[14] Em 1956 escreveu: "Tão profunda ânsia por Deus - e ... repulsa - vazio - sem fé - sem amor - sem fervor. Almas não atrai - O céu não significa nada - reze por mim para que eu continue sorrindo para Ele apesar de tudo." Em 1959: "Se não houver Deus - não pode haver alma - se não houver alma então, Jesus - Você também não é real."[14]

Uma de suas cartas ao Padre Neuner dizia: "Pela primeira vez ao longo de 11 anos - cheguei a amar a escuridão. - Pois agora acredito que é parte, uma parte muito, muito pequena da escuridão e da dor de Jesus neste mundo. O Senhor ensinou-me a aceitá-la [como] um 'lado espiritual de sua obra', como escreveu. - Hoje senti realmente uma profunda alegria - que Jesus já não pode passar pela agonia - mas que quer passar por mim. - Abandono-me a Ele mais do que nunca. - Sim - mais do que nunca estarei à disposição".[15][16]

No entanto, o texto de suas cartas não afetou a campanha por sua santificação, já que a Igreja defende que outros santos também demonstraram dúvidas em relação a sua fé, como por exemplo São Tomé.[14]

  • A crise espiritual.

Segundo o postulador da causa da canonização de Madre Teresa e autor do livro, a sua crise espiritual começou nos anos 50, logo após a fundação da ordem das Missionárias da Caridade; a partir daí "viveu uma grande fase de escuridão interior que se prolongou até a sua morte". "Sabia que estava unida a Deus, mas não conseguia sentir nada".[17] Este fenômeno é conhecido na tradição e na teologia mística cristã, e foi São João da Cruz quem o chamou de noite escura do espírito, o que considera uma etapa no caminho de alguns santos no caminho de identificação com Deus.

  • Silêncio divino.

Bento XVI comentando as cartas disse que este silêncio serve para que os crentes percebam a situação daqueles que não acreditam em Deus. Falando sobre as experiências místicas da beata disse que "tudo aquilo que já sabíamos se mostra agora ainda mais abertamente: com toda a sua caridade, a sua força de fé, Madre Teresa sofria com o silêncio de Deus".[18]

  • Antídoto contra o sentimentalismo.

Kolodiejchuk enxerga na atitude da beata um antídoto contra o sentimentalismo: "A tendência em nossa vida espiritual, e também na atitude mais geral relativamente ao amor, é que o que conta são os nossos sentimentos. Assim a totalidade do amor é o que sentimos. Mas o amor autêntico a alguém requer o compromisso, fidelidade e vulnerabilidade. Madre Teresa não "sentia" o amor de Cristo, e poderia ter cortado, mas levantava-se às 4h30min. cada manhã por Jesus e era capaz de escrever-lhe: Tua felicidade é o único que quero. Este é um poderoso exemplo, inclusive em termos não puramente religiosos."[19]

Beatificação e canonização

Foi beatificada em 19 de outubro de 2003, devido ao milagre ocorrido com Monica Besra, uma indiana que terá sido curada de um tumor no estômago de forma inexplicável, graça que foi atribuída à intercessão de Madre Teresa de Calcutá.[20]

Papa Francisco proclamou Madre Teresa de Calcutá como santa no Jubileu da Misericórdia, em 4 de setembro de 2016. A canonização aconteceu depois de a Igreja Católica ter aprovado, por unanimidade, a cura extraordinária do brasileiro Marcílio Haddad Andrino em 2008,[21] que se encontrava em coma devido a abscessos no cérebro e hidrocefalia. Apesar de sua discrição e de evitar entrevistas, ele participou da cerimônia de canonização.[22][23]

Títulos e homenagens

Presidente Reagan presenteando a Madre Teresa com Medalha Presidencial da Liberdade em 1985.
Deus Caritas Est

O Papa Bento XVI na sua encíclica Deus caritas est, de 25 de dezembro de 2005, "sobre o amor cristão", cita Madre Teresa como exemplo de pessoa de oração e ao mesmo tempo de fé operativa:

A piedade não afrouxa a luta contra a pobreza ou mesmo contra a miséria do próximo. A beata Teresa de Calcutá é um exemplo evidentíssimo do fato que o tempo dedicado a Deus na oração não só não lesa a eficácia nem a operosidade do amor ao próximo, mas é realmente a sua fonte inexaurível. Na sua carta para a Quaresma de 1996, essa beata escrevia aos seus colaboradores leigos: 'Nós precisamos desta união íntima com Deus na nossa vida cotidiana. E como poderemos obtê-la? Através da oração.[28]

Marca registrada

Em 2016, o hábito de Madre Teresa, tida como imagem indissociável de sua figura, um sári branco com três listas azuis, foi registrado junto ao Departamento de Patentes da Índia visando evitar o uso comercial indevido. Este é o primeiro caso de copyright de uma vestimenta religiosa no mundo.[29][30]

O hábito foi usado pela primeira vez por Madre Teresa em 1948, e, durante mais de três décadas, os tecidos foram desenvolvidos por doentes com lepra, que viviam em habitações sob alçada da ordem das Missionárias da Caridade, nas imediações de Calcutá.[31][30]

Críticas e controvérsias

Ver artigo principal: Críticas a Madre Teresa

Os Críticos de Madre Teresa, nominalmente Christopher HitchensAroup Chatterjee e Robin Fox, argumentam que sua organização fornecia ajuda abaixo dos padrões e possuía como interesse primário a conversão de pessoas à beira da morte para o Catolicismo. Além disso, afirmam que Madre Teresa teria usado as doações que recebeu para atividades missionárias em outros lugares, em vez de gastar na melhoria do padrão de ajuda médica de sua fundação. Esses críticos colocaram objeções fortes às virtudes de Madre Teresa e têm recebido a atenção de um número cada vez maior de pessoas.[5]

Em 1994, Hitchens publicou um artigo no The Nation intitulado "O Demônio de Calcutá". Para ele, as próprias palavras de Madre Teresa a respeito da pobreza provam que "suas intenções não eram de ajudar as pessoas". Chegou a afirmar, inclusive, que Madre Teresa mentiu a certos doadores sobre o destino de suas contribuições. Hitchens também foi a única testemunha chamada pelo Vaticano para fornecer evidências contra a beatificação e canonização de Madre Teresa.[32]

Outro crítico feroz, o Dr. Aroup Chatterjee (autor de Madre Teresa: O Veredito Final, 2003), afirma que a imagem pública que Madre Teresa possui enquanto protetora dos pobres e enfermos é deturpada. Ele afirma categoricamente que o número de pessoas que realmente recebem auxílio da ordem das Missionárias da Caridade não chega perto do que os ocidentais são levados a acreditar.[33]

Cinema e literatura

  • Madre Teresa é o tema do filme-documentário (1969) e do livro Algo bonito por Deus (1971) de Malcolm Muggeridge.
  • Em 1994 ela foi o tema do documentário Anjo do Inferno, de Christopher Hitchens e Tariq Ali, exibido no Channel 4 da Inglaterra.
  • Madre Teresa: Em Nome dos Pobres de Deus é um filme de 1997 dirigido por Kevin Connor estrelado por Geraldine Chaplin. Ganhou em 1998 o prêmio Art Film Festival.
  • A vida de Madre Teresa foi retratada em 2003 em minissérie de televisão italiana Madre Teresa, estrelada por Olivia Hussey como Madre Teresa. Posteriormente, foi lançado internacionalmente como um filme de televisão Madre Teresa de Calcutá e recebeu o Prêmio Camie em 2007.
  • The Letters2014 ‧ Drama/Filme biográfico ‧ Um drama que explora a vida de Madre Teresa através de cartas que ela escreveu ao seu amigo e conselheiro espiritual, Padre Celeste van Exem, ao longo de um período de aproximadamente cinquenta anos.

Referências

  1.  "Normas para o Ano Cristão". Igreja Episcopal Anglicana do Brasil. 27 de novembro 2014. Disponível em: [1]. Página visitada em 20 de julho de 2015.
  2. ↑ Ir para:a b «Missionaries of Charity»www.motherteresa.org (em inglês). Consultado em 9 de dezembro de 2017
  3. ↑ Ir para:a b Madre teresa ganha Nobel da Paz - Jornal O Globo
  4.  Loudon, Mary (1 de janeiro de 1996). «Review of The Missionary Position: Mother Teresa In Theory And Practice»BMJ: British Medical Journal312 (7022): 64–65
  5. ↑ Ir para:a b Fox, Robin (1994). «Mother Theresa's care for the dying»Lancet (London, England) (em inglês). 344 (8925): 807-808. ISSN 0140-6736PMID 7818649. Consultado em 3 de setembro de 2015
  6.  Hitchens, 2012
  7.  Hitchens, 2006
  8.  Ron Dicker (2013). «Mother Teresa Humanitarian Image A 'Myth,' New Study Says»The Huffington Post (em inglês). Consultado em 1º de setembro de 2015
  9.  Larivée, Serge; Carole (1 de setembro de 2013). «Les côtés ténébreux de Mère Teresa» (requer pagamento)Studies in Religion/Sciences Religieuses (em francês). 42 (3): 319-345. ISSN 0008-4298doi:10.1177/0008429812469894. Consultado em 1º de novembro de 2015
  10.  (2002) "Mother Teresa of Calcutta (1910–1997)". Vatican News Service. Página visitada em 26 de agosto de 2012.
  11.  «Beata Teresa de Calcutá, religiosa, +1997». evangelhoquotidiano.org. Consultado em 4 de setembro de 2016
  12.  Madre Teresa de Calcutá (em inglês) no Find a Grave
  13.  The Guardian - Was Mother Teresa an atheist?
  14. ↑ Ir para:a b c Trotta, Daniel (24 de Agosto de 2007). «Cartas revelam dúvidas de madre Teresa sobre sua fé em Deus». Thomasnelson.com.br. Arquivado do original em 12 de outubro de 2008
  15.  TIME - Mother Teresa's Crisis of Faith
  16.  CBS News - Letters Reveal Mother Teresa's Secret
  17.  «Entrevista de Kolodiejchuk ao La Stampa». Cc.msnscache.com
  18.  «Papa comenta "noite escura" que viveu Madre Teresa de Calcutá»Rádio Vaticano. Noticias.cancaonova.com. 3 de setembro de 2007. Consultado em 26 de agosto de 2012
  19.  «Entrevista de Kolodiejchuk». Oraetlabora.com.br
  20.  «Papa reconhece milagre de Madre Teresa de Calcutá» (em inglês). BBC Brasil.com. 20 de dezembro de 2002. Consultado em 17 de setembro de 2010
  21.  «Brasileiro curado por milagre de Madre Teresa é identificado»O Globo. 21 de dezembro de 2015. Consultado em 24 de maio de 2016
  22.  «A vida de um 'miraculado' por Madre Teresa»O Globo. Consultado em 24 de maio de 2016
  23.  «Papa aprova canonização da madre Teresa de Calcutá»JN. Consultado em 24 de maio de 2016
  24.  Mother Teresa - In: Encyclopædia Britannica (em inglês).
  25.  Mother Teresa - Página oficial da Fundação Ramon Magsaysay.
  26.  «Carta de João Paulo II». Vaticano. 10 de dezembro de 1981. Consultado em 26 de agosto de 2012
  27.  President honors Sinatra and Mother Theresa. - Jornal The New York Times (em inglês)
  28.  Deus caritas est. nº.36
  29.  Why was Mother Teresa's uniform trademarked? - BBC
  30. ↑ Ir para:a b Hábito de Santa Teresa de Calcutá se torna marca registrada para evitar uso impróprio - Gaudium Press
  31.  Hábito de Madre Teresa de Calcutá já é marca registada - Jornal de Notícias
  32.  Hitchens, Christopher (2003). «Mommie Dearest»Slate (em inglês). ISSN 1091-2339. Consultado em 3 de setembro de 2015
  33.  Chatterjee, Aroup (2003). Mother Teresa: The Final Verdict (em inglês). [S.l.]: Meteor Books. 427 páginas. ISBN 9788188248001

Bibliografia

Ligações externas

Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Madre Teresa de Calcutá
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Precedido por
Anwar Al Sadat e Menachem Begin
Nobel da Paz
1979
Sucedido por
Adolfo Pérez Esquivel

SANTO HERCULANO DO PORTO - 5 DE SETEMBRO DE 2022

 

Herculano de Porto

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Santo Herculano de Porto (f. ca. 180 em Portus Romae) foi um mártir e santo cristão.[1]

Sobre Herculano pouco se conhece. Velhos martirológios citam um Taurinus como companheiro. O martírio provavelmente ocorreu em Portus Romae (Porto) próximo a Óstia, contudo conjetura o bolandista Stilting, que Herculano na verdade teria sido executado juntamente ao Santo Censurino em Óstia e somente sepultado em Portus Romae.

O dia consagrado a Santo Herculano de Porto é 5 de setembro.

Referências

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SÃO VITORINO - 5 DE SETEMBRO DE ,2022

 

Vitorino de Pettau

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Vitorino (desambiguação).
São Vitorino de Pettau
São Vitorino de Pettau
Bispo e Mártir
NascimentoTalvez na Grécia 
Desconhecida
MortePetóvio (ou Pettau, atual Ptuj
c. 303 ou 304
Veneração porIgreja Católica
Igreja Ortodoxa
Festa litúrgica2 de Novembro
AtribuiçõesPalmas, Vestes episcopais
Gloriole.svg Portal dos Santos

Vitorino de Pettau (em latimVictorinus Petavionensis) foi um escritor eclesiástico primitivo muito famoso por volta do ano de 270 e que foi martirizado durante as perseguições do imperador Diocleciano. Um bispo de Petóvio (em eslovenoPtuj; em alemãoPettau) na Panônia e também chamado de Victorino de Ptuj ou Victorino de Pettau em fontes mais antigas.[1]

Vida e obras

Nascido provavelmente na Grécia, nos confins do Império Romano ou em Petóvio, que tinha uma população bastante heterogênea em função de sua característica militar. Vitório falava grego melhor que latim, o que explicaria por que, na opinião de Jerônimo, seus trabalhos escritos em latim serem mais importantes pelo conteúdo que pelo estilo em De Viris Illustribus, capítulo 74[2]. Ele foi o primeiro teólogo a usar latim em sua exegese e um dos primeiros padres da Igreja a condenar os pré-milenaristas.

Suas obras foram listadas entre os livros apócrifos no decreto - posteriormente atribuído ao bispo de Roma Gelásio - que os excluiu e anatemizou juntamente com o de muitos padres do cristianismo primitivo mais antigo, o Decretum Gelasianum. Isso significa dizer que suas obras não estão livres de erros [3]. Na linha oposta, Jerônimo o honra colocando-o numa lista de diversos outros escritores veneráveis[2]. Ainda segundo ele, Vitório compôs comentários sobre vários livros da Bíblia, além de tratados combatendo as heresias de seu tempo[1].

Todos os seus trabalhos desapareceram, exceto seu comentário sobre o Apocalipse e um pequeno tratado sobre "A construção do mundo" (De fabrica mundi). Muitos estudiosos concordam que estes textos são realmente autênticas obras dele[1]. A edição de Jacques Paul Migne em Patrologia Latina (livro V, 301-44 de 1844) não deve mais ser considerada como confiável desde a descoberta de um importante códice por Haussleiter (editado no Corpus Scriptorum Ecclesiasticorum Latinorum - CSEL - 49, 1916) e atualizado para a obra-referência atual de M. Dulaey (SCh 421 - 1997).

Comentário sobre o Apocalipse

Por meio de uma visão geral muito breve, em seu Comentário sobre o Apocalipse, Vitorino entendeu as sete igrejas abordadas no Livro do Apocalipse como representantes de sete tipos de cristãos, e os sete selos do Apocalipse 5-8 como uma profecia da dissipação do Evangelho pelo mundo. Ele diz que a segunda vinda de Cristo e o Apocalipse subsequente seriam prenunciados por guerras, fome e perseguição à Igreja. O cavaleiro coroado dos quatro cavaleiros, que está sentado no cavalo branco (Apocalipse 6:1-8), é visto por Vitorino como a Igreja avançando em seu triunfo sobre o paganismo, enquanto os cavalos vermelhos, pretos e amarelos são compreendidos como representações das guerras, fomes e destruições aparentes no tempo do Anticristo. O dragão vermelho de sete cabeças de Apocalipse 12 é interpretado como o Império Romano, que por si só traz o Anticristo no fim dos tempos. O Anticristo aparece na grande batalha no céu e é expulso para a terra onde ele domina após os três anos e meio de pregação do profeta Elias. Elias e Jeremias são considerados o primeiro e o segundo anjos mencionados em Apocalipse 14, e anteciparam o tempo antes da segunda vinda de Cristo. A besta leopardo em Apocalipse 13 é então interpretada como o reino do Anticristo.[4]

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c Wikisource-logo.svg "St. Victorinus" na edição de 1913 da Enciclopédia Católica (em inglês). Em domínio público.
  2. ↑ Ir para:a b Wikisource-logo.svg "De Viris Illustribus - Victorinus the bishop", em inglês.
  3.  «Decretum Gelasianum» (em inglês). Consultado em 10 de setembro de 2010
  4.  Fowler, Kimberley (29 de setembro de 2017). «Victorinus of Pettau, Commentary on the Apocalypse of the Blessed John XVII.1-16»www.judaism-and-rome.org (em inglês). Consultado em 10 de fevereiro de 2021

Bibliografia

Obras completas de Vitório de Pettau:

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