domingo, 5 de dezembro de 2021

SÃO GERALDO DE BRAGA _ 5 DE DEZEMBRO DE 2021

 

Geraldo de Braga

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de São Geraldo de Braga)
Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja São Geraldo.
São Geraldo de Braga, O.S.B.
Estátua de São Geraldo na Sé Catedral de Braga
Arcebispo de Braga
NascimentoCahorsGasconha 
Século XI
MorteBornes 
5 de dezembro de 1108
Veneração porIgreja Católica
Beatificação
Canonização
Principal temploSé Catedral de Braga, onde está sepultado.
Festa litúrgica5 de dezembro
PadroeiroCidade de Braga
Gloriole.svg Portal dos Santos

São Geraldopadroeiro da cidade de Braga, nasceu na Gasconha, de uma família nobre, professou entre os beneditinos do mosteiro clunisino de Moissac, onde desempenhou os cargos de bibliotecário, mestre dos oblatos e cantor, e depois foi arcebispo de Braga, tendo falecido em 1108.

História

O bispo Bernardo de Toledo conseguiu levá-lo para a sua catedral para aí exercer as funções de mestre e de cantor.

Em 1100, viajou a Roma para obter do Papa Pascoal II a dignidade metropolítica para a Sé de Braga a título definitivo. A autonomia eclesiástica de Braga seria o prenúncio da independência do Condado Portucalense.

Em 1103, dirigiu-se novamente a Roma, obtendo confirmação da juridisção sobre todas as dioceses da Galiza - AstorgaMondoñedoOurense e Tui - e ainda, em Portugal, sobre o PortoCoimbraLamego e Viseu.

Teve um governo curto mas intenso, em que levou a efeito um conjunto de reformas a nível eclesiástico, moral e administrativo, reorganizando a escola da catedral e o cabido, continuando as obras da Sé, recuperando bens eclesiásticos usurpados e reformando o culto e a liturgia com a introdução do rito romano, conseguindo ultrapassar os focos de resistência anti-romana na sua diocese.

Morreu em 5 de Dezembro de 1108 em Bornes, concelho de Vila Pouca de Aguiar, estando sepultado na Capela de São Geraldo, na Sé Catedral de Braga.

Sucedeu-lhe Maurício Burdino, personalidade porventura mais maleável, já que durante o exercício das suas funções não se verificaram conflitos graves com os seus diocesanos de Coimbra e Braga.

Ver também

Precedido por
Pedro de Braga
Brasão arquiepiscopal
Arcebispo Primaz de Braga

1096 - 1108
Sucedido por
Maurício Burdino

Ligações externas

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SÃO FRUTUOSO DE BRAGA - 5 DE DEZEMBRO DE 2021

 

Frutuoso de Braga

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de São Frutuoso)
Disambig grey.svg Nota: "São Frutuoso" redireciona a este artigo. Para a capela que é Monumento Nacional português, veja Capela de São Frutuoso.
Disambig grey.svg Nota: Para o mártir e primeiro bispo de Tarragona, veja Frutuoso de Tarragona.
Frutuoso de Braga
São Frutuoso, na Galeria dos Arcebispos de Braga
Arcebispo de BragaConfessor
NascimentoAstorgaReino Visigótico[1] 
Século VII
MorteBraga 
16 de abril de 665
Veneração porIgreja Católica
Beatificação
Canonização
Festa litúrgica16 de abril no Calendário Romano; 5 de dezembro em Portugal; 19 de outubro na Diocese de Braga
Atribuiçõeshábito de monge; veado
PadroeiroArquidiocese de Braga (orago menor)
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Frutuoso de Braga ou Frutuoso de Dume (em latimFructuosus) foi um monge e bispo godo do século VII, venerado como santo.

Vida

A história da sua vida chega-nos via São Valério, um dos seus discípulos, monge copista e escritor, que a escreveu imediatamente após a sua morte. Na obra Vita Sancti Fructuosi destacam-se quase exclusivamente os aspectos da vida monástica do biografado, omitindo a sua actuação como bispo e sua intervenção na vida civil e religiosa do Reino Visigótico que, certamente, terão tido grande importância no seio dos godos hispânicos.

arcebispo de Compostela Diego Gelmírez, no ano 1102, foi o responsável pelo roubo do corpo enquanto relíquia, de Dume, em Braga, para Santiago, onde foi enterrado solenemente na cripta da catedral. A catedral de Compostela celebra a solenidade litúrgica dessa transladação, acto que veio a ser designado por "Pio latrocínio", a 16 de dezembro.

Actualmente, as relíquias podem ser veneradas no seu local original, tendo sido apenas devolvidas por Santiago de Compostela em 1966, 864 anos depois.

O culto e a espiritualidade

A importância de Frutuoso para compreender a espiritualidade da Hispânia visigótica é fundamental. Foi padre no monasticismo hispânico, viajante infatigável, fundador de inúmeros mosteiros, venerador de duas regras monásticas, a Regra Monachorum e a Regra Monastica Communis - que se podem considerar como as mais tipicamente hispâncias do monasticismo peninsular. Depois dele, ainda persistiram outras regras europeias, mesmo nos próprios centros frutuosianos, particularmente a Beneditina; não obstante, muitos dos mosteiros fundados por Frutuoso subsistiram até épocas recentes. Frutuoso, conhecedor do monasticismo oriental, das regras europeias e das normas isidorianas, refundiu-as todas dotando-lhes uma originalidade tal que, frente ao latente latinismo da Regra de São Isidoro, podem ser consideradas reflexo de um carácter hispânico que se identificou com o espírito bárbaro dos visigodos.

Em Braga, é venerado na Capela de São Frutuoso bem como na Sé Catedral.

Referências

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Bibliografia

  • «Fructuoso de Braga» (em espanhol), na Wikipédia em castelhano.
  • VALERIO, Vita Sancti Fructuosi, ed. C. NOCK, Washington 1946;

Precedido por
Potâmio
Bispo de Braga
(39.º)

656 – 660
Suced

SÃO MARTINHO DE DUME - 5 DE DEZEMBRO DE 2021

 

Martinho de Dume

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
São Martinho de Dume
Representação de São Martinho de Dume numa miniatura do Códice Albeldensis, c. 976 (Biblioteca do Mosteiro de San Lorenzo de El EscorialMadrid). À esquerda, junto da cabeça do santo, pode-se ler Martinus episcopus bracarensis.
Nascimento 
518
MorteBracara Augusta 
20 de março de 579 (61 anos)
Beatificação
Canonização
Festa litúrgica20 de março em Portugal e na Igreja Ortodoxa5 de dezembro no Calendário Romano; 22 de outubro na Diocese de Braga
PadroeiroDiocese de Braga
Gloriole.svg Portal dos Santos

Martinho de Dume ou Martinho de Braga (Panónia, c.510/5 – Braga, 579/80), também conhecido como Martinho DumienseMartinho Bracarense ou Martinho da Panónia, foi um bispo de Braga e de Dume considerado santo pela Igreja Católica e pela Igreja Ortodoxa.[1] Martinho nasceu na Panónia, actual Hungria, no século VI. É conhecido como o "apóstolo dos suevos", por ser considerado o maior responsável pela sua conversão do arianismo ao catolicismo. Também é conhecido por nominar os dias da semana em língua portuguesa.[2]

Biografia

Estudou grego e ciências eclesiásticas no Oriente. De volta ao Ocidente, dirigiu-se para Roma e para a França, para continuar os estudos,[3] onde visitou o túmulo do seu conterrâneo Martinho de Tours.

Estabeleceu um mosteiro em Dume, uma aldeia das proximidades de Bracara Augusta, a partir do qual começou a irradiar a sua pregação. Estabeleceu a Diocese de Dume (caso único na história cristã – confinada ao referido Mosteiro de Dume a que presidia), da qual foi primeiro bispo, em 556.[3] Depois, por vacatura da diocese bracarense, em 569, foi feito metropolita dessa região de Braga, então capital do Reino Suevo. Consta na tradição e documentos que ele mesmo fundou a igreja e mosteiro de São Martinho de Tours, em Cedofeita, Porto. Esta cidade era um importante posto militar e administrativo suevo.

Reuniu o Concílio de Braga em 563, tendo proibido que se cantassem muito dos hinos e cantos de carácter popular que estavam incluídos nas missas e noutras celebrações. Ao longo dos anos, a música litúrgica foi sendo fixada no Cantochão, mas o povo, apoiado num substrato musical muito antigo, apoderou-se de alguns destes cânticos da Igreja e popularizou-os, dando-lhes a sua interpretação própria.

Para além de batalhador pela ortodoxia contra os arianos, foi também um fecundo escritor. Entre as principais obras, citamos: Escritos canônicos e litúrgicos. Destacou-se também como tradutor (designadamente, dos Pensamentos dos padres egípcios).

Estátua de S. Martinho de Dume

Martinho de Dume é também uma figura de capital importância para a história da cultura e língua portuguesas; de facto, considerando indigno de bons cristãos que se continuasse a chamar os dias da semana pelos nomes latinos pagãos de Lunae dies, Martis dies, Mercurii dies, Jovis dies, Veneris dies, Saturni dies e Solis dies, foi o primeiro a usar a terminologia eclesiástica para os designar (Feria secunda, Feria tertia, Feria quarta, Feria quinta, Feria sexta, Sabbatum, Dominica Dies), donde os modernos dias em língua portuguesa (segunda-feiraterça-feiraquarta-feiraquinta-feirasexta-feirasábado e domingo), caso único entre as línguas novilatinas, dado ter sido a única a substituir inteiramente a terminologia pagã pela terminologia cristã.

Isto explica o facto de os mais antigos documentos redigidos em português, fortemente influenciados por este latim eclesiástico, não terem qualquer vestígio da velha designação romana dos dias da semana, prova da forte acção desenvolvida por Martinho e seus sucessores na substituição dos nomes.

Martinho tentou também substituir os nomes dos planetas, mas aí já não foi tão bem sucedido, pelo que ainda hoje os chamamos pelos seus nomes clássicos pagãos.[carece de fontes]

Morreu no dia 20 de março de 579 e foi sepultado na catedral de Dúmio. Para si compôs o seguinte epitáfio: Nascido na Panônia, atravessando vastos mares, impelido por sinais divinos para o seio da Galiza, sagrado bispo nesta tua igreja, ó Martinho confessor, nela instituí o culto e a celebração da missa. Tendo-te seguido, ó patrono, eu, o teu servo Martinho, igual em nome que não em mérito, repouso agora aqui na paz de Cristo.

Obras

Túmulo de São Martinho de Dume, em Braga
  • Pro Repellenda Iactantia (Em favor da jactância que deve ser repelida)
  • Item de superbia (Acerca da soberba)
  • Exhortatio humilitatis (Exortação da humildade)
  • Sententiae Patrum Aegyptiorum (Sentenças dos Padres Egípcios)
  • De ira (Da Ira)
  • De correctione rusticorum (Da Correcção dos rústicos)
  • Formula vitae honestae (Fórmula da vida honesta)

Referências

  1.  Sanidopoulos, John. «Saint Martin of Braga»Mystagogy Resource Center (em inglês)
  2.  Richard A. Fletcher (1999). The Barbarian Conversion: From Paganism to Christianity. [S.l.]: University of California Press. p. 257. ISBN 978-0-520-21859-8
  3. ↑ Ir para:a b São Martinho de Dume, bispo, +579, evangelhoquotidiano.org

Bibliografia

  • CALAFATE, Pedro – História do Pensamento Filosófico Português, Idade Média (Vol. I)
  • COSTA, Avelino de Jesus - S. Martinho de Dume, (XIV Centenário da sua chegada à Península). Braga, Ed. Cenáculo, 1950.

Cota: HG 5.460 (10) V

  • SILVA, Lúcio Craveiro da - Estudos de cultura portuguesa, Braga, Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho, 2002 (biografias São Martinho de Dume, D. Diogo de Sousa, Francisco Sanches, Cassiano Abranches, Bacelar e Oliveira e Júlio Fragata)
  • SOARES, Luís Ribeiro - A linhagem cultural de S. Martinho de Dume, Lisboa, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1997.

Cota: BPB 152.020

Ver também

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