segunda-feira, 2 de março de 2015

O ESTADO DO ESTADO DE DIREITO - 2 DE MARÇO DE 2015


O ESTADO DO ESTADO DE DIREITO
Miguel Sousa Tavares | Expresso/Semanário | 28.02.2015
Uma amiga minha, amiga verdadeira, aconselhou-me, há dois meses, a não escrever mais sobre José Sócrates, porque “fazeres a defesa dele agora arruína toda a credibilidade que conquistaste para ti”. Durante dois meses, de facto, não escrevi — não porque o conselho dela me tenha parecido adequado, mas porque, depois de ter criticado as circunstâncias em que se verificou a sua prisão, os pressupostos em que assentou a decisão de prisão preventiva e a escabrosa campanha de linchamento popular em alguns jornais, entendi que era altura de ficar à espera para ver como evoluía o processo. Passado este tempo, e numa altura em que a lei manda que o juiz de instrução reveja a situação, também eu vou fazer idêntico exercício.
Fazendo-o, sou obrigado a reconhecer que a conveniência e a prudência nunca foram virtudes de que me possa gabar. Mas se “fazer a defesa de José Sócrates” (que não é o que eu faço, mas já lá irei) não é conveniente nem prudente e pode arruinar a minha “credibilidade”, qualquer que ela seja, vejo-o como um dano colateral: pagam-me para dizer o que penso. E mal andaria o mundo (e anda!), se, justamente quando é mais difícil remar contra a verdade e a justiça estabelecidas, todos optassem pela prudência e pela conveniência. Quem defenderia aquilo ou aqueles cuja defesa é inconveniente?
Três meses depois, o meu ponto de partida é o mesmo de então: não sei, não faço ideia e não tenho maneira de saber se as gravíssimas acusações que pendem sobre José Sócrates são verdadeiras ou falsas. Mas não é isso que está em causa agora: eu não faço a defesa de José Sócrates, faço a análise sobre as circunstâncias da sua prisão preventiva e de tudo o que tem acontecido à volta dela. Não é a inocência ou a culpabilidade de José Sócrates — que só se apurará em julgamento — que agora interessa: é o funcionamento do Estado de direito. E isso não é coisa pouca.
Creio que uma imensa maioria dos portugueses julgará, nesta altura, que José Sócrates está muito bem preso. E por três ordens de razões diversas: uns, porque abominam politicamente Sócrates e acreditam que foi ele sozinho que criou 170 mil milhões de dívida pública (hoje, 224 mil milhões), assim conduzindo o país à ruína; outros, porque acreditam que o “Correio da Manhã”, o “Sol” ou o “i” são uma fonte credível de informação e, portanto, já nem precisam de julgamento algum em tribunal, porque a sentença já está dada; e outros, porque, mesmo não emprenhando pelos ouvidos dos pasquins ao serviço da acusação, acreditam mesmo na culpabilidade de Sócrates e, por isso, a sua prisão preventiva parece-lhes aceitável. Porém, nenhum destes três grupos tem razão: o primeiro, porque confunde um julgamento político com um julgamento penal, assim fazendo de Sócrates um preso político; o segundo, porque prescinde de um princípio básico de qualquer sistema de justiça, que é o do contraditório e do direito à defesa do acusado: basta-lhes a tese da acusação para se darem por elucidados e satisfeitos; e o terceiro, porque ignora a diferença fundamental entre a fase de inquérito processual e a fase de julgamento. O erro destes últimos (que são os únicos sérios na sua apreciação) é esquecer que a presunção ou convicção de culpabilidade do arguido por parte do juiz de instrução, as suspeitas, os indícios ou as provas que o processo possa conter, não servem de fundamento à prisão preventiva. Se assim fosse, a fase de inquérito seria um pré-julgamento, com uma pré-sentença e uma pena anterior à condenação em julgamento: a pena de prisão preventiva. Que é coisa que a lei não prevê nem consente e que, a meu ver, é aquilo que o juiz Carlos Alexandre aplicou a José Sócrates e a Carlos Santos Silva.
A lei consente apenas quatro casos em que o juiz de instrução pode decretar a prisão preventiva de um arguido: a destruição de provas, a perturbação do processo, o perigo de fuga ou o alarme social causado pela permanência em liberdade. Sendo esta a medida preventiva mais grave e de carácter absolutamente excepcional (visto que se está a enfiar na prisão quem ainda não foi julgado e pode muito bem estar inocente), a liberdade de decisão do juiz está taxativamente limitada a estas quatro situações e nada mais. Não interessa rigorosamente nada que o juiz possa estar absolutamente convencido da culpabilidade do arguido: ou existe alguma daquelas quatro situações ou a prisão preventiva é ilegal. (E convém recordar que, ao contrário daquilo que as pessoas foram levadas a crer, o juiz de instrução não é parte acusatória, mas sim equidistante entre as partes: cabe-lhe zelar tanto pela funcionalidade da acusação como pelos direitos do arguido).
A esta luz, é difícil ou impossível enxergar em qual dos quatros fundamentos se abrigará Carlos Alexandre para manter Sócrates e Santos Silva em prisão preventiva. O perigo de destruição de provas é insustentável, depois de revistadas as casas dos arguidos, apreendidos os computadores, escutadas as chamadas telefónicas durante mais de um ano. O perigo de perturbação do processo (“fabricando contratos”, como foi veiculado para a imprensa) tanto pode ser consumado em casa como na prisão, através do advogado ou por outros meios. O perigo de fuga, para quem se entregou voluntariamente à prisão, tem o passaporte apreendido e pode ser mantido sob vigilância visual e de pulseira electrónica em casa, só pode ser invocado de má fé. E o alarme social, só se for nas páginas do “Correio da Manhã”. A avaliar por aquilo que nos tem sido gentilmente divulgado, o dr. Carlos Alexandre não tem uma razão válida para manter os arguidos em prisão preventiva. E mais arrepiante tudo fica quando se torna evidente que o motorista de Sócrates só foi preso para ver se falava, e foi solto, ou porque disse o que o MP queria (verdadeiro ou falso) ou porque perceberam que não tinha nada para dizer. Ou quando a SIC, citando fontes do processo, nos conta que uma das razões para que a prisão preventiva de Carlos Silva fosse prorrogada por mais três meses foi o facto de ele não ter prestado quaisquer declarações quando chamado a segundo interrogatório por Rosário Teixeira. Se isto é verdade, quer dizer que estes presos preventivos não o foram apenas para facilitar a investigação (o que já seria grave), mas para ver se a prisão os fazia falar. Nada que cause estranheza a quem costuma acompanhar os processos-crime, onde a auto-incriminação dos suspeitos — por escutas ou por confissão — é quase o único método investigatório que a incompetência do MP cultiva (e, depois da transcrição da escuta feita a Paulo Portas no processo dos submarinos, ficámos a saber que a incompetência pode não ser apenas inocente, mas malévola e orientada).
Dizem-nos agora os suspeitos habituais que a prorrogação da prisão preventiva daqueles dois arguidos, requerida pelo MP e fatalmente acompanhada pelo juiz, se ficará a dever à chegada de novos factos ou novas “provas” ao processo — o que, em si mesmo, contradiz o fundamento da prisão baseado em potencial destruição de provas. Pior ainda é se essas tais “novas provas” não são mais, como consta noutras fontes, do que os dados bancários da conta de Santos Silva na Suíça, cuja chegada ao processo o MP terá atrasado deliberadamente durante um ano, justamente para as poder usar no timing adequado para fundamentar a prorrogação da prisão preventiva. Porque ninguém duvida de que tanto o procurador como o juiz estão dispostos a levar a prisão até ao limite absurdo de um ano, sem acusação feita.
Que a tudo isto — mais a já inqualificável violação do segredo de justiça, transformado numa espécie de actividade comercial às claras — se assista em silêncio, com a procuradora-geral a assobiar ao vento e o Presidente da República, escudado na desculpa da separação de poderes, fingindo que nada disto tem a ver com o regular funcionamento das instituições, que lhe cabe garantir, enquanto se discute, nem sequer a pena ilegal de prisão preventiva, mas a pena acessória de humilhação de um homem que foi duas vezes eleito pelos portugueses para chefiar o Governo e que agora se bate pelo direito de usar as botas por ele escolhidas e ter um cachecol do Benfica na cela, é sinal do estado de cobardia cívica a que o país chegou. As coisas estão a ficar perigosas. Eu não votarei em quem não prometa pôr fim a esta paródia do Estado de direito.
Jornal Expresso SEMANÁRIO 2209, 28 de fevereiro de 2015
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  • António Fonseca
    Estou de acordo com MIGUEL SOUSA TAVARES. No entanto, apetece-me dizer só uma coisa: SERÁ QUE TUDO ISTO VAI RESULTAR EM ALGO DE ÚTIL PARA O POVO PORTUGUÊS?....

  • Estou de acordo com MIGUEL SOUSA TAVARES. 
  • No entanto, apetece-me dizer só uma coisa: 
  • SERÁ QUE TUDO ISTO VAI RESULTAR EM ALGO DE ÚTIL PARA O POVO PORTUGUÊS?....

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HYPE SCIENCE - 2 DE MARÇO DE 2015

Por que Spock?‏

Por que Spock?

 
 
10:08
 
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Para: antoniofonseca1940@hotmail.com

Por que Spock?

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OBSERVADOR - MACROSCÓPIO - 2 DE MARÇO DE 2015

Macroscópio – Poderá mesmo ocorrer de novo uma grande guerra?‏

Macroscópio – Poderá mesmo ocorrer de novo uma grande guerra?

 
 
18:58
 
 Grupos
Para: antoniofonseca40@sapo.pt



Macroscópio

Por José Manuel Fernandes, Publisher
Boa noite!

 
Vasco Pulido Valente nunca foi conhecido pelo seu optimismo. Pelo contrário. Mas o seu texto da passada sexta-feira é especialmente sombrio e pode ser assim sintetizado: “Os movimentos preliminares da III Guerra Mundial estão em curso: para o Ocidente ver – ou não ver”.
 
O historiador escrevia, naturalmente, sobre a Rússia de Putin, a qual “embarcou numa política claramente agressiva e revanchista.” Desenvolveu assim o seu argumento:
A Crimeia foi o primeiro objectivo, como já o fora para Catarina, porque o Império fica fechado ao exterior sem um porto de água quente; e o segundo foi parte da bacia do Donetsk, porque a Crimeia não serve de nada sem uma ligação fácil e segura ao coração do Império. Estaline e Hitler perceberam este ponto essencial. Putin também; e não há a sombra de uma dúvida de que não recuará. Como, tarde ou cedo, vai acabar por querer que as repúblicas bálticas voltem ao seu domínio e que a Ásia Central aceite obedientemente a sua ordem. 
 
Estas palavras foram escritas e publicadas antes do assassinato de Boris Nemtsov, o líder mais carismático da oposição democrática a Vladimir Putin. O mesmo não sucedeu com o texto que Bernard-Henri Levy publicou no Huffington Post, onde, além de definir Nemtsov como o protótipo do "anti-Putin", estabelece um perturbante paralelo com um outro assassinato ocorrido nas vésperas da I Guerra Mundial, o de Jean Jaurès. Escreve o filósofo francês em Boris Nemtsov: Alive in Death:
Nemtsov's murder resembles that of Jean Jaurès in the sense that history recalls less clearly the direct perpetrator than the ill wind that made the murder possible, a wind that, in Jaurès's France, had been blowing for years through the far right, nationalistic, and anti-Dreyfus press. Let us hope that the parallels end there. Let us hope that Boris Nemtsov's death will never come to have the retrospective meaning of the demise of the last advocate of internationalism before the catastrophe of 1914.
 
Talvez este paralelo possa parecer exagerado a muitos, mas há mais vozes a sublinhar as características muito perigosas do ambiente político que hoje se vive em Moscovo. No país de Putin não precisa ser o Kremlin a ordenar a eliminação dos seus adversários, pois a propaganda e o condicionamento da opinião pública criou legiões de fanáticos que não hesitam em tomar eles mesmos a iniciativa. Masha Gessen, uma jornalista que nasceu em Moscovo e vive hoje em Nova Iorque, chama-lhes Russia’s Army of Avengers:
In all likelihood no one in the Kremlin actually ordered the killing — and this is part of the reason Mr. Nemtsov’s murder marks the beginning of yet another new and frightening period in Russian history. The Kremlin has recently created a loose army of avengers who believe they are acting in the country’s best interests, without receiving any explicit instructions. Despite his lack of political clout, Mr. Nemtsov was a logical first target for this menacing force.
 
José Milhazes, colaborador do Observador e o melhor especialista português em temas russos, conhecia pessoalmente Nemtsov e, vivendo neste momento em Moscovo, está especialmente bem colocado para perceber a evolução do clima político. Também para ele, num texto escrito logo a seguir ao assassinato, “Receio que Putin me assassine”, notava que, “Do ponto de vista político, Putin não precisa deste tipo de acções para neutralizar a oposição ou para elevar a sua popularidade, mas sem dúvida que tem fortes responsabilidades morais pela situação de histeria bélica que se vive no país, pelo ódio diariamente dirigido pela propaganda oficial contra os opositores”.
 
Depois de testemunhar a impressionante manifestação silenciosa que, domingo, acompanhou o cortejo fúnebre, José Milhazes, em“Não nos podem fuzilar a todos”, chamou a atenção para que, mesmo sendo notável a dimensão desse protesto, isso não significa que seja grande o apoio à oposição, pois esta continua minoritária. Só que…
Para Vladimir Putin, até essa minoria é um pesadelo. O dirigente russo olha para a oposição russa e vê a multidão na Praça da Independência em Kiev que derrubou Victor Ianukovitch e, por isso, autoriza a realização de campanhas para a denegrir. É muito provável que Boris Nemtsov tenha sido vítima da campanha contra os “traidores”, a “quinta coluna do imperialismo norte-americano”, “agentes dos nazis ucranianos”, etc.
 
A ideia de que para Putin mesmo uma minoria é um pesadelo é confirmada numa análise publicada no Financial Times, How the Kremlin benefits from Boris Nemtsov’s death, Sergei Guriev, que já foi reitor da Nova Escola Económica de Moscovo, explicava como a personalidade e o passado de Nemtsov faziam dele uma ameaça especial para o regime:
Due to his past electoral success, his party was also the only truly anti-regime group that was to be legally allowed to take part in the 2016 parliamentary elections. Nemtsov’s participation in the elections would naturally have become a platform for bringing together diverse anti-Putin and pro-western opposition forces. The murder of Nemtsov has helped to solve this potential problem for the Kremlin.
 
Boris Nemtsov era, de facto, um político talentoso e corajoso. Nos dias que antecederam a sua morte deu entrevistas a pelo menos dois órgãos de imprensa internacionais – a edição polaca daNewsweek e o Financial Times – que vale a pena ler (o Observador fez aqui uma síntese da entrevista à Newsweek) e ainda à à rádio russa Ekho Mosvyat (Horas antes de ser morto, Nemtsov criticou as “políticas loucas” de Putin, escreveu-se também no Observador). Algumas passagens que vale a pena recordar:
“Agora tudo é conhecido. No início, Putin mentiu, disse que não havia tropas [na Crimeia]. Depois disse que havia. Hoje, publiquei um vídeo do cerco ao edifício – apenas um vídeo – do Conselho Supremo da Crimeia, antes dos deputados chegarem e a começarem o chamado referendo de voto livre. O vídeo mostra como as forças especiais [dos serviços secretos russos] entraram. É impossível esconder isto…”, 
Rádio Ekho Mosvyat, citada pela Observador
Russia quickly turns into a fascist state. We already have the propaganda modeled after Nazi Germany. We also have a nucleus of assault brigades, such as the SA. What else would you call this Anti-Maidan thing, this pseudo-civic initiative, which two weeks ago gathered to torpedo the anniversary of the revolution on the Maidan? Tens of thousands of mercenaries, thugs and all kinds of suspicious individuals were brought to Moscow. They tried to intimidate us. (…) As in Hitler’s Germany. And that’s just the beginning.
Newsweek
Putin is very dangerous. He is more dangerous than the Soviets were. In the Soviet Union, there was at least a system, and decisions were taken in the politburo. Decisions about war, decisions to kill people, were not taken by Brezhnev alone, or by Andropov either, but that’s how it works now. (…)
The people around Putin are rich and weak. There has been a selection. There is not a single bold person left who can influence him. They’ve all left to somewhere. Including [former finance minister Alexei] Kudrin, the boldest of all. So they can’t influence him, they can only adapt.
Financial Times
 
Termino este Macroscópio quase como o comecei, com uma nota de grande pessimismo. Só que agora o pessimismo de quem combateu e combate o regime de Putin, o antigo campeão de xadrez Garry Kasparov que, num artigo no Wall Street Journal –Putin’s Culture of Fear and Death – dificilmente poderia ser mais sombrio:
We cannot know exactly what horror will come next, only that there will be another and another while President Putin remains in power. The only way his rule will end is if the Russian people and the elites understand that they have no future as long as he is there. Right now, no matter how they really feel about Mr. Putin and their lives, they see him as invincible and unmovable. They see him getting his way in Ukraine, taking territory and waging war. They see him talking tough and making deals with Angela Merkel and François Hollande. They see his enemies dead in the streets of Moscow.
 
Será esta realidade – a deriva autoritária de um político perigoso que lidera uma potência nuclear – suficiente para causar um tal desequilíbrio e desestabilização que leve mesmo a uma nova guerra de grandes proporções? Ou será que a impressionante mobilização silenciosa de 70 mil moscovitas que venceram o medo e a inércia para prestarem uma última homenagem a Boris Nemtsov é o sinal de que algo pode acabar por mudar? A reflexão, tal como estas leituras, ficam com os seguidores do Macroscópio.
 
Bom descanso. 
 
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ANTÓNIO FONSECA

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