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sábado, 6 de fevereiro de 2016

PELA POSITIVA - 6 DE FEVEREIRO DE 2016


PELA POSITIVA

 
 
05:29
 
 Newsletters
Para: antoniofonseca1940@hotmail.com

PELA POSITIVA


Posted: 05 Feb 2016 04:30 PM PST
Reflexão de Georgino Rocha


«A abundância foi caminho 
para o encontro com o Senhor. 
Que bela lição!»

Pedro acaba de chegar da faina da pesca. Amarra a embarcação, limpa e enrola as redes, olha mais um vez o mar tranquilo e, apreensivo e amargado, senta-se na proa, dando largas ao “ruminar” da experiência frustrante que está a viver. Com ele, certamente os companheiros da noite aziaga. Ele, que sabia da arte, não consegue nada. Ele, homem experiente na escolha das horas e das rotas, engana-se redondamente. Ele, chefe da companha, vê-se sem nada nem para si e nem para os trabalhadores contratados. E claro para as suas famílias e os cobradores de impostos. Dura e amarga decepção que se prolonga enquanto não surge outra oportunidade! Esta não tarda, mas tem um alcance especial, simbólico.
Chega Jesus rodeado da multidão. Senta-se na sua barca, pede-lhe que se afaste e começa o ensinamento desejado. Depois diz sem rodeios: “Avança para águas mais profundas e lança as redes para a pesca”. Grande desafio que, simultaneamente, é enorme provocação. Simão Pedro vence todas as resistências interiores, supera as dúvidas e os medos, esquece o cansaço, anima os companheiros e exclama: “Em atenção à Tua palavra, vou lançar as redes”. A confiança surge do abatimento consciente qual flor mimosa do charco pantanoso.

Jesus sente-se reconfortado com esta decisão de Pedro. Traz consigo a experiência dolorosa de ser rejeitado pelos conterrâneos de Nazaré, de ameaça à sua própria vida, de correr riscos iminentes. Deixa perceber a preocupação pelo futuro do movimento que o anúncio da boa nova de Deus está a suscitar. E resolve tomar providências. Vai dar início ao discipulado, convidando homens do mar da Galileia. Quer tê-los consigo a fim de viverem uma experiência original, familiarizarem-se com o seu estilo de vida, aprenderem a novidade da mensagem e, em linguagem marítima da época, serem pescadores de homens, isto é evangelizadores a tempo inteiro e de coração liberto de todas as amarras.

A confiança de Pedro é compensada com uma pescaria abundante. A surpresa não podia ser maior. A experiência resulta em cheio. Tem de pedir socorro, de chamar a outra embarcação. E todos juntos, em solidariedade activa, saboreiam e repartem a abundância da pescaria exuberante. E todos juntos, sentem-se envolvidos por um sentimento de admiração e espanto, de temor e reverência. E Pedro, protagonista do episódio, toma a dianteira, reconhece a indignidade da sua atitude inicial e declara-se pecador arrependido. A abundância foi caminho para o encontro com o Senhor. Que bela lição!

Jesus acolhe a sinceridade desta confissão e, mais uma vez, manifesta a grandeza do seu coração misericordioso, da sua bondade sem limites, da sua forma de lançar as sementes de um futuro promissor. A partir das condições humanas, marcadas pelo limite, pela dúvida, pelo medo, pela fadiga; mas igualmente com o selo da confiança generosa e da adesão incondicional.

A abundância, que provoca a satisfação das carências dos empobrecidos, surge, repetidamente, nos Evangelhos como manifestação do “divino” no “humano”. Alguns exemplos comprovam o alcance desta afirmação: A pesca da companha de Pedro; a multiplicação dos pães; o vinho novo das bodas de Caná; a parábola do grão de mostarda; o banquete do Pai bondoso ao receber em casa o filho regressado. São mãos humanas que repartem os dons de Deus, são atitudes de solidariedade fraterna que desvendam o rosto do Pai comum, são discípulos missionários que, conscientes das desigualdades imperantes, anunciam que outro mundo é possível. E se é possível, deve ser construído. Por imperativo ético humanitário em que se espelha a mensagem que Jesus nos legou, o projecto de salvação universal. É preciso coragem resistente a toda a prova.

Eles, os pescadores da companha de Pedro e de Tiado e João, levaram as barcas para a margem, deixaram tudo e seguiram.no. Finalmente livres para novos empreendimentos, para sulcar outros mares. A confiança abre caminho à abundância, a surpresa de Deus que Jesus nos oferece. Vale a pena fazer esta experiência feliz.
Posted: 05 Feb 2016 10:42 AM PST
Crónica de Maria Donzília Almeida



«Educar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor, assim, não morre jamais...Entendo assim a tarefa primeira do educador: Dar aos alunos a razão para viver»

Rubem Alves

Fui aluna quando era bom ser professor! Fui professora quando é bom ser aluno. Nesses remotos tempos, do Magister dixit…o professor cheio de direitos, contrapunha-se ao aluno cheio de deveres. Mudaram-se os papéis e, agora, o aluno está no centro das atenções.
Hoje em dia, os professores trabalham até à exaustão, sendo pouco reconhecidos socialmente. É das profissões com maior índice de burnout. 
A nossa profissão é um iceberg: uma parte visível, na escola, a lecionar e a fazer serviço burocrático; o trabalho de bastidores, que não se vê, em casa, mergulhado numa parafernália de papéis.
No início do ano, multiplicam-se reuniões, somam-se planificações, avaliações diagnósticas, preparação de dossiers, elaboração de grelhas, etc, etc

O arranque do ano letivo começa com a preparação das aulas e isso obriga a uma dedicação exclusiva, não valorizada pela população em geral. Em cada aula, os professores enfrentam 20/30 alunos e seria imprudente entrar na “arena” sem estar munido de ferramentas e estratégias que facilitem o trabalho e potenciem a aprendizagem. Depois surgem os testes…muitos, ao longo do ano! Um professor pode ter 200, 300 e até mais alunos e terá que corrigir centenas de testes, continuando a preparar e a dar aulas, além de cumprir com os requisitos de cargos, a direção de turma e outros. 
No final de cada período, vem a avalanche total: aulas, testes, avaliações, muitas grelhas, reuniões de avaliação, relatórios, atas, tudo num lapso de tempo limitado. 
Alguns professores, não só no início de carreira, percorrem milhares de kms todos os anos, pernoitando fora de casa e sem quaisquer ajudas de custo. Somar tempo de serviço, para lhes facilitar (!?) o ingresso na carreira é a sua aspiração e a sua esperança.
Para sair incólume, o professor precisa de entrar “blindado”…numa warzone diariamente… Esta profissão não é exercida em ambiente calmo, pacífico, mas sim num meio hostil, onde a algazarra dos corredores e a violência física e psicológica andam de mão dada. Para ser professor, é preciso ter estofo para enfrentar as pressões, vindas de todos os quadrantes, até dos encarregados de educação.
São os professores quem, muitas vezes, salva os alunos da marginalidade e denuncia abusos e negligência parentais, no seu papel de intervenção social. O mestre sabe que está perante crianças/jovens que precisam e dependem de si para atingir os requisitos que lhes permitirão singrar na vida. 
O professor continuará a ser uma bússola, no mar encapelado da sociedade em que vivemos. É, também, um missionário que abdica de si e dos seus em prol dos outros, numa atitude de altruísmo e entrega. Se os pais querem o melhor para os seus filhos, deviam respeitar/proteger aqueles que os ensinam e educam. 
Como recompensa... usufruem dos mesmos dias de férias dos outros trabalhadores da função pública. As pseudoférias de Natal ou Páscoa são meras interrupções letivas, fundamentais para recarregar baterias, como um lutador que descansa antes de regressar ao ringue.
Além disso, é de salientar que o professor só pode usufruir das suas férias, em agosto, pagando o dobro ou o triplo de um qualquer trabalhador que possa gozá-las em época baixa.
Depois desta batalha dura, desgastante, demolidora, acho que tenho direito ao merecido descanso do guerreiro…
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